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Qua 20 maio 2020 - 23:02


A ENGLISHWOMAN IN ORCHID BAY

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CENÁRIO:
Orchid Bay

PARTICIPANTES:
Keepler Endeavour & Theresa Gray
(E qualquer outro membro que for convidado por um dos participantes)

AVISOS:
Classificação Livre


Última edição por 【D.K】 Kєєρlєя Eиdєαvσυr em Qua 20 maio 2020 - 23:39, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : titulo)
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Qua 20 maio 2020 - 23:30

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A ENGLISHWOMAN IN ORCHID BAY

Quanto tempo desde a última vez que se viram? Um longo período na verdade. Ela morava na Inglaterra e ele estava nos EUA, um oceano de distância um do outro, mas as mensagens por celular ainda continuavam. Passava uma boa parte do dia conversando com a amiga estrangeira quando ela não estava ocupada ou ele fazendo alguma coisa por ai. Não era físico, mas mantinham o contato de maneira amistosa e divertida, Keepler sempre tinha algo novo para falar dos sobrinhos para Tessa. Diferente da ultima vez, ele estava em outra cidade agora: Orchid Bay. A família Yagami-Hawkins, a qual tinha apoiado Endeavour quando ele “chegou” achou melhor irem para outro lugar, com um sentimento de pertencimento e também de lealdade, o mago ajeitou-se para ir junto, afinal de contas ele sempre ajudava a cuidar das crianças quando precisavam, assim como também não queria ficar longe dos garotos.

Endeavour era a ambiguidade encarnada: Ao mesmo tempo que teve residência por muitos anos na França, vivia viajando aqui e ali e até em outros mundos para passar o tédio. Um andarilho com endereço fixo, o problema mesmo era encontrá-lo em casa. Então mudar-se não era algo ruim, a sensação de movimento o ajudava a viver, seguir em frente depois de tudo o que já tinha visto e sentido na pele. E um bom errante como ele era, sabia fazer muitas coisas para sobreviver, então recomeçar nunca seria um problema. Porém, dessa vez, queria manter um único negócio em mente, algo que pudesse se dedicar com mais foco sem se perder em idéias aleatórias e repentinas. Teve uma idéia, mas não queria simplesmente fazer de qualquer jeito, então as minhocas em sua cabeça bolaram um plano muito pertinente: Convidou Tess para vir visitá-lo em sua novo mundo, mas com uma pretensão não apenas de se encontrarem, mas também tinha uma oferta a fazer, mas que só diria pessoalmente, mas que seria algo de total interesse dela, uma oportunidade que seria difícil ela recusar.  Um golpe baixo? Sim, definitivamente. Ele esperava fisgar a atenção da dama o suficiente para atiçar sua curiosidade (o que não era difícil fazer). Deixou a cargo dela dizer quando poderia vir e ele a receberia.

Aeroporto de Orchid Bay, 09:00h

Chegou mais cedo que o previsto, sabia que vez ou outra os aviões podiam tanto atrasar quanto se adiantar, mas preferia sempre estar antecipado. Suas vestes (1) eram antiquadas, mas ele raramente fugia desse estilo clássico, havia se tornado uma marca dele estar vestido quase como um mordomo a maior parte do tempo, mesmo o calor de uma região costeira não era o suficiente para abalar suas manias  (esperava que o calor não incomodasse tanto a visitante). Olhava o relógio de bolso o tempo todo (era outra mania) mesmo tendo o celular em um dos bolsos, mas o companheiro de longa data sempre teve mais preferência quando estava ansioso.

O homem de cabelos castanho-escuros longos e amarrados sobre o ombro estava de pé em frente a ala de desembarque, quase como um poste, um pouco a frente de outras pessoas que aguardavam os recém-chegados, pela sua altura uma pessoa ou outra lhe mirava e logo tentavam disfarçar, muito provavelmente por estranharem alguém ter íris em um lilás tão vivo quanto dele. Lentes? Nunca foi o caso, e mesmo sendo uma cor exótica ele não tinha vergonha ou receio de deixá-la a mostra. Ele buscava os traços da amiga em meio a multidão, analisando cada um que passava. Para alguém que conhecia bem o tempo, aquele momento parecia eterno.

