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Qua 1 Jan 2020 - 20:22

Cenário:
Cachoeiras de Helmirth.
Clima: Chuvoso.
Estilo: Tradicional - Prólogos, 4 turnos de Duel, Desfecho e Epílogos.
Prazo: 10 dias.
Regra: Paraíso.
Horário: Tarde.
Observador: Titanos.
Aviso: As postagens podem ter conteúdo 18+.
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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Re: @01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami.

Dom 5 Jan 2020 - 21:34


     O som das gotas caindo das folhas acordaram o homem deitado abaixo da árvore de grandes copas. Ele abriu o olho direito preguiçosamente. Chuva? Pensou sem muito animo. Sol Badguy olhava o céu coberto por nuvens cinzas e inspirava fundo. O cheiro da terra molhada não o incomodava. Lembrava a ele e muito da realidade em que veio.

     O Gear fechou os olhos com força por um breve momento. Estava se recobrando de como havia caído nesse mundo. Primeiro ele estava discutindo com I-No. Os dois resolviam assuntos em volta do That Man ou Asuka como ele o conheceu, em um tempo em que Sol era Frederick, um humano com uma bela namorada, e um futuro brilhante focado no Saint Oratorio. Seu próprio Projeto. Asuka o infeliz o transformou em Gear, e desde então as coisas não ficaram boas para os dois e nem para o mundo no qual veio.

     Histórias do passado não deveriam ser recontadas, mas Sol não conseguia se esquecer que ele havia concordado em lutar contra o That Man, mas a cobra que ele carregava consigo, a guitarrista vestida de bruxa vermelha, sempre foi um empecilho em sua vida. O fez lutar contra o seu eu passado. Quase o tirou da existência, e agora para atrapalhar qualquer avanço do seu futuro, mandou-o para algum canto do universo.

     E aqui estava ele. Sentado, largado, um pouco deprimido de não estar mais em volto de pessoas importantes. Aria, o amor da sua vida que havia se transformado em Justice, finalmente havia voltado a ser humana. Ele tinha uma família completa. E mesmo que se recusasse a largar a sua vida de andar pelo mundo, caçar Gears e continuar a sua rotina um tanto que solitária, Sol tinha uma família. Coisa que ele nunca teve por muito tempo. Ele sentia falta de todos. Mesmo que não admitisse, o carrancudo, bocudo e mal-educado do Sol Badguy, sentia falta de cada pessoa que fazia parte da sua caixa de liberdade.

     — Tesc. — Ele soltou por entre os lábios.

     Voltar para a casa era uma prioridade, porém, ele ainda estava focado no lugar em que se encontrava. Havia uma energia estranha em tudo. Algo que fazia a magia em si borbulhar e o seu sangue Gear ferver intensamente. Todo o lugar tinha cheiro de algo a mais, como se nada fosse real o suficiente. Se Sin, o garoto loiro, filho de Ky com Dizzy, a sua suposta filha e Gear estivesse ali, o jovenzinho com certeza o faria explorar cada canto desse lugar conhecido. Sin podia parecer um homem, mas tinha míseros anos de idade por conta das células que herdou da sua mãe. Nesse momento ele cairia bem. Como ele lutava com uma bandeira, dava pra tentar usar o material dela como um bom guarda-chuva, mesmo que ele choramingasse por isso.

     — Sin, seu idiota.

     Então Sol se levantou, levando consigo a sua enorme espada. A Junkyard Dog MK III (é a espada do logo). Esta tem um formato retangular, nas cores branco e vermelho. A Junkyard dobra os poderes de Sol permitindo ele a usar ainda mais a sua Magic sem estragar a sua vida, assim como também os controla. Diferente da sua antiga Fireseal, a Dog MK III também é um canhão, que permite Sol criar disparos de energia, fora a própria capacidade do Gear de usar sua magic para formar balas que ele dispara com a Junkyard como uma arma. Uma coisa a se notar é que a Junkyard parece um isqueiro Zippo, da mesma forma que sua antiga versão parecia um isqueiro Bic vermelho (É isso aí, o que importa é ter faísca).

     O homem coçou a cabeça, bem na nuca.

     Frederick ou Sol, é uma pessoa de aparência distinta, ele tem uma pele levemente queimada, olhos castanhos avermelhados, cabelo castanho escuro que era uma bagunça só, sempre preso em um rabo de cavalo enorme e todo desleixado. Ele tinha em sua testa algo que parecia uma bandana com o dizer “Rock You”, um componente com um sistema de supressão de suas células Gear. Dessa forma Sol nunca perdia sua racionalidade, não se tornava uma besta destruidora, seja lá o que fosse o seu Gear de verdade. Eram tantos nomes, tantas expectativas que o Badguy decidiu se precaver, mesmo que seu corpo ainda tenha mudanças ridiculamente bruscas.

     Era hora de voltar a andar. E foi o que ele fez.

     Ele já estava satisfeito depois de ter se alimentado com uma criatura que adquiriu do pântano. Não sabia o que era aquela coisa comprida, magrela e coberta de alga, mas foi como comer bife com salada. Não teve o melhor gosto do mundo, mas foi muito melhor que sentir fome, mesmo que ele realmente demorasse a ficar com o estomago roncando.

     O Gear continuou a sua jornada de exploração. Estava perdido mesmo. Ir longe ou não, jamais faria diferença. Observando os seus arredores, Sol de vez em quando vagueava em pensamentos. Ele tentava lembrar se conheceu algum encanto que a bruxa vermelha poderia ter usado contra ele.

     — Hmmm....

     O Gear andou durante duas horas. O Sono não veio. A vontade de comer não bateu de novo. Tudo parecia levemente controlado. Isso era bom. Era um bom sinal. Badguy então começou a sentir um leve e raro conforto de que poderia tirar um cochilo sem arriscar nada. O homem tinha as suas prioridades. Não se esforçar muito era uma delas. Estranho um brutamontes todo musculoso pensar dessa forma não? Mas a verdade era que se tinha algo que Sol odiava, era simplesmente o fato dele ter que dar o melhor em algo. “Faça o seu melhor”, “Seja o melhor na próxima”. Essas são algumas das frases que tiram o homem do sério. Ele era muito quieto, “tranquilo” para ficar se incomodando com as mesmas falas motivadoras de preguiçosos de sempre. Sol era um “largado” e ele assumia isso sem problema algum. Para ele era melhor que pensassem assim.

     A chuva se tornou mais intensa, caindo aos montes. Raios embelezavam o cenário que Sol agora pisava com o seu solado vermelho. Uma cachoeira. Não só uma, mas várias. Onde Sol se encontrava, havia árvores, um chão de pedra todo antigo, judiado pelo tempo, mas coberto de água que corria para a ponta e caia contra o rio abaixo. Era uma bela vista do cenário. O Gear nunca havia visto um lugar assim antes.

     — Hmmmm.... — Frederick estreitou os olhos vendo uma outra figura andar na sua direção. Algo bateu nele. Primeiro ele sentiu uma energia incomum. Não era agressiva, era dócil, estranhamente gentil. Segundo era a aparência dela. Não era comum. Mesmo os raios caindo, havia um destaque nos olhos dourados. Ela estava enxercada e olhava para ele como se o mesmo fosse um inimigo. — Não deveria me olhar assim. — Comentou para si mesmo, e então bateu com a espada contra o solo, a fincando ali.

     — Escuta aqui! — Sol chamou-a com a sua voz autoritária. — Quem é você, e o que faz aqui?! Sabe que lugar é esse?! Espero que não banque a muda, mas não vou me importar de te arrebentar para conseguir umas respostas. — Sol franziu ainda mais o seu semblante, não era as palavras que ele queria dizer, mas alguma coisa o alertou sobre essa situação. O jeito que ela o olhava não era de uma pessoa que queria conversa.

     Ele estalou o pescoço, tomou a Junkyard Dog MK III em sua mão e ficou aguardando resposta.

     Algumas pessoas não precisavam falar que queriam uma luta. Algumas simplesmente tinham uma expressão que dizia tudo. Seja lá o que fosse, Sol conhecia o olhar fervente de um oponente. Ele mesmo o tinha. Nunca corria de uma batalha. Jamais desistia. Suas palavras podiam estingar alguma coisa, mas ele era um homem acostumado a encontrar empecilhos em sua vida, sempre havia alguém para lutar contra.

     Por que esse mundo seria diferente?

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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Prólogo

Ter 14 Jan 2020 - 20:43
O Trim-Lim-lim cantava sem fim na casa. O contínuo toque do telefone insistia em ecoar por todo o ressinto da grande sala da residência particular em Orchid Bay, em uma área distante do centro da cidade, mais próxima do bosque grande. Ali ficava um casarão, ou mais propriamente uma mansão, com uma casa atrás dela. Esse lugar há muito foi escolhido pela mulher que descia a escada preguiçosamente, trajando uma calça cinza larga e uma regata azul clara. Os cabelos castanhos e ondulados até o pescoço estavam todo bagunçados, um verdadeiro mar de emaranhados. Dean se sentia obrigada a sair de sua cama para atender o telefone. Parecia que ninguém mais vivia na casa, apenas ela.

Dean achou estranho esse silêncio todo e olhou desconfiada. Deu uma olhada no relógio de parede e franziu o cenho. Já era onze horas da manhã? Ela havia dormido demais, e isso nem era comum dela fazer. Coroline levou a mão a boca bocejando, ainda estava com muito sono, e para melhorar o telefone parou de tocar.

—— Hmm.... Hum.... Hum... —— Ela passou a resmungar enquanto ia para a cozinha. Ali Dean encontrou a mesa ainda feita, com algumas panquecas, caldas e frutas. A pergunta que pairava era quem fez todo aquele café da manhã? Tinha até mesmo alguns pães e manteiga, leite morninho e suco. Dean pendeu as duas sobrancelhas.  —— Certo... Fizeram café e não me chamaram... Hmmm....

A morena acastanhada recolheu as coisas, guardou-as com a exceção de algumas frutas picadas que ela jogou em uma tigela com leite e comeu. Enquanto tomava seu café Dean olhava para a janela, encarando a varando e encontrando aquela parta da propriedade vazia. Ninguém brincava ali fora, e agora que ela notou isso, a mulher franziu o cenho e prestou atenção nos arredores. Ela não ouviu nada no andar de cima onde ficam os quartos, e nem na sua biblioteca e área de trabalho que era composta pelo último andar da casa, não ouvia nem se quer passos do sótão onde a criançada havia pego para ser o canto da bagunça deles.

—— Hum...

Muito desconfiada de tudo, Dean terminou de comer e foi para o lado leste da sala, abrindo uma porta que levava para a sala de música de Iori e foi bem ao fundo, abrindo uma passagem secreta, que continha uma energia que impedia que estranhos passassem por ela. Criando um ala diferente ao qual deveria, expulsando intrusos e impedindo que coisas que não deveriam sair de lá viessem parar no resto da casa. Em Orchid Bay, é onde Dean escondia os seus troféus e muito mais de sua época como uma violadora de tumbas.

Ali ela tinha até mesmo um Old One que ficava “cuidando dos objetos em um setor muito mais fundo. Essa área era proibida para o resto da casa, com exceção de uma pessoa: Iori, o seu marido, mas antes que se pudesse chegar no subsolo da casa, havia uma ala inteira de exercícios ali embaixo que era envolva por uma piscina e tinha as suas paredes cheias de objetos para escalada e treino de parkour, assim como alguns objetos de musculação e treinamento marcial. Era uma área muito grande e profunda, tendo que ir de elevador para a mesma. Ali, por muitas vezes, Dean em seus tempos de solteira passava o tempo, condicionando o seu corpo para a vida de aventura que havia escolhido para si.

Assim que o elevador chegou, Dean pode ouvir um som muito familiar. O Som de estar se esforçando, e quando saiu, viu o ruivo descendo uma das paredes cheias de acessórios para os treinos de escalada. Cada um deles montado de um jeito para apresentar dificuldades reais o que tornava o esporte interessante, ainda mais os dois que não usavam equipamentos de segurança para aumentar o condicionamento físico.