Não foi a altura, nem a cor da pele, tampouco os cabelos negros de Tess que fizeram ele reconhecê-la de primeira e sim a cor e brilho dos olhos dela. Os achava particulares, únicos. Embora ele se fizesse de bobo vez ou outra para os sobrinhos, a memória de Keepler era bastante afiada e ele sabia que jamais tinha se deparado com olhos iguais aos da moça ao longo de sua vida. E estava certo. O sorriso desenhou-se no rosto sem que o mago percebesse e ele foi ao alcance da dama para ajudá-la com as malas, ainda que não fossem muitas, era impossível deixar de ser cortês. Ainda com o sua etiqueta de tempos anteriores, tomou os dedos da feiticeira com cuidado e de maneira respeitosa para cumprimentá-la, curvou-se um pouco beijando-lhe o dorso da mão.

[Keepler]: Senhorita Tess! Bem-vinda a Orchid Bay. Como foi sua viagem? Está tudo bem?.

Ao passo que terminavam os cumprimentos, ele pegou as malas e a acompanhou em direção a saída do aeroporto. Keepler não gostava de multidões ou aglomerado de pessoas e, quanto mais cedo pudessem se acomodar para conversar e fazer as coisas que tinha planejado para a visita dela, melhor. Ela o havia recebido muito bem em Londres e ele não poderia fazer nada abaixo de tal hospitalidade e cortesia.



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Qua 27 maio 2020 - 22:19


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NOVA YORK - ESTADOS UNIDOS

Meses passaram desde o encontro. A tela de um celular escondia muitas verdades contadas pela metade. Omitia os traços de preocupação. Impedia o reflexo incerto no acinzentado dos olhos. Tessa não se orgulhava em manter parte da história em segredo. Divertia-se com os contos de Keepler e seus sobrinhos. Compartilhava acontecimentos peculiares do mundo das sombras, como a vez em que o mundano Simon invadiu a boate de Magnus; o rapaz tomou bebidas misturadas e se transformou em um rato. Sobre quanto os pedidos de poções tinham aumentado nos últimos meses. Sobre sua nova livraria em um bairro distante... A verdade? Tessa voltou para Nova York a pedido de Magnus. E um chamado do alto feiticeiro do Brooklyn, nunca significava boa coisa.

Como é possível? Sussurrou pra si mesma. Tessa levantou da poltrona e caminhou até a janela. Fixou o olhar no instituto de Nova York, totalmente visível do apartamento, enquanto Magnus contava os detalhes atrás de si.
Anos atrás, quando Jocelyn Morgenstern fugiu com sua filha Clarissa, procurou pela ajuda de Magnus para trancar as memórias da menina em relação ao mundo das sombras. Para ajudá-las, sendo também um sinal da amizade, Tessa deixou que Jocelyn usasse seu nome passando de Morgenstern par Fray. Acompanhou cada visita, até o dia em que voltou para Londres. Desde então, não teve notícias. Não até agora. Valtentim as tinha encontrado. Jocelyn estava desaparecida, e Clarissa juntou forças com os caçadores de sombras para encontrá-la. Seres de ambos os lados pagaram o preço. Jonathan Christopher Lightwood, um dos caçadores, foi reconhecido pelo próprio Valentim como seu filho - que muitos acreditavam ter morrido no incêndio quando recém nascido. Entre um caos e outro, uma guerra e outra, Jace na verdade era um Herondale. Era o último da linhagem direta de Tessa.

[Theresa] — Ele sabe? — Perguntou sem se virar.

[Magnus Bane] — Sabe que a Consul Herondale é avó dele. Sinceramente, eu acho...

[Theresa] — Acha que, não é boa ideia, ele saber que tem uma descendente quase com a mesma idade dele?