—— Vejo que já acordou. —— O homem ruivo disse enquanto pegava uma toalha próxima dele em um banco de madeiro forrado para descanso. O mesmo levou a cabeça a toalha branca e encarou Dean com o seu único olho vermelho visível, enquanto o outro estava coberto por sua característica franja. O Yagami olhou a sua mulher, e teve certeza que ela havia despertado naquele momento.

—— Hmmm.... Cadê todo mundo?

—— Escola.

—— E os bebês?

—— Saíram. Estão passeando com Carol e Filia.

—— Elas faltaram no escola?

—— Não necessariamente. Pedi para que resolvessem um assunto para mim e levaram os bebês juntos. Você estava cansada, e elas merecem uma folga.

—— Mesmo assim, não gosto que faltem.

—— Hum. Você dormiu?

—— O melhor que eu pude.

—— Ontem foi uma choradeira desgraçada.

—— Não tem o que fazer, os dentes estão nascendo. É uma coisa chata e que eles não entendem. Faz parte de sermos pais. —— Dean levou as mãos aos olhos e esfregou ambos bem manhosa, bocejando um pouco mais.

O ruivo cruzou os braços olhando a cena. Sua esposa só tinha tamanho. Parecia uma criança que acabou acordando muito cedo e não conseguiu dormir mais. O Yagami podia ver pela forma que ela olhava que Coroline ainda estava desnorteada, e por causa disso, ele pousou a mão esquerda sobre a cabeça dela fazendo-a se focar nele.

—— Eu estou morrendo de sono.

—— Eu estou vendo.

—— Elas vão demorar muito...?

—— Muito provavelmente.

—— Acho que eu vou dormir um pouco mais...

—— Eu vou continuar treinando.

—— Tudo bem eu vou dormir aqui mesmo. O chão é forrado. —— E era mesmo. Era coberto por um tablado azul, feito propriamente para exercícios pesados e treinos constantes, não era muito macio, mas não impedia de alguém como Dean dormir ali. Na verdade, a morena acastanhada conseguia dormir em qualquer lugar, bastava encostar em um canto e não se focar em mais nada. E foi isso que ela fez. Encostou-se perto de um dos equipamentos e dormiu.

Foi tão fácil e quase instantâneo que Iori ficou olhando encucado, a sobrancelha visível dele pendida e os olhos bem abertos. Não é que ela dormiu mesmo? Apenas por curiosidade, ele se aproximou sem fazer barulho e cutucou a bochecha dela ouvindo um ronco baixinho. A mamãe estava mesmo exausta.

Os segundos passaram, os minutos se formaram e Dean ainda não abriu os olhos. Normalmente as sonecas dela a levavam a ter ao menos umas duas horas de sono no máximo, ou meia hora no mínimo. Iori que estava treinando a sua arte marcial olhou desconfiado para a mãe de seus filhos. A morena sempre foi bagunceira na cama, tinha o dom de tomar todo o espaço para ela, isso quando ela sozinha não caia no chão, despencando para os lados sozinha. Ela falava dormindo, resmungava e até fazia sons esquisitos, e, no entanto, ela estava quietinha... Isso não era bom. Dos anos que os dois se conheciam, isso não era nada bom. Pela experiência própria do Yagami, a sua esposa em silêncio era pior que bom atômica sendo atirada em algum lugar.

—— Dean? —— Ele havia acabado os seus exercícios e olhou-a ainda quieta no mesmo lugar, sem nunca ter se movido um minuto se quer. O Yagami de feição carrancuda e sempre escrita que ele nunca seria amigável com ninguém, se aproximou da mulher e tocou a sua cabeça. O ruivo o moveu para frente para trás, para ver se isso incomodava a esposa o suficiente para ela acordar, até que Dean abriu os olhos e eles estavam diferentes.

As pupilas dela estavam dilatadas, o dourado estava branco e iluminado, mas o estranho estavam nas pupilas cujo o centro tinha um alaranjado que se expandia, manchando o negro de seus olhos como uma tintura esparramada na água, espalhando-se, Iori notou que junto dele um anel rosado, e por um momento o ruivo pode jurar que ele assistiu uma explosão, uma mudança que causou desconforto. O homem segurou-a pelos ombros, e balançou-a querendo tirar sua esposa do transe, mas algo o lançou para trás, estremeceu o lugar e deixou marcas profundas no cenário que foi se abrindo. Iori nunca viu aquele comportamento, mas ele sentiu como se alguma coisa quisesse sair.





—— Tem certeza disso? Você viu mesmo essa mudança? —— O homem loiro encarava o homem ruivo encostado na porta de seu quarto, enquanto ele examinava a mulher na cama. O Yagami rangeu os dentes, parecia até mesmo que ele era um mentiroso!

—— Quer ir lá embaixo ver? Eu te levo com todo o prazer! Tenho aberturas em todos os cantos! Objetos destruídos e uns até em pó! —— Disse o homem entre dentes, praticamente rosnando em cima do médico da família.

—— Não fique irritado, eu não duvido de você. Apenas estou tão surpreso quanto. —— Disse o loiro com seu jaleco branco e jogando luz em cima dos olhos de Dean, procurando alguma anormalidade dita pelo marido desta. —— Bom. Seja o que for, foi apenas passageiro, ela está bem agora.

Ele pegou a sua mala preta em cima da cama após colocar uma pequena lanterna dentro dela e se levantou, despedindo-se de Dean que voltou a andar e passou pelo ruivo, fazendo sinal para ele o seguir. Iori deu mias uma olhada em Dean antes de sair, ela sorriu para ele, acenou e se enfiou debaixo das cobertas como fazia sempre que ia dormir. O homem não teve uma impressão, ele sabia que alguma coisa tinha de errado, encostou a porta, descendo as escadas atrás de Uri, o médico de Dean.

—— Então não tem nada?

—— Senhor Yagami, ter tem, mas eu estou torcendo para que eu esteja enganado.

—— Por que não desembucha logo?

—— O que quer que eu diga, se eu não tenho a resposta certa?

—— Hum.

—— Eu vou pedir para Avurk passar aqui, ele vai olha-la e eu poderei ter certeza de meus pensamentos, até lá são apenas suposições.

Iori ficou olhando o homem se retirar pela porta dupla principal. Notou uma certa palidez nele. O Yagami cruzou os braços com sua feição mal-humorada. Ele sabia de alguma coisa, para pedir que o outro aparecesse, era por que alguma coisa séria estava acontecendo. Iori sabia quem eles eram de verdade. Duas criaturas do mundo de Dean, dois Primes, ligados a ele desde pequena para serem seus Cavaleiros, pessoas cujo o destino em uma roda atualmente quebrada foram ligadas a uma criatura rara entre os povos, os Hellysiäns. Iori conhecia a história. Essa pessoa que chamavam de Avurk, foi responsável por salvar uma Dean pequena de uma diva cruel e sem fim, ele era muito mais do que isso, mas era difícil compreende-lo, ele não trocava palavras com o Yagami. No mundo do ruivo, ele era apenas um escritor chamado Gabriel Harper, enquanto o loiro, se chamada Alan Parker. Os dois estavam sempre pertos de Dean e seus filhos, e o Yagami não ficaria sossegado em até saber o que estava acontecendo.

No final do evento misterioso, Iori teve dificuldades em levar Dean para o quarto. Ela ficou pesada e rígida como uma pedra! Nem parecia que a mulher era leve!

O Yagami esperou. Ele não ficaria sem respostas. Passou as horas administrando a casa com James a quem ele apelidava de Alfred da Dean. Era uma das duas únicas pessoas que trabalhavam para Dean, e o único humano que ela confiava o suficiente para ser livre em frente dele, e isso bem antes de conhecer Iori. James era o braço de confiança da família, e fazia seu trabalho com eficiência espantosa. Conseguia lidar com uma casa cheia de crianças problemáticas e híbridos a flor da pele, o que era um alivio, pois junto dele os irmãos mais velhos podiam ajudar a ver os mais novos. Como todo pai esperto, o ruivo dava uma olhada de vez em quando em cada um, especialmente os bebês arteiros que qualquer dia começariam a usar as suas perninhas e dariam muito trabalho.

A companhia tocou durante a tarde. Ele havia chegado.

O homem que adentrou a casa era uma pessoa que não falava muito. Ele tinha a pele negra e os cabelos como a noite, os olhos eram vermelhos, uma alvorada a ser encarada e assistida. Era tão alto quanto Uri, que tinha seus um metro e oitenta, ele conseguia ser até mesmo mais alto que Yue que tinha um metro e noventa e três. Avi, um pequeno apelido dado por Lilith, a filha mais velha de Iori e Dean, a quem eles confiaram para a dominação de seus dons de Siren, trajava apenas calça Jeans, sandálias e camisa larga, assim como prenderam os seus fios longos e ondulados em um rabo de cavalo preguiçoso. Pela cara que ele tinha, alguém parecia ter acordado o homem no grito.

Ele não disse nada quando ele viu Iori e as crianças, apenas colocou as mãos nos bolsos e subiu as escadas, indo direto ao quarto do casal.

Calmamente ele adentrou o recinto e assistiu Dean dormindo com tranquilidade.

—— Vamos ver o que tem de errado na sua cabeça. —— Avi ergueu a mão direita, pousou sobre o rosto dela, e fechou os dedos, ligando a sua a dela.

O interior da mente de Dean era uma bagunça. Um turbilhão de pensamentos, todos gritantes e bagunçados de uma forma tão intensa que o homem teve que levar as mãos aos ouvidos. Era um caos total. Uma verdadeira ironia para alguém que parecia tão plena e tranquila. No meio daquelas falas, memórias e ideias, ele identificou uma voz, um sussurro que o fez andar naquele corredor escuro e cheios de portas de diversas cores.

À medida que ele nadava, o cenário atrás de si se desmanchava. As portas subiam para um céu sem fim, desaparecendo na escuridão do subconsciente. O chão despencava, desaparecendo a fundo da mente dela. O que Avurk procurava não era uma porta, mas um caminho fino, como uma linha de algodão ou um fio dourado de costura. E o encontrou depois de várias passadas largas, ignorando passagens e mais passagens da vida dela, indo sempre em frente, até acha-los.

Avi viu Dean deitada, abraçada as próprias pernas enquanto Raskras e Cepehart estavam cada um de um lado dela a olhando. As duas criaturas que habitavam as asas dela, falavam entre si em uma língua antiga, pertencente a eles de um tempo que já não existia mais. Os dois pararam de trocar palavras assim que sentiram o Prime se aproximando. Eles o encararam, e Avurk os olhou cerrado de volta.

Cada um era um monstro. Raskras era um velho Yopin, uma raça divina já extinta do plano espiritual. Era uma criatura de aspecto humanoide com o seu companheiro de asa, mas diferente de Raskras, Cepehart era um rapinante ambulante, enquanto o outro um insectoide, tão feio e birrenta quanto qualquer Senhor das Sombras que ele já tivesse conhecido. Claro que um nunca era igual ao outro, mas Raskras com certeza já deu vários pesadelos em Dean, pois era feio, tão feio que um espelho quebraria na frente dele por refletir uma coisa horrenda e terrível como ele.

—— Uma reunião amável.

—— Isso não é algo que nós acreditamos ser bom. —— Cephart falou em linguagem mais humana, apesar do som ser baixo e cantado.

—— Os selos então quebrando sozinhos, não podemos fazer mais nada. —— O insectoide responde, cruzando os seus seis braços enquanto os longos chifres curvados para trás brilhavam em vermelho e roxo. —— Está mudando sozinho. As asas estão se reformulando sozinhas, e o poder cresce forte.

—— Forte o suficiente para nos repelir.

—— Então é isso... —— Avi passou a mão esquerda no rosto e praguejou algo de forma inaudível para os dois espíritos. —— Esse dia chegaria. Faz o que? Quinze anos que ela atingiu a maior idade, anos presa dentro do coração desse mundo não iria mudar em nada. As habilidades dela ficaram fermentando durante a hibernação forçada, é claro que isso daria um problema um dia, mas não antes de eliminarmos as últimas travas do selo imposto nela.