[Magnus Bane] — Como eu iria dizer, acho que você ficar aqui não é boa ideia. Sei que te chamei, mas o fiz porque merecia saber sobre Jonathan. — Explicou, dando dois tapinhas nas costas da amiga. — Sinto muito por isso, boneca.

[Theresa] — Sabe que não tenho como fazer o que ele quer.

[Magnus Bane] — Eu sei Tess, eu sei. O problema é que Valentim não sabe.

AEROPORTO DE ORCHID BAY

[justify]Enquanto conversavam por mensagem, Keepler fez o convite, alegando ter uma oferta que só o faria quando lá estivesse - isso antes da ida à Nova York. Se ele sabia seu ponto fraco? Com certeza! Aceitou sem mesmo pensar. A curiosidade tomou total controle, deixando-a apenas quando a mensagem "Irei avisá-lo o dia!" foi enviada. Verdade por verdade, qual dos dois sabiam? Ambos tinham o passado oculto. Longos anos vividos sobre solo mundano; embora desconfiasse que o mago estivesse lá muito antes. Ainda que Keepler não conhecesse os fatos, um dos principais objetivos era contar o que deveria e merecia saber. Também temia um mal entendimento quanto a sua decisão. Não estava lá para fugir de problemas. Não tinha abandonado quem não deveria para salvar a própria pele. Mas Jonathan era crescido, sua interferência o prejudicaria mais do que ajudaria.

Ao descer no aeroporto, seguiu o caminho para retirada da bagagem. Tessa era uma mulher simples de poucos pertences. Levou consigo uma mala grande, uma mochila, e uma bolsa de mão. Sinceramente, não fazia ideia de quantos dias, ou quanto tempo, ficaria na cidade. De qualquer forma, fosse uma semana ou um mês, tinha suas economias e poderia acessá-la facilmente de onde estivesse.  Na ala do desembarque, parou logo na entrada a procura dos traços familiares. Tessa usava uma blusa branca de ombros caídos com bolinhas e um laço azul, a saia no mesmo tom, o cinto com a fivela dourada na cintura, sapatos brancos com salto médio, e os cabelos negros soltos. Pegou o celular no bolso, mas estava desligado. Apertou o botão para ligá-lo, e prestes a apertar o enviar da mensagem, foi praticamente impossível não notá-lo em meio a multidão. Kleeper tinha os olhos únicos em seu tom lilás. Sua roupa, o que muitos considerariam fora de moda, era extremamente agradável aos olhos. Os cabelos dele, agora compridos e presos, trouxe a realidade do tempo em que estavam sem se ver. Tessa abandonou o aparelho, deixando-o escorregar da mão para dentro da bolsa. Teria acenado, ou feito qualquer sinal, mas o sorriso nos lábios do mago respondeu a pergunta nunca feita. Com o aproximar, o deixou ajudar com a bagagem. Antes mesmo de ter a oportunidade de agradecê-lo, Keepler tomou-lhe os dedos a cumprimentando. Em retribuição, inclinou o corpo para frente, a mão livre segurando a saia.

[Theresa] — Senhor Keepler, agradeço as boas vindas. Foi uma boa viagem, tenho que confessar. Muito tempo se passou desde a última vez em que andei de transporte aéreo, o embarque foi uma completa confusão. Me pergunto se as pessoas são sempre tão educadas como as que encontrei. — Falou de forma divertida, o seguindo até a saída. Existia um problema, tinha planejado a viagem até certo ponto: chegar lá. Quanto a estadia e entre outros assuntos, por não conhecer a cidade, precisaria da ajuda de Keepler. Era desconfortável para ela, entretanto não teve escolha, menos ainda tempo para pensar. — Ah... A propósito, eu agradeceria se pudesse me indicar um hotel. Também quase me esqueci... — Sorriu, bagunçando o cabelo de Keepler com a destra. — Gostei do corte!
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Ter 2 Jun 2020 - 15:40

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O homem havia se abaixado para pegar a mala maior e também carregar a mochila da amiga nas costas de maneira que ela só se preocupasse em levar a bolsa, estava pronto para responder os dizeres da moça quando sentiu a mão delicada e pequena lhe desalinhar os fios de cabelo. Isso não era um incômodo, não era um homem vaidoso e, normalmente, era encontrado com os cabelos bagunçados de qualquer jeito, exceto quando estava a trabalho.