—— A última dos Hellysiäns de qualquer forma. —— Comentou o Yopin. —— Éthers e Primes são instintos, sobraram apenas os Aspers, os seus descendentes. O Aether flui naturalmente. Seja qual for o futuro, Ária sempre será a última. No entanto, há um descontrole, um caos em habilidades dormentes, já não tão usadas. Clamam para sair, e irá ocorrer uma luta interna. Nós acreditamos que não estaremos aqui quando isso ocorrer.

—— O tempo está acabando. Precisamos encerrar com isso logo.

—— A última lição vai vir logo Antigo. Melhor nos prepararmos para um futuro sombrio. Aqueles humanos se movem todos os dias, buscam formas e alianças para isso.

—— A mudança é absoluta. —— Disse Cepehart.

—— Seja qual for o resultado final, ele que permanecerá. —— Completou Raskras.

—— Não vai. Eu achei um modo. Eu só preciso de mais tempo.

—— Faremos o que pudermos Adel.

—— Mas não podemos aguardar para sempre. Nós iremos ajudar a manter parte dessa força ainda dormente, mas não podemos fazer tudo. É mais forte que nós, está nos forçando.

—— Certo. Em alguns meses. Tudo irá terminar, e os dois vão poder descansar.

As ultimas palavras do Prime fizeram com que os dois voltassem a Dean, e o mesmo foi até ela, tocando seus ombros com ambas as mãos e a movendo devagar para acordá-la do sono profundo. A mesma abriu os olhos, e quando Avurk os encarou, ele apenas disse:

—— Ah essa não.





O som da chuva chamou atenção da mulher que estava olhando para a queda d’água. Coroline olhava para os lados, os olhos ímpares parecendo se focar ao nada. A mesma abria e fechava as mãos enquanto a água fria tomava conta de seu corpo. A camisola estava ensopada, Dean não reconhecia onde estava. Mais uma vez ela sai andando? Fazia anos que isso não acontecia. Podia ser estresse. Preocupação. Qualquer coisa pesada em sua cabeça que criasse uma má situação.

A Yagami virou o rosto assim que ouviu uma voz ser direcionada a si e encarou a figura que falava com ela. Dean estreitou os olhos, olhando-o feio. Um ardor subiu sua garganta, doía tentar falar. Quem era aquele homem que se dirigia de uma forma tão bruta para cima dela? A mesma franziu o cenho, torceu o lábio inferior como forma dele entender que ela não havia gostado.

Tinha algo diferente no homem e Dean sentiu o seu corpo doer um pouco. Sua musculatura apitou, quase gritando para ela parar de se mover, e os olhos mudaram quase que instantaneamente. Um conforto tomou conta dela, e de repente, ela podia fazer qualquer coisa que quisesse.

—— ... —— Ela ergueu os punhos e chamou-o para ir para cima dela.


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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Duel 1!

Sex 24 Jan 2020 - 20:32


(Os nomes em amarelo estão linkados com gifs e vídeos para melhor ilustração).

     Algumas coisas sempre dão indicativo de quando tudo vai dar errado. Sol soube assim que colocou os olhos na mulher que havia alguma coisa errada. Ele não sabia é claro, por que é simplesmente um sabichão, mas os anos de estrada batalhando e caçando a sua própria espécie, competindo com outros caçadores de Gears por recompensas e indo além, o fizeram perceber sem sombra de dúvidas de que havia algo de errado com a mulher.

     A chuva não parecia a incomodar, nem mesmo a vestimenta ensopada que ela usava. A forma que ela ergueu aqueles punhos foi automática! Parecia até mesmo que estava programada a isso, e o mais estranho era que desde o momento que começou a falar, ela não piscou uma única vez. Seu lado fervente dizia que a briga ia ser boa, o seu lado intelectual por outro lado, conjeturou algum problema mental, como por exemplo, a psicose.

     Sol moveu a cabeça de um lado para o outro, causando estalos altos. O mesmo segurou com vontade a sua espada e suas pálpebras se abaixaram levemente, deixando-o com um ar serrado. Ele havia avisado. Agora era mostrar que o que disse valia em prática. O homenzarrão avançou contra a sua oponente em uma velocidade estonteante, e sem dar indícios nenhum, o Badguy saltou violentamente para cima de Coroline, o punho cerrado e envolvido com as suas chamas vermelhas, pronto para acertá-la com tremenda violência.

     Esse é uma das inúmeras técnicas de Sol, chama de Bandit Bringer, onde o Gear ao desferir um soco contra o oponente, faz com que as suas chamas se expandam um pouco para frente e para trás, crescendo um pouco em largura, o que resulta no oponente sendo levado violentamente contra o chão. Se desse certo, Badguy emendaria esse especial com outro, o seu famoso Volcanic Viper, onde o Gear assim que deitasse Dean no chão, iria imbuir a Junkyard Dog MK III com a sua Magic Flames, e ergueria o corpo no que pareceria um gancho, mas com um diferencial absurdo, onde o físico todo de Sol sobe, como se o mesmo estivesse deitado e sendo erguido por alguém, diferente do famoso, soco com salto. Se fosse bem efetuado, a mulher seria lançada para o alto e despencaria no chão.

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Seg 3 Fev 2020 - 22:28

A água gélida da chuva encontrava a pele da mulher. Dean havia chamado o homem para cair em cima dela. Sol aceitou o convite. Foi para cima dela com sua estrutura cheia de músculos e corpo inquebrável. A Hawkins franziu o cenho, mas os lábios grossos e rosados da mulher de baixa estatura se curvaram em um sorriso de canto. Ele era o tipo de pessoa que faria as outras correrem dele com facilidade, especialmente por carregar aquele brucutu que deveria ser a arma de combate dele. Pois bem. Dean sorriu mais ainda, o sorriso antes fechado, estava aberto.

—— Tsc! —— Ele pulou, e ela foi para cima.

Coroline sempre foi um atacante imprevisível. Não era muito fã de bater e correr. Dean costumava a impressionar os seus oponentes. Era hábito revidar e pagar para ver no que as coisas davam. Esse tipo de comportamento não era muito comum em lutas, as pessoas costumam prezar pelo seu bem-estar. A morena-acastanhada pouco ligava para isso. Fez o Bandit Bringer de Sol, encontrar o seu Bullsht. Esse singelo gancho vinha acompanhada de uma essência dourada que emitia um forte calor. Essa habilidade sobrenatural que parecia uma chama dourada, era a Oyakän, pertencente apenas a Dean. Ela é constituída por vários pontos dourados que emitem calor, e possuem capacidade corrosiva, podendo consumir molécula por molécula.

Em conjunto, elas parecem uma chama dançante, mas podem se multiplicar e crescer em grande quantidade nas mãos de um mestre experiente como a Yagami. A Oyakän é um reflexo da personalidade de Dean, porém, muito mais violenta e faminta. Apesar de seu grande poder, ela era controlada, como no caso do Bullsht, que não carrega toda a potência da mesma, e sim, simplesmente, queima o seu oponente. É o que o Bullsht faz. Através do movimento de Dean, a Oyakän expande tanto para cima, quanto para baixo, durante a extensão do soco.

Dean esperava que com isso, ela criasse uma expansão da sua essência dourada, e as chamas de Sol, fazendo com que o impacto dos punhos, somado as suas habilidades, afastassem os dois e garantisse a ela um terreno mais aberto para um futuro movimento.


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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Duel 2.

Qua 12 Fev 2020 - 20:26

     Poucos são aqueles que tinham coragem de peitar o Gear. Muitas pessoas pensavam duas vezes antes de encarar Sol frente a frente. O homem dava medo. Não era necessário pensar muito pelo motivo. Bastava olhar para ele e prestar bem atenção nos mínimos detalhes. A musculatura bem formada e rígida. Seu corpo era muito bem formado, completamente moldado para o combate, anos e anos de treinamento rígido, própria mente moldado por ele e praticado até tomar forma em golpes rápidos, brutos e avassaladores. Tudo o que era exigido para abater um Gear. Sua maestria em sua Magic Flame não era para qualquer um aguentar. Aqueles que cruzaram o seu caminho, não queriam o enfrentar mais, principalmente quando conheciam o seu Bandit Bringer.

     Se havia algo que assustava nesse movimento especial, era o efeito dele. A força bruta de Badguy combinada com a suas chamas era algo de fato surreal. Sol conseguia desacordar um homem bem cuidado, preparado para combates com muita facilidade. O Bandit Bringer tinha as chamas como efeito bônus para um enfeite que queimaria muito o seu oponente, já que o soco que Sol dava, faria todo o resto do trabalho, que era causar muito dor e atordoamento. Isso não aconteceu. O punho de Badguy encontrou o da moça, apenas para fazê-lo arregalar os olhos em surpresa. Sua aparência era tão frágil e mesmo assim ele jurava que havia batido em algo duro.

     As chamas e o elemento dourado misterioso dela se chocaram. Os dois se dispersaram.

     — O quê?! — A surpresa de Sol saiu alta e acompanhada de sua voz forte e grossa. Seu espanto não era pelo seu golpe interrompido, mas era pelo simples motivo de que ele sentiu sua pele se queimar, como se algo andasse sobre ela, e ainda por cima, era o encontro de forças. — Estranho. — Ele moveu a mão que se encontrou com ela, balançando a mesma e sorrindo levemente. — Uma oponente durona, não? Vamos ver até onde você aguenta menina.

     Sol avançou em direção a mulher de roupas encharcadas e não poupou força. Primeiro ele tentaria se aproximar de Dean, não em uma corrida reta, e sim movendo-se para o lado e ao outro em um zigue-zague até estar próximo da Éther, saltando sem aviso, trazendo a sua espada bizarra para cima da mulher, em uma tentativa de atingi-la de cima abaixo. A Junkyard Dog Mk III, era um monstro na hora do ataque.

     Fatalmente moldada para sustentar a força inumana de Sol e Gears poderosos, como as Classes Comandantes e até mesmo os Titânicos. Gears podiam ser maiores que cidades ou nações inteiras! Isso parece uma forma de colocar Sol como maioral, mas os mínimos detalhes descritos, era para se ter uma ideia que esse individuo não veio de um mundo de brincadeiras.

     — AAAAAAAAAAAAAAAH!

     Esse seria apenas o seu único movimento. Sol não estava olhando a sua oponente de cima abaixo, ao contrário. Cada movimento que ele fazia, o mesmo não tirava os olhos da mulher. O Badguy queria saber com o que, ou quem ele estava lidando. Seus movimentos iniciais foram puro instinto, era natural ele fazer a sua combinação preferida. Assim ele tinha ideia se seu oponente era louco, destemido ou um bundão. Agora ele queria saber que tipo de ser ele estava lidando, e mesmo sendo uma simples ação básica, o Gear sabia que se a Junkyard acertasse Dean, o sangue jorraria da ferida, além de abrir a barriga.

Cσяσlιиε Ð. H. Yαgαмι
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Orion.
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Dom 23 Fev 2020 - 23:38

Havia algo no olhar dela que podia dizer um milhão de coisas. Sol sorria de canto, mas para quem? Para o que? É estranho fazer uma pergunta, afinal, Dean estava ali lutando, mas cabia um olhar minucioso para saber que tinha algo de errado. Primeiro era roupa, Coroline jamais batalharia com algo assim, primeiro por que era impróprio, segundo, estava frio demais! Só que tinha algo mais, um teor alaranjado se misturava ao mar dourado de seus olhos, e inspirava uma mudança acêntrica na mulher, como o buraco negro visto de perto, um anel alaranjado de pura anergia em uma imensidão enegrecida, quase como um olho divino atento a toda mudança no Cosmos.

Ele sorriu pequeno. Ela sorriu grande. Os lábios se curvando de maneira estranha, chegando a uma linha humanamente impossível devido ao tecido que mantinha tudo junto. O sorriso de alguém tão lúcido em sua própria insanidade, que a realidade era entediante para ele, era necessário um outro louco para fazê-lo sorrir novamente. Tinha uma graça nessa situação que só ela via, apenas ela enxergava. Um delírio misturado com eons de memória que batalhavam de novo para ter uma ordem.

Alguma coisa deu errado! Tudo estava errado, mas o quê?!