[Keepler]: Gostou tanto do corte que desalinhou ele inteiro! - Disse com um sorriso divertido ficando com a postura ereta. - Só deixei o cabelo crescer e fiz a barba a uns dias atrás, não mudei tanto. Ao contrário da senhorita, achei que não havia como ficar mais bela. Se  houvesse uma personificação da harmonia e serenidade, seria a sua imagem. Exatamente o significado da cor azul, que parece fazer parte da senhorita. - Tanto as roupas quanto os brincos e olhos estavam combinando em perfeita harmonia, seria difícil ela passar despercebida, ainda mais para uma pessoa detalhista e de olhar afiado como End.

Os olhos do mago se fecharam e o sorriso dele cresceu mais, com um ar orgulhoso. Ele havia preparado um local para a amiga se hospedar visto que o convite partiu dele, então seria seu anfitrião, mesmo que ela ja tivesse feito uma reserva, não custava se precaver. Entretanto ao saber que ela havia esquecido desse detalhe, isso aumentava o ego dele sobre ser “precavido” e antecipar os passos dela. Por mais que fosse uma situação corriqueira, Keep gostava da sensação de parecer esperto e antecipar as outras pessoas, saber que suas análises, mesmo que malucas as vezes, funcionavam na maioria dos casos.

[Keepler]: Oh, esqueceu de reservar um quarto? Imaginei que isso aconteceria. Embora eu seja seu anfitrião e tenha que me responsabilizar pela sua estadia e bem estar, o que faria se fosse uma outra viagem sozinha? Iria dormir escondida debaixo de uma ponte desse jeito...- Fazia graça com a trapalhada dela.

Já do lado de fora do aeroporto o sol veio cheio de vida e convidativo, sair do ar condicionado e se deparar com temperaturas mais altas dava a sensação de serem envolvidos por uma coberta numa madrugada fria. Não foi dificil conseguir um táxi, depois de abrir a porta para Tess se acomodar no veículo o rapaz arrumou a bagagem no porta mala e logo em seguida se juntou a ela, apenas dizendo ao motorista qual endereço de destino para voltar a atenção a amiga.

[Keepler]: Eu na verdade tinha me preparado para recebê-la, mesmo sabendo que provavelmente já teria se organizado. Não esqueça que é dever do anfitrião cuidar de seus convidados… Por sinal... - A mão esquerda do rapaz procurou um dos bolsos do colete e tirou uma caixinha verde de presente que cabia na palma da mão e entregou a ela com um Broche dentro.

[Keepler]: Uma lembrancinha para você. Achei que combinaria com seus olhos...

O carro não chacoalhava muito, o motorista era um senhorzinho de idade parecia conhecer bem cada pedaço de asfalto do lugar. Não tinha pressa e tampouco fazia movimentos bruscos com o carro. Podiam facilmente esquecer que ele estava ali, calado e quieto, semelhante aos motoristas de Londres, mas seria um crime compará-lo a excelência dos britânicos nesse quesito. Já havia feito Tess ficar curiosa até o dia da viagem, embora fosse crueldade de sua parte manter por mais um tempo o segredo pelo qual a convidou para vir a Flórida, mas era necessário, especialmente para causar uma boa surpresa e adquirir a chance de receber uma resposta positiva. Endeavour alternava entre olhar a paisagem atrás dela e o rosto sereno da amiga ao passo que organizava o pensamento e as palavras que usaria para não dar nenhuma dica sobre seus planos.