AH! O sorriso! Ele não deixava contar nada para ninguém!

Dean flexionou os joelhos, aquele sorriso maldito cresceu mais ainda, o homem fez seu ataque, vinha de uma lado ao outro, e a Éther velha de guerra saltou para trás e foi dando seus passos, até o homem fazer o seu ataque, ao qual Coroline apenas se jogou para o lado rolando e rindo alto. Uma risada infantil e animada.

Seu rolamento foi apenas um, e ela tentou aproveitar isso, virando o seu corpo ainda no chão, utilizando as pernas para atacar o homem ao girar-se sobre si mesma, com a finalidade de derrubá-lo no chão. Se desse certo, Dean se jogaria em cima de Sol em uma cambalhota para frente, ficando com as pernas entre cada braço dele e desferiria um soco no seu rosto com a direita, outro na sua bandana, e mais um no seu nariz. A mulher cerraria o punho, e ao invés de bater de forma convencional, ela usaria os ossos da mão para causar dano enquanto apenas ria.

— Hahahaha-há!


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Aventureiros
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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Duel 3

Qua 4 Mar 2020 - 19:59

     A luta estava ficando divertida, Sol sentia um certo entusiasmo com o que acontecia, seu corpo molhado não estava o incomodando, parecia amenizar o calor que ele sentia, querendo ou não, mover a Junkyard era um saquinho. O termo parecia brincadeira, mas nem tanto para o Badguy, às vezes ele mesmo preferiria largar ela por um tempo. Sua adversária o estava surpreendendo, a mesma parecia estar usando a sua condição física contra ele. Sol tinha que admitir que ela estava dando trabalho para acertar.  A mulher era pequena, se movia mais rápido do que ele, e era ágil, o que já era esperado pela forma física dela, a mesma não parecia ser uma pessoa que dependia muito de uma musculatura exagerada como a dele e de outros lutadores, mas ainda havia algo que o incomodava. Por que aqueles olhos estavam tão distantes?

     A oponente sumiu do campo de visão do Gear, e quando Sol levantou a MKIII, o mesmo foi derrubado, o corpo caindo no chão molhado. Ele ficou estirado no chão olhando para cima. Isso o lembrava dos seus primeiros anos treinando para ser um Gear Hunter. Força e impaciência, ele pouco analisava o seu oponente. O homem de cabelos longos e presos encarou profundamente a mulher que montou em cima de si para lhe dar um soco. O primeiro o atingiu, mas o segundo ele segurou com gosto, as mãos embebedadas com a sua Magic Flame.

     — Certo menina, a brincadeira acabou. — Sol entrelaçou os dedos dele ao dela rapidamente, prendeu aquela mão consigo e com gosto.

     O Badguy franziu o cenho então jogou a cabeça com gosto para cima da morena, tentando lhe dar uma cabeçada. Se desse certo, Sol continuaria fazendo o mesmo por mais três vezes, para deixa-la zonza. Assim que a terceira cabeçada fosse dada, ele traria a sua espada, mais precisamente o cabo para dar com ele do lado esquerdo da cabeça de Dean e jogá-la para o lado, a fim de piorar um pouquinho o estado de sua oponente. Se desse certo, Sol usaria a sua espada para bater em Dean, e não, ele não pensaria em cortá-la, e sim utilizar a Junkyard como um tábua de cortar carne, mas ao invés de tirar bifes de sua oponente, ele bateria nela desse jeito com uma sequência de “cinco raquetadas” na mulher petulante, mirando nos braços, pernas e cabeça dela.

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Orion.
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Sáb 14 Mar 2020 - 19:50
ORCHID BAY. MANSÃO DOS YAGAMI’S NA NOITE ANTERIOR.

A força que havia quebrado o chão e destruído alguns aparelhos estava novamente ativa. Avurk sentiu que seu mundo ia acabar desmoronando com aquilo, sua mente doía, seu ser parecia que ia ser queimado ali. O mesmo foi obrigado a se soltar dela, separar a sua mente de Coroline e quando isso aconteceu, aqueles olhos peculiares estavam encarando-o. A força adormecida da mulher bateu contra os dois homens que foram atirados para fora do quarto, sendo o Prime jogado pela parede, atravessando-a violentamente enquanto o homem foi arrastado pelo corredor. Era só um pequeno pedaço de algo muito pior. Algo que Avurk preferia evitar antes que continuasse a se expandir sem parar e encontrar o seu pico de energia, e começar a se modificar sozinho. Era caos. Um verdadeiro emaranhado de capacidades adormecidas e que queriam sair tudo de uma vez só.

O ser de pele negra se virou lentamente para ela, estava ainda se recuperando de sua dor de cabeça. Ele encarou-a seriamente, estava em pé, olhando-o como um predador olhava a sua presa. Uma visão ímpar, onde os sentimentos dele estavam confusos e todo o seu sistema o deixava insanamente incomodado. Dean estava mexendo com ele. Podia sentir o interior do seu ser batalhando contra ela. A mesma o cutucava, ameaçava queimá-lo de dentro para fora. Os lábios grossos se curvaram em um sorriso no canto direito de puro escárnio, “Você não é mais forte do que eu”, ela praticamente sussurrava para ele. “Eu vou vencer”. O Prime se levantou, ela não estava mais lá. Seus punhos se cerraram. Faltava pouco, bem pouco para tudo acabar antes que ela se perdesse no próprio caos.

— Tenho que ir atrás dela. Vamos Yagami! E rápido!

A FLORESTA DAS MEMÓRIAS. NO DIA SEGUINTE. A LUTA.

Não era comum e nem mesmo divertido que as coisas assim funcionassem com tamanha facilidade. Coroline lhe deu um soco, o atingiu! E isso a deixou muito feliz com o resultado, no entanto, a feição do homem a sua frente mudou drasticamente, parecia que a coisa não ia ficar muito boa. Sol segurou o seu punho, interceptou o seu segundo soco e pelo tom de voz que ele deu, não eram mesmo boas, e de fato algo ruim aconteceu. Primeiro a sua mão foi presa por ele, em segundo, o Gear se utilizou de chamas vermelhas que pareciam ter brotado da palma de sua mão para queimar a mão pequena que tanto queria lhe socar.

— Ui... Au...AU...AAAAAU! — Ela reclamava enquanto sentia aquela força estranha amassar os seus dedinhos finos e fofinhos. — AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAU! SHÔ, SHÔ, ME SOLTA! AAAAAAAAAAI!

Dean ficou concentrada nos dedos, mexendo os braços e querendo soltar ele de qualquer forma. Aquilo estava doendo muito, por que uma pessoa dessa faria isso? Qual era o intuito dessa maldade? Podia só bater igual alguém normal, mas segurar sua mão daquele jeito era judiação, ainda mais enquanto queimava a sua pele. A Éther choramingou e só parou quando levou uma cabeçada. Um estalo ocorreu, um barulho alto percorreu pelo local, a segunda cabeçada fez isso de novo. Sua cabeça foi para trás, e um lampejo dourado foi emitido em suas irises conturbadas. Os dois próximos movimentos criaram mais estragos, e no fim do último movimento, o terceiro, o dourado voltava a seu lugar junto a uma imensa dor de cabeça. Parecia que tinha tomado uma tijolada! Para completar o seu incomodo, Sol lhe bateu com o cabo da espada, seu corpo pequeno foi para o lado, despencando quase que prontamente. Os olhos da mulher girando em órbita.

— Oh.... Oh... OOOOOOOOU! AAAAAAAAAAAAAAAI! AAAAAAAAAAAAAI! — Ela gritou. Sentiu uma palmada no seu braço direito, e os olhos que giravam se arregalaram completamente. A Éther abriu sua boca, escancarando-a completamente a cada batida que lhe era dada. O homem lhe dava na sua visão palmadas, ou reguadas (na visão dela). Cada uma que era tomada, Dean soltava o berreiro, ecoando pelo cenário. A mesma erguia as pernas e batia os pés no chão, se contorcendo enquanto os olhos se enchiam de lágrimas grossas que escorriam pelo seu rosto. —— POR QUE É QUE VOCÊ TÁ ME BATENDO?! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Um pico de raiva tomou Dean! De suas costas grandes rasas se romperam, uma era de um verde bem diferente, quase aqua, cuja as pontas de cada grande pena eram brancas, a outra um vermelho alaranjado, com as pontas de suas penas pretas. As asas bateram com força no chão, causando uma tremedeira no solo e assim que levantaram, elas puxaram todo o ar consigo, removendo o solo quebrado e o que mais estivesse próximo, lançando tudo para o alto. Caso conseguisse lançar Sol para o ar, Dean se levantaria com o auxilio dela, que bateriam mais uma vez para alçar voo, indo em direção ao homem para executar o Hummingbird (Ärllä.RestrainedCode), de Nível 1, onde Dean avança contra o oponente em pleno ar, desferindo um soco em seu corpo, virando o mesmo ao ar, enquanto ao mesmo tempo ele é lançado mais alto. Dean continua o seu voo, desferindo outro soco, dessa fez contra o lado esquerdo do oponente, vindo com a mão livre com o direito. Para finalizar o Super, a Éther vira o corpo, batendo com o pé no pescoço do mesmo e lançando-o contra o solo.


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Aventureiros
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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Duel 4

Ter 24 Mar 2020 - 20:46

      “Por que é que você tá me batendo?!”

     Os olhos do Gear se arregalaram quando ela disse aquilo, de repente os olhos vazios estavam grandes, brilhosos e... chorosos? Sol ficou confuso, isso não era normal, parecia que do nada ela mudou e pior, o questionamento não veio sozinho! O Badguy foi obrigado a recuar quando algo saiu das costas de sua oponente e bateu com força no chão o fazendo perder a sua base. O Gear foi jogado para o alto, catapultado e foi aí que a coisa ficou ruim para o lado dele. Dean lhe batera com tanto gosto que cada pancada parecia um conjunto de dor que ela estava aguardando para infligir nele.

     A cada pancada que recebia, Sol parecia subir mais um metro até que finalmente, um ataque lhe foi aplicado no pescoço, deixando-o desnorteado. Seu corpo caiu contra o chão, afundando-se nele e criando pequenas rachaduras em volta de seu ser. A chuva continuava a cair nos olhos arregalados de Sol. Estava surpreso. Como foi possível que ele não tivesse se lembrado que todo oponente tem uma carta na manga? Parecia ter sido tão fácil, tão... Ele ouviu um choro. Moveu seus olhos em direção a ela, sofrida era a expressão dela, só que houve essa mudança agora... O que mais poderia acontecer?

     Sol levantou-se. O mesmo olhou cerrado para a morena. Ele fechou com força os punhos, e inspirou fundo, enquanto uma certa mudança ocorria em suas pupilas que ficaram amarelas e reptilianas. O Gear inclinou o corpo para frente, e então em uma expansão de suas chamas, Sol foi em direção a sua oponente como um raio vermelho, deixando um traço de chamas altas atrás para si, fazendo ele correr rapidamente me direção ao oponente, como um louco varrido sem freio e muita estamina (Ground “Grande” Viper). Sol passaria em direção a oponente, não só com o intuito de atropelar ela, mas o mesmo também daria a volta por Dean. Caso ele conseguisse, Sol iria virar o corpo o deslizando apenas um pouco, assim que ocorresse, o Badguy executaria um outro especial Move: Fafnir.

     Esse especial é particularmente violento, pois consiste não só num soco potente como ele também é flamejante. Como o especial anterior, Sol utiliza as suas chamas para causar dano e também ganhar velocidade, sendo o Fafinir uma versão “light” por apenas usar as propriedades avassaladoras de suas chamas. O homem bruto executaria esse soco nas costas da oponente, bem ao centro de suas costas com o intuito de não só machucá-la para valer, como também queimar e quem sabe, nocautear a sua oponente também.

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Orion.
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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Duel 4

Sáb 4 Abr 2020 - 21:35


Hummingbird era uma técnica filha da mãe. Ela pegava as pessoas de surpresa, por simplesmente ser algo que quase ninguém via acontecer por aí. Apesar de Dean estar consciente e desejar por utilizar as asas, as duas criaturas que sempre habitaram elas não ficavam de lado. E a magia do Hummingbird acontecia. A pessoa era lançada, Dean os seguia, e a velocidade mais a força dela, e a matemática do impacto faziam o resto, claro que o chute no pescoço também, não era uma técnica puritana, mas era assim que acontecia.

Dean levou as mãos até o rosto, passando por ele, esfregando, o sal das lágrimas se misturando a chuva. Onde a espada bateu doía. Tinha graça alguma ali, mas lutas não eram para serem bonitas e nem coreografadas. A Yagami não tinha intenção alguma de continuar ali olhando o nada, e nem deixando o seu inimigo fazer que ele bem queria. O olhar de Sol não causou preocupação em Dean, mas um arrepio tomou sua espinha quando seu corpo começou a doer.

A mesma se curvou, os olhos lacrimejando, o calor parecia tomar conta do seu corpo. Ela nem se deu conta do que seu oponente fez até ele atingir o seu ser, com suas chamas estranhas e vir com um movimento nas suas costas. Dean podia ter uma reação sobre isso, mas a sua cabeça começou a doer, primeiro em pequenas batidas, depois em mais nenhuma. Coroline teve seus olhos cheios de lágrimas, sua mente parecia que não conseguia fixar mais nada, e então veio o golpe.

O Fafnir atingiu em cheio as costas dela, quase a altura de seu peito. As chamas não foram mais incomodas, de repente o mundo inteiro não era mais incomodo nenhum. Seu corpo era pra ter ido para frente, mas ao impacto, os pés de Dean se fincaram no chão enquanto o resto do seu corpo ia para trás, quase insistindo em se quebrar ao meio. Naquele momento ela perdeu todo o raciocínio que havia adquirido minutos atrás. As pancadas que lhe trouxeram alguma racionalidade foram levadas embora quando o especial atingiu seu corpo em cheio.

Seus olhos foram tomados por um azul cálido que cobriu todo o seu globo, emitindo um brilho forte. De repente... Dean sentiu-bem. E o que aconteceu com o Sol? É aqui que ocorria o perigo. Uma vez que a Éther voltou a seu estado inicial e antes disso ela acabou utilizando as asas, mais uma vez as mesmas entraram em ação se abrindo em suas costas e se envolvendo, abrindo como uma flor, porém, dois longos braços saem dessa flor, e os dois disparam em uníssimo suas energias, sendo Raskras o lado vermelho alaranjado, um raio negro e Cepehart, o lado verde água, pequenas esferas rosadas que estouram, dando mais potência para a investida do outro, no final do ataque, Dean volta a se virar para o oponente (Oboys).

No final de seu ataque, Dean se viraria encarando o homem. Suas pernas estavam queimadas e a água fria da chuva começava a fazer a sua dor pinicar com facilidade. O lábio superior subiu no canto esquerdo, liberando um rosnado. A mesma moveu os ombros estalando-os e depois a cabeça, causando um som maior. O azul brilhante encarava o Gear. Daria tempo de ele ter escapado? Ela queria saber, se não desse, iria arrancar gritos dele a força.


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Aventureiros
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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Desfecho.

Sáb 18 Abr 2020 - 20:25

Seus Specials foram bons. Sol não imaginou que iria dar certo. Isso foi muito bom. O Fafnir então, nem tinha como ele reclamar. Era o seu preferido. O som do impacto era vibrante, o desejo que vinha disso? Intensamente gostoso. A satisfação de ver um dos seus movimentos mais impactantes dando certo era sem dúvida uma sensação ótima! Porém, Sol jamais esperaria o que veio.


Asas! Elas se abriram a sua frente como um turbilho de penas e algo se formou através delas. Sol nunca havia visto algo assim. Nem mesmo Dizzy, uma Gear ferrenha que tinha suas asas como dois sistemas de luta se manifestavam assim, se quer se dobravam ou faziam algo com tanta facilidade, como se não fossem feitas de ossos!


O Disparo foi certeiro. Sol o recebeu entre o peito, sendo lançado para trás, arrastando com força até que caiu de costas, levando a mão livre próximo aonde havia recebido o disparo. Os olhos do mesmo estavam arregalados. Que criatura estranha! Que coisa esquisita! Isso não era normal, era complicado. O Gear se sentou, franzindo o cenho e tossindo um pouco, jamais esperaria algo do tipo. Sol olhou a criatura furiosa, mas ele ergueu a mão boa, indicando o fim.


— Você já provou que não tá para brincadeira. Agora é melhor voltar menina. Essa cara brava de bicho com fome, não parece ser algo que combina muito com você.

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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Epílogo.

Qua 22 Abr 2020 - 14:14



A luta havia acabado. Não tinha mais nada do que ser feito. Coroline, no entanto não pensava dessa forma, ela queria muito mais. Tinha uma vontade enorme de arregaçar aquele homem. Deitá-lo no chão e arrancar a sua cara fora. A mulher foi para cima dele sem pensar nenhuma vez, mas assim que deu o seu terceiro passo para cima do Gear que levantava a mão em sinônimo de paz, Dean não deu nenhum passo a mais.


Algo gelado se enrolou nas suas pernas e braços, e virou ela bruscamente, deixando a morena acastanha de costas para Sol e caindo de barriga para cima. Dean se moveu de um lado ao outro rosnando enquanto era arrastada por alguém que se revelava aos poucos.


Avurk olhava para a mulher e notava ainda a diferença do seu olhar. O moreno estava visivelmente cansado. Ofegava, o suor se encontrava misturado a sua roupa agora molhada pela chuva. Ele havia feito do céu e da terra seu caminho de busca incansável atrás dela, e parecia que havia chego na hora. Mas como ele havia parado ali? A história é até bem simples.


Depois do que ocorreu na casa dos Yagamis, Avurk não perdeu seu tempo aguardando o esposo de Dean se levantar e fazer alguma coisa. O Prime se mandou da casa, tomou as chaves do seu carro e deu partida seguindo os rastros de energia deixados por ela em seu primeiro ataque. A menina Hawkins não era de fazer essas coisas. Dean sempre manteve sua natureza oculta e seus poderes mais ainda, existir um traço por aí dela, mínimo se quer, era sinal de que ela estava tendo muito o que conter. E como eles saberiam disso?! Ela não falava!


Foi seguindo esse mesmo rastro que o moreno acabou tomando uma estrada após passar a ponte principal de Orchid, e entrando numa estrada que ele não havia visto antes. Nesse momento, Avurk não tinha notado nenhuma diferença até encontrar seu caminho em Mystic Falls. Foi ali que todo o seu senso e traço de energia de Dean sumiram e ele teve que apelar para táticas antigas de encontrar a mulher: caçá-la nos locais que ela com certeza andaria. E Avurk passou a cidadezinha toda procurando Dean, e quando não achou foi para a floresta que muitos indicaram a ele quando o mesmo passou a dar a descrição da Yagami.


Na Floresta das Memórias, Avurk encontrou coisas que nunca havia visto, porém, ele não teve tempo de analisar, apenas foi seguindo o cheiro que conhecia, até que finalmente ele encontrou-a. Era possível ver uma certa irritação no homem. Um olhar furioso que resultou no seu braço esquerdo ser envolvido por uma energia púrpura e se transformando num chicote, que no momento que Dean ia pular em cima de um Sol rendido, acabou sendo usado para prendê-la.


— Você foi longe. — Ele disse com um ar nada amigável e puxou a morena acastanhada em sua direção. Obrigou Dean a se sentar, deixando na posição na marra ao erguer a mulher pelos ombros e jogou-a por cima de seu lado esquerdo.


O Prime deu uma olhada no homem sentado. Não era alguém normal ele supôs. Bastava olhar o tamanho da espada para saber que não era leve para um homem segurar, mas também havia algo em volta dele que despertou um leve interesse em Avurk. O moreno se virou, deu uma ultima olhada no cenário e saiu com a mulher antes que ela fizesse algo a mais.




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@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Re: @01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami.

Sáb 2 maio 2020 - 22:02

A luta foi algo que Sol não sabia explicar.


De inicio foi simples e depois soou como uma confusão interna dele e dela. O Gear sabia que podia ter feito melhor, algo no fundo lhe disse que o duelo em si poderia ter sigo algo mais instigante se ele tivesse se proporcionado a isso. Sua oponente era algo diferente. Sol não pode identificar ainda o que era, mas normal de fato, não deveria ser. E aquelas asas... Complicadas, mas especiais como uma energia moldada e organizada. Esquisito sim.


A mulher vir em sua direção o fez segurar a sua espada, porém ela foi interrompida. O homem encarou aquela figura de pele negra que surgiu. Ele falava com a mulher de forma irritadiça, e então seu foco tornou-se muito claro: ele veio pegá-la. Sol se levantou, preparou para fazer algo, mas a troca de olhar dele com o homem foi intensa, e ele pode ver que havia sido identificado como um não humano. “Merda!” ele pensou consigo mesmo, agora poderia feder e muito para o seu lado nesse momento.


Só que nada aconteceu.


Ele se foi com ela.


E o Gear ficou parado pensando o que realmente havia acontecido.


A chuva continuou tornando-se em fim pesada.


Sol Badguy pensava e pensava em que mundo estranho ele havia acabado de aterrissar.


Titanos
Titanos
Orientadores.
Orientadores.

@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Re: @01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami.

Dom 10 maio 2020 - 1:18




OBSERVAÇÃO
TITANOS ‘’EL’’


Primeiramente quero felicitar aos jogadores por finalizarem mais uma luta no fórum, obrigado por disponibilizar do tempo e da criatividade de vocês para enriquecer nosso fórum e nosso jogo como um todo. Em seguida, gostaria de agradecer por me escolherem como observador responsável por essa luta, é a primeira vez que analiso uma batalha e estou realmente grato pela oportunidade. Peço perdão por eventuais erros, enganos ou esquecimentos.

Nesta análise, apenas o ponto Enredo será observado separadamente dos duels, o motivo dessa separação é por ser um ponto que pode ser compilado como um todo, não necessitando de distinção entre os duels. Ele será colocado junto aos seus devidos Epílogos. Grato.


ANÁLISE GERAL


SOL


Prólogo

Descrição: Quando eu vejo a sua descrição, a primeira palavra que surge na minha mente é ‘’potencial’’. Porque eu olho grandes oportunidades de se expandir e fazer um trabalho muito bom, porém, tu acaba deixando-a muito curta e sem profundidade. E é exatamente por isso que me fez ter a sensação de que falta coisa, ao menos no ponto inicial que é o prólogo. Eu gosto de como você descreveu o cenário, e as ações do personagem, foi direto e sem enrolação, mas foi nesse quesito que você deixou escapar a chance de aprofundar mais. Quando você descreve o cenário em questão, fala sobre tudo, exceto um detalhe: a observação do seu personagem. Tem cachoeiras? Tem, mas como elas são? É uma queda forte ou suave? O céu tem nuvens? E os ventos, eles são fortes? Existem ventos naquele momento? E a vegetação, como são as folhas das plantas? Viu pássaros ou animais por lá? Pode parecer bobo, até porque algumas informações são óbvias (como por exemplo a existência de nuvens, já que está chovendo), mas relatar cores, aromas, texturas, formas e até mesmo como o raio serpenteia no céu, pode deixar mais rico. Um ponto mais positivo nessa primeira parte, mas que também foi muito básico, são as npcs. Você às citou, entretanto de uma forma bem ligeira, isso não causou danos ao texto, mas também não acrescenta mais detalhe e riqueza. Quando essa descrição física externa, se soma a interna, faz um combo que deixa um texto delicioso para quem lê.

Fidelidade dos Ataques, Habilidades e Arsenal: A apresentação da Junkyard foi genial! Simples, detalhada, e bem explicativa. Assumo que trouxe um humor ao comparar a arma a um modelo de isqueiro, assim como citar e fazer a mesma semelhança entre arma e objeto da versão anterior.