[Keepler]: Eu estou morando no centro antigo da cidade, achei uns prédios de época muito conservados e bonitos. Eu reservei um apartamento para você de frente ao meu, são aqueles quartos típicos de hotel dos anos 30 com uns toques modernos. De qualquer maneira vamos demorar um tempinho para chegar no prédio. Me conte, como estão os negócios aqui nos EUA? Sua livraria



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Sex 21 Ago 2020 - 20:09


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O riso diante a reação de Keepler foi breve, divertido e descontraído. Forçou a expressão de arrependimento pelo que fez, e alinhou apenas algumas mechas. Aceitou a ajuda com as malas, ficando apenas com a bolsa pequena em mãos. Talvez a viagem tivesse sido mais cansativa do que imaginou ser. Os pensamentos estavam bagunçados com tantos acontecimentos, e ao mesmo tempo acelerados pelo fato de ser preciso o momento certo para uma conversa sincera com o amigo.

[Theresa] — Bem, digamos que sou uma mulher das antigas. Então, gostei bastante. — Respondeu Tessa, sentindo as bochecha arderem segundos depois. Céus, pensou consigo mesma. Melhor do que qualquer um, ele sabia quão desajeitada era com elogios. E lá estava ele, deixando-a igualmente a um pimentão. — Pelo anjo, você está sendo extremamente exagerado vai... Mas, obrigada.. — Agradeceu, desviando o olhar para a própria bolsa.

Claro, como se não fosse suficiente, Keepler aproveitou para tirar sarro do fato de não ter uma estadia. Tessa não respondeu, apenas assentiu com a cabeça. Acreditou que, dizer simplesmente ter esquecido da reserva, o magoaria ou faria com que a entendesse de uma forma ruim. Estava errada, sabia. Tessa apertou os lábios, brincando com os próprios dedos como uma garota que leva a broca de um adulto.

[Theresa] — Hm, o que tem de errado em dormir embaixo de uma ponte? — Disse com as bochechas cheias e a voz abafada pela birra. — Posso fazer uma cabana, tá... — Sussurrou.

O clima do lado de fora estava magnífico! Mesmo acostumada com ambientes úmidos e gelados, exatamente como o interior do aeroporto, foi impossível não fechar os olhos em meio ao suspiro pelo calor do sol que tocou a pele. Tessa sorriu, abrindo os olhos rapidamente. O táxi chegou rápido. Keepler abriu a porta, e Tessa se acomodou no banco traseiro, deixando a bolsa sobre o colo. Observou enquanto Keepler guardava a bagagem, para então se juntar a ela.

[Theresa] — Admito meu temor em relação ao seu entendimento por minha falta de organização. Juro que esse tipo de coisa não acontece, e de forma alguma foi um descaso com você ou seu convite. Foram apenas os problemas... — Interrompeu a si mesma quando viu a caixinha verde, que logo foi entregue. — Oh, pelo anjo! Não tinha que se preocupar com isso! — Com a caixinha apoiada em uma das palmas, delicadamente desfez o efeite de presente e retirou o broche. — É lindo!! Realmente lindo, obrigada!! — Agradeceu Tessa, colocando o broche do lado esquerdo da blusa; perto da gola.

No meio do caminho, observou a paisagem correr pelos vidros da janela. A ansiedade a estava matando de duas maneiras completamente diferentes: saber o real motivo para o convite, e finalmente ser capaz de contar os fatos até então ocultados. Encontrou os olhos que tanto se lembrava, ao escutá-lo falar. Keepler contou que estava morando no centro, em prédios mais antigos. Reservei um apartamento para você de frente ao meu, repetiu palavra por palavra para si mesma, mentalmente, tentando entender. Não soube como assimilar o que ele dissera, tanto que a frase seguinte ficou totalmente vaga em seu entendimento, até Keepler mencionar sua livraria. Oh céus, tão cedo? Resmungou baixo.

[Theresa] — Bem, na verdade, não existe uma livraria em Nova York. — Falou, olhando do senhor que dirigia o carro, para Keepler. — Deixei de te contar algumas coisas que possam ser importantes, inclusive a razão de eu ter vindo sem organizações. Mas, de qualquer forma, deixei a livraria de Londres nas mãos de uma amiga querida. Sabemos que o lucro não é muito bom, certo? — Brincou. — Essa tecnologia irá me levar a falência!



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