Personalidade, Emoção e Interpretação: É nesse ponto que você consegue uma boa maestria. No prólogo é mostrado de maneira leve e rápida, as características físicas de Sol, com um resumo de tais atributos, mas a forma como o jogador liga tais detalhes as lembranças e história anterior do personagem, nos colocando a par de como ele veio parar em Orion, e até mesmo de seu círculo íntimo, faz com que ambos os grupos de informações se casem perfeitamente. E de sobra, ele consegue nos mostrar coisas básicas de Sol - como sua baixa intolerância para frases motivadoras, e o comportamento dele sobre lutas -, de uma forma que realmente nos faz perceber e sentir a personagem com totalidade, utilizando de um texto rápido e direto.


Duels


Descrição: No round 1, continua uma boa descrição, direta e reta. Você nos deu uma dimensão do pensamento do personagem em relação a luta e a oponente (a citação sobre a psicose), inclusive preparando o terreno para o combate ao nos mostrar a ‘’preparação’’ sucinta de Sol para iniciar seu ataque. É notável que já no primeiro duel, você coloca o Badguy como alguém que ainda deu uma chance de Dean se retirar, indicando uma ponta da personalidade preguiçosa e ranzinza de sua marionete - onde ele prefere não tornar aquela situação uma futura luta. Apesar de seu início positivo e pontos interessantes, senti a falta de uma maior articulação para com o personagem, articulação essa que poderia ser ocupada ao exprimir mais um pouco do ponto de vista de Sol sobre tudo aquilo, ou até mesmo relatar um pouco mais sobre o comportamento dele em relação a tudo. No trecho ‘’... saltou violentamente para cima de Coroline, o punho cerrado e envolvido com as suas chamas vermelhas, pronto para acertá-la com tremenda violência’’, você poderia introduzir algo falando sobre o sentimento de fúria ou a intensidade do calor do momento de Sol, isso poderia dar mais vida e passar uma emoção mais ‘’a flor da pele’’, falar sobre esse sentimento de alta irritação ou incômodo que a oponente  causou por agir como agiu, o enfurecimento de ver alguém tão mecânico, ou até mesmo ele buscando entender os motivos de Colorine se portar de tal maneira, tal como colocou no parágrafo anterior ao citar o lado racional do personagem.

No round 2, é notado não apenas a coerência entre movimentos do personagem, mas também entre os movimentos dos dois personagens em si. O fato do choque, e em especial de narrar o efeito da Oyakãn de Dean, demonstrou um grande aliado na hora de descrever a surpresa do gear, assim como foi uma ótima maneira de dar ênfase a essa surpresa ao utilizar das informações sobre o treinamento e o tipo de inimigo que Sol enfrentava em seu mundo. Uma vez que esse tipo de dado nos deixa a par da força da marionete, e principalmente evidencia a força de seu oponente. Narrar o interesse de Sol e principalmente sua forma de observar e se atentar a Coroline, também foi uma maneira interessante de demonstrar que sua marionete não iria subestimar a adversária a frente, ao mesmo tempo que também não a veria com grandes olhos sem antes saber do que e de quem ela se tratava.

No round 3, aqui você novamente usa de sua estratégia de nos conceder informações para contextualizar algum movimento o maneirismo do personagem, e nesse caso, a impaciência antiga de Sol em seu treinamento, que contrastava com o pensamento mais focado e analitico do futuro. Foi também muito interessante usar dessas informações para se ‘’desvincular’’ do tempo corrido da cena, em prol de assim fazer com que o ato de puxar a Junkey, e ser levado ao chão por Colorine, não ficasse algo cru e muito direto. Utilizar da Magic Flame para cancelar o ataque de sua oponente também foi brilhante, assim como toda a cadeia de movimento que Sol efetuou, onde ele se aproveitou do momento e contra-atacou de forma genial. Utilizar da espada para ‘’raquetear’’ Dean foi uma ideia realmente inesperada… Inesperada e cômica.

No round 4, a descrição manteve a qualidade já apresentada anteriormente. Aqui você narrou muito bem a sequência de movimentos que ocorreram desde o ataque de Dean - e seu voo -, até o impacto contra o solo. A surpresa de Sol foi muito bem expressa, eu diria que foi um dos dois turnos até o momento que houve uma maior exibição das emoções do personagem. O que eu me deixou curioso, na verdade foi a partir do terceiro parágrafo, o Badguy já havia caído e recebido o golpe, ao se preparar para investir contra Dean, já era possível observar as asas da mesma, e nesse caso em especial, onde ele se surpreendeu com o movimento de sua oponente, citar as asas seria algo que colocaria um pouco mais de dramaticidade no turno (considerando toda a emoção de surpresa que você descreveu nos dois parágrafos anteriores).Seu movimento foi bem executado, e eu realmente me senti visualizando uma cena de GG ao ler sua descrição do Ground Grand Viper, parabéns! Uma observação que gostaria de deixar aqui é sobre a interação cenário e golpe: a linha de chamas deixadas no chão, estava recebendo a água da chuva e obviamente estava em um solo molhado pela mesma, fogo com água ou evapora, ou apaga, considerando a intensidade do poder de Sol, seria até mesmo interessante narrar pontos de evaporação causados pela união de ambos - sim, é uma ideia bem louca a primeira vista, mas poderia até mesmo tornar o cenário visual do momento algo mais interessante.

Fadiga e Desgaste: No round 2, a forma como se mostra o resultado do choque entre partes - por meio da queimação na mão e o balançar da mesma. Mostra um leve desgaste coerente com a cena em questão.

No round 3, notamos o primeiro indício de fadiga física e mental vindas do personagem. Primeiro no pequeno cansaço vindo do ato de carregar e manusear a Junkey, e em segundo, na impaciência ao ter que lidar com toda a movimentação da adversária ao golpeá-lo.

No round 4, aqui finalmente temos uma maior visão de um dano por parte de Sol. Nota-se a referência a dor no trecho do primeiro parágrafo ‘’Dean lhe batera com tanto gosto que cada pancada parecia um conjunto de dor que ela estava aguardando para infligir nele’’, assim como a citação ao desnorteamento após o golpe no pescoço. Deixo aqui um apontamento: ainda que Badguy mostre ser bem resistente, o desnorteamento foi muito sútil, e considerando que a marionete criou rachaduras no solo com o impacto da queda, se esperava ao menos uma leve tontura, que poderia ser colocado em um trecho curto ou até mesmo umas poucas palavras - casaria muito bem com o trecho em que Sol recebia a chuva nos olhos arregalados.

Fidelidade dos Ataques, Habilidades e Arsenal: Assim como apresentou a Junkey de forma excepcional em seu prólogo, nos duels que seguiram não foi diferente.

Desde o Bandit Bringer/Volcanic Viper, até o Fafnir, todos ataques foram fiéis e bem descritos. É interessante citar o uso da Magic Flames, não apenas nos ataques como também de forma isolada - ao segurar a mão da oponente. Assim como do manuseio das partes da Junkey (cabo e lâmina) para investidas e ataques criativos. Boas estratégias misturadas ao bom manuseio das habilidades.

Personalidade, Emoção e Interpretação: Já no duel 1, eu simplesmente me impressionei sobre como foi genial e curiosamente paradoxal fazer a interpretação da mesma forma direta que a descrição, mas incrivelmente passar uma sensação de imersão com o personagem! Eu como leitor adorei a forma que você faz uma interpretação ser tão natural e tão boa. O segundo e terceiro parágrafo são muito complementares entre si, mostrar a distinção de pensamentos e/ou julgamentos do lado emocional e racional do Sol foi muito interessante, principalmente para fazer o leitor entender que ele segue pelo calor do momento, e não que simplesmente é uma besta devoradora de sangue. Assim como no parágrafo três, em que a união de movimento corporal antes de partir para a briga avisa que ele ainda tentou uma maneira menos ríspida de resolver aquela aproximação estranha.

No round 2, se vê um ‘’amadurecimento’’ em relação ao comportamento de Sol. Não é como se ele tivesse mudado seu modo, obviamente que não, mas o choque de energias e principalmente a surpresa de ver alguém que conseguiu se equiparar com ele num primeiro momento, foi o suficiente para ele dar espaço ao seu lado mais ‘’racional’’, por meio da vontade em analisar que tipo de oponente havia em sua frente. A reação de surpresa, e a leve mudança de foco do personagem foram bem mostradas e administradas com coerência - extremamente natural e fluída.

No round 3, temos uma melhor expressão de seu interesse pela personagem oposta, colocando em evidência um traço da personalidade da marionete: a análise. Entretanto, apesar desse detalhe, essa evidência foi muito pequena em questão de expressividade do personagem. Nos foi mostrado o comportamento de Sol que expressou isso nos trechos ’’... mas ainda havia algo que o incomodava. Por que aqueles olhos estavam tão distantes?’’ e ‘’... encarou profundamente a mulher’’, mas, foram exatamente esses únicos dois trechos, logo em seguida vemos um Sol levemente mais impaciente para com os golpes de Coroline, o que nos deixa com uma expressividade muito ligeira e pouco desenvolvida.

No round 4, começou de uma maneira genial. Foi muito interessante ver a reação de Sol diante daquela cena, principalmente ver os maneirismos do personagem explorados de forma cômica. Até mesmo ao voltar para a postura normal, momentos antes do ataque, o jogador soube lidar bem com a situação e mostrar um ótimo manuseamento das reações emocionais de seu personagem. O que realmente foi um ponto negativo aqui, é que apesar de tudo ser bem mostrado, foi pouco mostrado. Nessa situação de total desentendimento sobre a troca de personalidade de Dean, o jogador ganhou toda a oportunidade de abusar do comportamento de Sol, mas ao contrário, foi extremamente sucinto na descrição de suas emoções, o que deixou uma vontade de ‘’quero mais’’.

Tempo e Coerência: A partir do segundo duel, se nota um tempo e principalmente uma coerência muito bem efetuadas, e isso acaba por gerar uma coesão muito boa entre o seu turno e o de sua adversária. Desde o choque de poderes, até a parada de seu personagem para a preparação de um segundo ataque, e o ataque em si foram bem efetuados e certeiros, sem perder o dinamismo.

No duel de número 3, seguiu o molde do turno anterior, embora desta vez o jogador formou uma espécie de contra-ataque, que foi não apenas coerente, como também se encaixou no tempo. Não ignorando o ataque de sua adversária e ainda assim se valendo do mesmo para fazer sua investida.

Em seu quarto e último duel, a qualidade continua. Tal como visto por sua parte, foi normal receber o golpe, e novamente se preparar para atacar, nesse duel, assim como nos outros, não houve qualquer deslize ou má administração de tempo, possibilitando assim a coerência de ideias, e coesão com o turno posterior da sua oponente.

Pontos Negativos: Não foram encontrados.


Desfecho


Descrição: A qualidade se mantém, o que faz com que o texto continue claro e fácil de ler e imaginar. Honestamente gostei bastante da reação do personagem, foi literalmente uma sucessão de sustos, e foi muito coerente com a história da luta em si, e principalmente com Sol, que é naturalmente um personagem bem forte. Aqui finalmente temos uma associação das asas de Dean com as de Dizzy, e a diferença entre ambas serve muito bem para demonstrar o nível de poder que Badguy acaba de enfrentar. Os últimos atos de Sol - como o sinal de paz, e a fala -, foram de total importância para finalizar o desfecho e encerrar a luta em si (ao menos a parte do combate). Foi um desfecho curto, e que poderia ter sido utilizado para descrever toda a surpresa da marionete, apesar disso, foi realmente bom.

Fadiga e Desgaste: Assumo que aqui ficou um ponto a desejar. Novamente, Sol é corpulento, forte, e massivo, tanto pela sua estrutura muscular, quando pelo seu treinamento e até mesmo pela sua espécie, mas ele recebeu um dano certeiro, potente e extremamente perto, como evidenciado no trecho ‘’O Disparo foi certeiro. Sol o recebeu entre o peito, sendo lançado para trás, arrastando com força até que caiu de costas’’, o esperado era que ao menos uma marca, uma ferida, ou uma dor restasse no local atingido, e foi exatamente o contrário. Isso foi realmente bem desapontador.

Personalidade, Emoção e Interpretação:  Novamente você brilhou nesse ponto. Além de se fazer uma visualização fácil das expressões e trejeitos do personagem, nós finalmente podemos ver uma citação sobre alguém do círculo interno de Sol - que não havíamos visto desde o prólogo. Foi também muito interessante ver o prazer da marionete ao ter um de seus golpes efetuados com total assertividade, você soube narrar na forma e na dosagem certa, principalmente porque parou no mesmo exato segundo em que o mesmo se surpreende com as asas e recebe o golpe. A fala de Sol também expõe a forma ranzinza e até mesmo impaciente para com a oponente, nos evidenciando esse traço de personalidade mesmo depois de um ataque como aquele. Com certeza toda a atenção nesse ponto vai para sua maestria em fazer com que atos simples de surpresa do Badguy, sejam tão fáceis de imaginar e agradáveis de ler, digo agradáveis porque aqui, foram tão expressivos e naturais ao leitor.


Epílogo


Descrição: A união de seu desfecho com o epílogo foi suficiente para fechar a luta com chave de ouro, na verdade, arrisco dizer que foi exatamente esse final que fez a luta ter todo um teor humorístico e uma alma própria. O epílogo mostrou o personagem dentro de uma luta que teve seu fim de forma tão atípica quanto o seu início. E principalmente nos mostrou o que muito possivelmente foi o sentimento da marionete durante toda a luta: uma total desordem. Isso tudo exposto apenas em uma frase inicial ‘’A luta foi algo que Sol não sabia explicar.’’ A reação de Sol foi digna de alguém com uma personalidade guerreira e preguiçosa, principalmente ao ver sua oponente indo em sua direção ao insistir na luta, foi também muito interessante a forma que você mostrou a reação do Badguy, no trecho ‘’“Merda!” ele pensou consigo mesmo, agora poderia feder e muito para o seu lado nesse momento.’’, ficou totalmente claro uma quase mudança de humor por parte do personagem, sem esquecer é claro que foi a primeira vez que você usou do pensamento em toda a luta, e que honestamente falando, foi um ótimo momento para encaixar um pensamento! As primeiras três linhas seguidas deram uma sensação de total quebra de nexo, que é exatamente o que o personagem e os leitores tiveram (assim acredito), enquanto as duas últimas, além de encerrarem o combate, permitiu que os leitores não só visualizassem a cena, como também se sentissem exatamente como o personagem. Em suma, seu epílogo não apenas se juntou com o seu desfecho, mas também foi totalmente complementar ao da sua adversária, finalizando a luta com uma coesão brilhante.

Personalidade, Emoção e Interpretação: Em um único epílogo você conseguiu exprimir a vontade de Sol em ter se esforçado mais no combate, a reação natural dele em pegar a espada para ao se preparar para mais uma batalha, o seu receio ao ser descoberto por Avurk, e sua total falta de entendimento do que ocorreu naquele momento. E tudo isso de uma forma tão surpreendentemente natural e curta, que nesse ponto do julgamento, só posso dizer que foi genial. Como havia dito antes em Descrição, seu turno foi complementar ao da sua oponente, mas isso não o fez se destacar menos, na realidade eu diria que foi o ponto chave - literalmente a cereja do bolo. Meus parabéns.

Enredo: O enredo o jogador nos apresenta um Sol levemente despreocupado, e procurando respostas sobre como chegou e como iria sair de Orion. Nota-se que uma luta não estava em seus planos, e que ao avistar Colorine, e principalmente ser chamado para uma briga, não perdeu tempo em ir para cima da mesma - não sem antes dar todos os sinais que gostaria de ficar em paz.

É interessante e óbvio, que seu enredo iniciou diferente ao de sua oponente - no prólogo mesmo -, e só se firmou como uma resposta ao dela a partir do duel dois, onde Sol percebeu a quantidade de poder de Dean. E ao longo da batalha foi se modificando, conquistando um objetivo de realmente lutar contra a mesma, mas também de tentar entender o que se passava com a mulher. Se torna notável afirmar que os dois últimos turnos encaixam em seu enredo, pois deram uma consistência sobre um personagem que realmente não tinha a intenção de se envolver em uma luta, mas que não negou a mesma. Em suma, seu enredo foi complementar ao de Dean, casando perfeitamente com o enredo de sua oponente.


DEAN


Prólogo

Descrição: Assim como seu oponente, logo no prólogo já se nota o seu potencial e o que se esperar na luta. É uma narrativa bem construída e gostosa de ler, principalmente por misturar trechos levemente cômicos em momentos que precedem algo realmente importante no momento. As npcs são bem descritas fisicamente, e possuem uma rápido levantamento sobre suas pessoas - o necessário para o leitor se orientar diante da importância delas naquele momento e na vida da personagem. O cenário é extremamente bem feito, não faltando detalhes desde o início do aparecimento da personagem até o surgimento dos npcs - e coloca-se aqui um ponto interessante sobre o cenário mental de Dean. Da mesma forma que seu adversário, também não vejo uma maior exploração descritiva sobre o local da luta, reduzindo-o apenas ao clima, e ainda que seja proveniente do momento confuso da mente de Dean, é algo que fez falta. Houve também algumas trocas de palavras que podem pegar o leitor mais desatento de surpresa (como a troca de dúvida por diva), mas nada que realmente descaracterize o texto. Uma observação que quero fazer é no trecho ‘’O Aether flui naturalmente’', a palavra Aether em cor escura se mistura com o fundo do turno e acaba desaparecendo, novamente, podendo pegar um leitor desatento de surpresa.

Enredo: Aqui temos certamente o ponto que mais chama atenção em sua trama. Pois fica óbvio que algo toma o controle parcial de Dean, mas o que ou quem é? Esse fato deixa o leitor interessado e curioso para saber mais sobre a personagem. Para um primeiro momento, foi muito bem utilizado e exibido em dosagem certa.

Fidelidade dos Ataques, Habilidades e Arsenal: Aqui temos uma leve explicação sobre a éther, focando principalmente nos dois seres que mais futuramente seriam usados e que habitam em suas asas, Cepehart e Raskras. Ambos foram descritos e narrados de forma que contextualiza sua importância para a personagem, e obviamente coincidem com sua movelist.

Personalidade, Emoção e Interpretação:Tal como Sol, a jogadora já demonstra sua alta capacidade para interpretar a expressividade da personagem. Por se tratar de uma OC, é esperado que detalhes sempre sejam colocados da vida e da própria personagem e aqui não fica nada á desejar. As características psicológicas de Dean foram bem usadas, e você claramente soube juntar os detalhes sobre o sono da mesma com a forma que ela simplesmente se deitou e dormiu - honestamente foi muito engraçado de ler isso. Assumo que esperava um pouco mais sobre a mente de Dean e quais seriam os pensamentos ou passagens que Avi pôde visualizar, isso poderia ser bem explorado uma vez que a personagem se mostrou com uma história tão rica (sobre ser uma das últimas de sua espécie e a sua maioridade), porém como usuário de OC, sei bem como isso pode ocupar um longo espaço e acabar se tornando a típica ‘’encheção de linguiça’’. No geral, em seu prólogo você mostrou todas as partes necessárias para um boa interpretação do personagem, tal como seu oponente.


Duels


Descrição: A descrição do primeiro duel não é apenas boa e bem construída, mas nos serve como um aperitivo para saber como sua marionete se movimenta, e principalmente as características básicas sobre o comportamento de Dean em campo de batalha. A narrativa continua a misturar um texto natural com nuances de comédia, como visto nos adjetivos usados para descrever seu oponente (sobretudo em relação a arma), ainda assim não foge de seu foco que é passar a cena ao leitor, e isso você faz com excelência. Descrever o fato de Coroline usar de movimentos inesperados, como foi dito no segundo parágrafo nos dá uma sensação de ‘’pagar para ver’’ que tipo de loucura ela fará nos movimentos seguintes, e quando se junta ao movimento em si - ao usar o Bullsht -, se arma aquela velha cena de ‘’preparação’’ para o combate, onde a força de ambos é medida e equilibrada, para o então desenrolar da batalha, que ganha um gosto a mais. É interessante considerar também o fato de como foi explicado o golpe, ao nos dar uma info sobre a fonte do mesmo, a energia Oyakãn, e como ela se manifesta naquele golpe e no momento em especial. Um atento: ainda que Dean esteja sob um efeito mental que a faça ‘’dissociar’’ alguns aspectos, por ser um texto em terceira pessoa, uma maior citação sobre o cenário à sua volta seria interessante.

No duel 2, a jogadora utiliza de artifícios simbólicos para mostrar a aparente (e comprovada) desorientação mental de sua marionete. Desde os detalhes em sua aparência - como a roupa e o olhar da mesma, até o sorriso que beira a loucura. Usar a pergunta no meio do texto deu a descrição uma espécie de envolvimento com o leitor, uma vez que até mesmo quem está lento se pergunta a mesma coisa. Por parte da movimentação, a descrição não deixa a desejar, é possível imaginar a cena dos movimentos de Dean, o que na verdade é curioso, é o modo como os primeiros dois parágrafos, se conectam aos dois últimos, passando uma naturalidade na leitura do texto e principalmente na sua facilitação para ‘’ver’’ a cena.

No duel de número 3, se faz presente uma quebra total do esperado! Nos primeiros dois parágrafos temos mais um pouco da história que antecede a luta, nos colocando mais a par do ocorrido - e confirmando algumas suposições óbvias como uma espécie de possessão por parte do próprio poder da Éther. Usar um pequeno flashback para contextualizar o leitor e principalmente para fazer uma ‘’volta a realidade’’ da personagem foi simplesmente genial! Primeiro porque nos explica um pouco mais do ocorrido, segundo porque nos faz imaginar a cena da volta de Dean. Seguindo o texto, temos então a ‘’regressão de consciência’’ de Coroline, e de maneira mais cômica possível. A utilização de adjetivos para detalhar a situação do ataque de Sol - em especial o desgaste gerado pelo mesmo -, foi um ponto muito positivo para o texto, assim como manter um bom degradê entre o despertar, a dor, e a fúria da marionete, que deságua em seu ataque bem explicado. No geral, houve uma harmonia entre um ‘’frame’’ e outro que concedeu uma naturalidade e coesão ao texto.

Em seu quarto duel, o que mais chama a atenção é a naturalidade com que a cena é construída, desde o momento em que Coroline limpa as lágrimas, até o momento em que ela perde sua consciência recém recuperada e simplesmente age mecanicamente ao se agachar e efetuar o Oboys. A forma de descrever essa perda de consciência e os sentidos físicos (sobretudo o tato), foi muito bem trabalhada e deu mais vivacidade a cena, já que não foi um simples ‘’desmaio’’, foi um desligamento mental para que a outra parte ocupasse seu corpo, deixo aqui meus parabéns. Entretanto, o  que me deixou com uma sensação de falta foi a ausência de uma maior descrição do efeito das chamas sobre si, ainda que Dean tenha perdido o foco no resto do momento por culpa de sua dor de cabeça, e mesmo colocando um calor que lhe atingia o corpo, um pequeno trecho evidenciando por exemplo uma leve ardência inicial, poderia ser usada - novamente, é óbvio o estado mental da personagem ao ponto dela não possuir reação e/ou sensação ao golpe do oponente, mas é um texto em terceira pessoa, e dessa forma esse pequeno detalhe poderia ser colocado sem problemas.

Fadiga e Desgaste: No geral, o desgaste só é apresentado com ênfase  a partir do terceiro duel - já que no primeiro temos um choque de forças e no segundo um rolamento.

Em seu duel de número três, vermos uma maior descrição do desgaste, sobretudo da dor. Não apenas física, psicologicamente também - uma vez que Dean recupera sua consciência no meio do ataque de seu oponente. Desde os dedos queimados, até a dor das raquetadas, no duel 3 o desgaste por meio dos danos recebidos foram bem exibidos e trabalhos.

No quarto duel, você continua a explorar essa dor apresentada no turno anterior, porém aqui de maneira mais simples e sucinta, por meio de comportamentos e movimentos, como  se agachar ao limpar as lágrimas, ou até mesmo mais diretamente falando sobre a dor no local das batidas. Aqui também você narra o calor que se supõe vir das chamas de Sol, mas poderia ter falado sobre uma leve ardência provocada pelas mesmas.

Fidelidade dos Ataques, Habilidades e Arsenal: Assim como seu oponente, também não deixou a desejar, sendo bem fiel. Com três ataques vindo de sua lista, e um feito com golpes normais, foi muito articulado na hora de descrever e colocá-los em uso, inclusive usando das emoções da personagem para dar mais força e mais naturalidade ao uso dos mesmos.

Além da energia Oyakãn, outro idem principal nesse ponto de análise foram Cepehart e Raskras, que foram descritos em seu último golpe, e bem colocados na narrativa sobre o ataque, coincidindo com sua move list.

Personalidade, Emoção e Interpretação: No round 1, temos a continuação da cena final de seu prólogo. Diferentemente do turno de apresentação, aqui não temos muita coisa sobre Coroline, com óbvia exceção de seu instinto imprevisível em uma luta. Você já nos mostra a diferença entre o senso de combate de Dean e o senso de grande parcela dos lutadores. Posso citar também a espécie de efeito colateral do mal que assola a mente de Dean: o início de seu sorriso como forma de mostrar algo de errado com a personagem. Sua interpretação inicial nos duels, me remete a ver a Dean num momento que parece uma mudança inicial de consciência - claro, inicial no sentido pós incidente na casa dos Yagami - e é sútil, já que demonstra uma Hawkins num início de ‘’possessão’’.

No dual 2, a jogadora começou a destrinchar a situação mental de sua personagem. E com certeza isso causou um bom nível de interesse ao leitor, afinal, saberíamos o que Dean possui? Não, não saberíamos, e foi exatamente por isso que a atenção do leitor foi reforçada aqui. Usar da risada como uma pista clara para uma desordem mental da marionete foi algo bem colocado, era óbvio que havia algo de errado com Colorine, para pessoas que a conhece, vê-la naquele estado seria estranho e quiçá até mesmo atormentador, mas para um desconhecido como Sol, aquilo seria certamente misterioso e muito mais estranho. Manusear esse singelo movimento de sorriso e risada, num ponto inicial, foi brilhante.

No duel 3, a interpretação de personagem teve seu auge desde o prólogo (onde teve sua personalidade e comportamento mais demonstrados). Além de narrar e nos mostrar uma Dean diferente do habitual e praticamente possuída, temos também uma quebra total do esperado, e principalmente uma reafirmação da personagem. Enquanto no primeiro duel a jogadora nos diz que sua marionete é imprevisível em batalha, aqui ela confirma que a personalidade de Coroline também é tão imprevisível quanto. Vou me atentar a emoção que você passou no momento em que a personagem recebe os golpes. É cômico, e principalmente bem detalhado, desde as caretas (no abrir de boca e olhos), até a emoção física em forma de lágrimas. As falas foram com certeza as cerejas do bolo, já que nos deu uma total surpresa por parte da manifestação de desgosto e de dor da personagem. Minha única e sutil observação nisso tudo, é que quando se coloca o pico de raiva de Dean, poderia ser interessante usar também de alguma frase ou pensamento que expressassem esse sentimento. Não é nada que tenha afetado a postagem, mas com certeza nos daria uma dimensão de quanta raiva se passa na mente da Hawkins no momento de sua explosão.

No quarto e último duel, houve uma desligação total da consciência de Dean. Em geral, pouca coisa foi realmente mostrada sobre esse ponto nesse último duel, que foi exatamente algo que deixou a desejar. A forma como a jogadora manteve e conectou a expressividade da dor da personagem nesse duel ao anterior foi sublime, principalmente porque não houve uma quebra de tempo entre um e outro, o que obviamente ajudou numa continuidade fluida e bem exposta, se envolvendo com a ação de seu oponente. É considerável apontar também que o ‘’desligamento’’ mental de Coroline foi muito bem descrito e coeso, não esquecendo de narrar como fisicamente ele começou a ‘’apagar’’. Entretanto, eu senti falta de um algo a mais, nesse ponto, poderia ser usado uma pergunta - como ocorreu no duel 2 -, para se dar uma consistência sobre o que se passava emocionalmente com a éther, ou até mesmo, uma ou duas linhas se referindo ao sentimento naquele momento. Afinal de contas, ela havia regressado, e seria uma ótima oportunidade de fazer referência ao que ela sentiu ou pensou em algum momento. É óbvio que se deve atentar ao fator que pode ter sido o motivo da falta dessa expressividade: o calor e a rapidez do momento entre a investida de Sol e o golpe de Dean.

Tempo e Coerência: Tal como seu adversário, esse é um ponto do qual você se saiu muito bem. A partir do primeiro duel e do choque entre personagens, vermos uma coerência e manuseio do tempo de forma exemplar.

No segundo duel, usou de uma esquiva, conectando-a com sua ofensa, e permitindo assim a possibilidade de ‘’encaixe’’ de ideia por parte do seu oponente.

Em  seu terceiro duel, manipulou muito bem o tempo entre uma ação em outra, deixando o texto coerente e claro para o leitor, emendando com a situação emocional de sua personagem para realizar seu movimento.

Por fim, o duel de número quatro não foi diferente,usou da mesma proposta apresentada em seu turno anterior, se valendo do tempo entre ações, e da continuidade de cena. Um texto coeso e coerente.

Pontos negativos: Não foram encontrados.


Epilogo


Descrição: Posso dizer que certamente esse foi um epílogo que eu realmente esperava, e principalmente, foi um epílogo que serviu perfeitamente a sua função, que é a de encerrar algo. Não precisa dizer sobre a qualidade da escrita, pois isso se manteve do início ao fim, o que vou me focar é na forma inesperada e bem usada para finalizar a luta. Quando se ler essa batalha como um todo, e se nota que a marionete está ‘’possuída’’, é completamente natural que se pense sobre o fato dela não querer parar e ir até o fim - sucedendo na morte de seu oponente ou de si mesma. Porém, se valer do npc que foi apresentado desde o prólogo e que foi completamente contextualizado na história da personagem, para pará-la no momento certeiro, foi bem interessante. É notável o manuseio de Avurk -  que eu adoraria ver uma exploração maior do personagem nesse final, afinal ele estava lidando com uma força emergencial e perigosa -,  mas eu esperava realmente por mais um trechinho de comédia, que aqui cairia muito bom para quebrar esse clima de tensão - principalmente por parte de Avurk ao levar a éther possuída em um carro. E nesse momento que entro no ponto final: o clima de tensão. Eu devo realmente parabenizar a jogadora, por saber manter cada emoção de forma coerente, sem atrapalhar, misturar ou adiantar os momentos durante o turno, deixando tudo agradável de ler, tal como esse epílogo. Em suma, seu epílogo foi harmonioso, interessante, deixou um tom de curiosidade, e um gosto de quero mais. Ainda assim, poderia ter alongado mais um pouco, pois mesmo sendo bom, foi bem ligeiro a forma como ele encerrou a luta, sem mais e sem menos, nos deixando sem saber o que ocorreu após e principalmente como lidaram com o problema de Coroline .

Personalidade, Emoção e Interpretação: Esse ponto ficou muito mais por parte da relação entre sua personagem e o npc do que Dean propriamente dita. Uma vez mais que ela estava com sua consciência apagada, você precisou usar de um jogo de cintura para finalizar e dar emoção para o turno. A reação de Avurk em relação a Coroline, e também a Sol, foi o que caiu neste ponto de interpretação. Foi sútil, mas válida para um encerramento, e poderia com toda certeza ser mais ampliada, afinal ele estava lidando com uma outra raça de ser vivo, extremamente forte e possuída. Mostrar por exemplo como ele conseguiu conter ela ou como ele se sentia durante aquele momento no carro, seria realmente muito interessante.

Enredo: O enredo acerca da personagem nos embriaga com tons de suspense e ação. Desde o início temos a informação para saber que algo de ruim se passa com Dean, e que vem naturalmente de sua própria espécie e poder. O que só sabemos e futuramente confirmamos em seus duels, é que se trata de uma espécie de energia que tem como objetivo crescer até explodir em poder, o que obviamente traria um bom nível de interesse por parte do leitor. Ele engloba e se encaixa perfeitamente com o enredo de seu oponente, dando mais um motivo para gerar uma batalha interessante e gostosa de se ler.


Considerações Finais e Veredito  


Quando li e analisei essa luta, estava óbvio que ambos possuem um nível muito similar entre si, deixando o combate acirrado e interessante de se julgar. Pelo quesito qualidade, praticamente não existe uma distinção entre os jogadores, uma vez que cada um com sua individualidade conseguiu entregar bons prólogos, bons duels, e bons epílogos. O que de fato me fez refletir e identificar o veredito, foi a profundidade. O jogador Sol Badguy, possui um estilo limpo e direto, que em muitas vezes entrega um texto com bastante detalhes técnicos sobre sua marionete e a história acerca dela, se valendo desse ponto para especificar a força do personagem e da oponente, de um modo que nos dê a ideia do quando ambos são fortes e principalmente nos contextualize sobre o motivo de sua personagem agir de tal forma diante de uma determinada situação. Já Coroline Dean, nos entrega aos poucos cada detalhe necessário para nos contextualizar acerca de sua personagem, de modo que o leitor não se perca, e ao mesmo tempo não tenha tudo entregue em mãos, causando assim uma instigação e interesse sobre sua marionete. O único ponto que difere entre ambos, é a profundidade sobre a personalidade e comportamento de seus respectivos characters. Enquanto Coroline nos mostra a vida, o círculo de pessoas, os trejeitos e maneirismo de sua marionete, ela também coloca sentimento nos atos de Dean, causando reações físicas - que vai do choro ao sono exagerado -, e reações psicológicas e emocionais - como o questionamento sobre os ataques do inimigo e a curiosidade sobre a casa vazia, ou seu encolhimento dentro da própria mente. Sol por sua vez, nos apresenta reações físicas - como o arregalar de olhos e as explosões de surpresa -, mas não se aprofunda em reações emocionais - nos deixando com poucas demonstrações além de suas falas personificando a rabugice ou o interesse em entender o motivo do comportamento de Coroline -, o que faz com seu texto tenho um corpo palpável, mas pouca alma e sentimentalismo propriamente dito.

No geral, a luta foi harmoniosa e coesa. Ambos lutadores conseguiram encaixar seus turnos com uma naturalidade incrível, permitindo ao leitor ter a sua disposição uma leitura fácil, imaginativa e extremamente interessante. Os pontos de humor e a expressividade física por parte dos lutadores foi com certeza uma das melhores qualidades dessa batalha, deixando tudo com um tom mais leve e mais gostoso de se ler - não esquecendo ou ofuscando da seriedade por trás dos movimentos, do momento, e do enredo como um todo. Dito tudo isso, vamos ao resultado.

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Vencedor (a)
COROLINE DEAN HAWKINS YAGAMI

Parabéns!


Sσl βαδgυγ
Sσl βαδgυγ
Aventureiros
Aventureiros

@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Parecer.

Dom 10 maio 2020 - 18:21
Boa noite!

Muito obrigado pelo seu julgamento e gostei das ideias que me passou. Não tenho nada contra o que me foi dito, e obrigado pelos elogios. Como eu já havia dito a minha oponente, com tudo o que aconteceu nessa vida Off meio que acabou atrapalhando muito o meu tempo de postagem, o que acabou limitando meu tempo para algo mais elaborado, mas fico contente em saber que foi uma luta boa e agradável.

Espero que eu possa fazer embates melhores. 

Obrigado,

Sol Badguy.
Cσяσlιиε Ð. H. Yαgαмι
Cσяσlιиε Ð. H. Yαgαмι
Orion.
Orion.

@01 - Sol Badguy vs Coroline Dean Yagami. Empty Parecer.

Dom 17 maio 2020 - 20:38
Olá! Desculpem a demora, isso não se repetirá.
Agradeço ao julgamento e as dicas que me foram dadas.
Muito obrigada pela avaliação, para mim ela foi justa e satisfatória.
Espero ver o juiz avaliando outras lutas com esse mesmo entusiasmo, precisamos de mais avaliações assim!
Obrigada!
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