✪ Bem-vindos a Oriontown! ✪ Festa de Natal! ✪

FESTA DE NATAL! BEM-VINDOS A ORIONTOWN!
Quem pode participar: Quem quiser!
Prazo de postagem: 10 dias! Como é um evento de abertura, pontualidade com prazos não serão cobrados, será uma forma dos que não estão acostumados a este tipo de jogo, a entender como funciona o fórum.
Aviso: A festa é 14+ ou seja, sem conteúdo adulto de nenhuma forma.
Introdução a festa:
No meio da Floresta das Memórias, uma árvore natalina enorme surgiu, e uma sombra caminhava por suas bordas, enfeitando cada galho com bolas, estrelas, bonequinhas e tudo o que podia ser pendurado nela. Ali estava Orion, um esqueleto vestido em um terno preto cheio de listras brancas, e com um morcego pequeno como gravata. Natal era a sua época preferida, pois tinha o seu alimenta favorito em abundância: a neve. Onde quer que fosse agora, poderia encher suas mãos ossudas de neve e levá-las a boca. Com a árvore montada, o clima foi mudando até o Natal, neve se espalhava por toda a Mistic Falls.

A pequena cidade foi enfeitada para o dia de festividade, e algo caiu sobre ela: mesas fartas de comida e outras coisas a mais apareceram, e a árvore natalina de Orion se fez presente a rua principal em seu centro. O esqueleto agora, um homem de cabelos brancos e olhos acinzentados bem claro, quase brancos, olhava com curiosidade a interação daquelas pessoas. Comer, beber, tudo fascinava, pois, para ele não fazia mais nenhuma diferença.A festa era para todos que ali viviam e estavam chegando em um universo diferente. Bem-vindo a um mundo de novas histórias!

A neve caia sobre a cabeça da morena, os olhos dourados dela se enchiam de felicidade, a quanto tempo ela não via um cenário assim bonito? Uma cidadezinha pequena, próxima do mar, toda enfeitada para o Natal. Mistic Falls se encontrava cheia de luzes coloridas e cada loja possuía sua entrada personalizada. Todas elas chamavam atenção de um dos bebês que Dean carregava. Este era um menino, de olhinhos dourados como a mamãe, mas tinha os cabelos vermelhos como o pai que estava do lado dela, olhando para a grande árvore de Natal no centro da pequena cidade.

—— Oooooh!! —— O bebê sorria apontando, todo cheio de graça para ela, depois olhou o pai, Iori Yagami, sorrindo sem nenhum dentinho na boca. Ele não procurava atenção, mas queria olhar tudo o que podia naquele momento.

Do lado da mulher estava o carrinho de bebê bem grande, com a frente fechadinha e a parte de cima a cobrindo como um tetinho preventivo contra a queda das neves. Ali dentro estava Maya, a gêmea dele, mas muito diferente do seu irmãozinho, ela tinha cabelinhos azulados como os parentes de sua mamãe e os olhos em um tom azul profundo, bem vivo, todo focado na árvore que dividia a mesma cor que ela, o azul. Maya não queria sair debaixo da sua cobertinha, por mais que estivesse toda protegida do frio, a neném se recusou a sair e dar uma olhada, mesmo com Hikaru o menino a chamando algumas vezes.

—— Olha só bebê! —— A mãe chamou-o. O pequeno olhou para ela que segurava um punhado de neve nas mãos e a aproximou dele, permitindo a ele tocar com a sua mão coberta por uma luvinha vermelha o montinho de neve que a mãe segurava.

—— Ooooh! HAHAHAHAHA! —— Ele movia a mãozinha na palma dela se divertindo sozinho com isso.

Dean olhou para o seu marido e sorriu para ele, lhe dando um rápido beijinho e voltou a brincar com o bebê, dando pequenos pulinhos e fazendo ele saltar também, sempre o segurando em seus braços.

A família Yagami havia chegado no local a um tempo, Dean havia passado a rota para o ruivo de um lugar que eles poderiam passar a semana de Natal, mas no meio do caminho, uma rota diferente se abriu. A Éther havia ficado confusa e pediu para o ruivo seguir mesmo assim, o que levou a eles além de uma estrada que acabou em volta de uma floresta, foi achar essa a cidadezinha cheia de pessoas, meses com comidas e bebidas por todos os lados e um ar diferente.

—— Esse lugar parece divertido Iorin, vamos dar uma volta com os bebês.

A Yagami colocou o bebê junto da irmãzinha, cobrindo-o também. Dean começou a guiar os pequenos, cuidando para atravessar bem com eles. Apesar do ar natalino, ainda havia carros passando pelo lugar.

—— Vamos bebês! Vamos explorar!

Chegada em Mystic Falls
Desde que chegaram naquele lugar, o clã Yagami se separou para explorarem os arredores. Iori não se incomodou muito com isso, na verdade, ele detestava o natal e o clima festivo. A rabugice não era de hoje, vem de anos atrás, com uma criação terrível e inadequada desde criança e que o fez ser o homem que era hoje. Mas ele tolerava aquilo apenas por causa da família e seus filhos mais novos.

Aquelas grinaldas multicolores e luzinhas piscantes e brilhantes enfeitavam toda a Mystic Falls, passando uma sensação como se estivesse num mundo de faz de conta. Haviam cores e brilhos para todos os lados, um clima festivo bem forte, com pessoas passando para lá e para cá, lembrando a movimentação da grande metrópole japonesa, onde ele fora criado.

Todos pareciam bem despreocupados, se divertindo com o local e sendo recebidos por uma estranha figura alta de terno preto e cabelos grisalhos. Iori podia jurar que aquele cara sabia das coisas e que poderia informar melhor a eles sobre o onde estavam exatamente e o que mais poderiam encontrar no lugar.

—— Hmph… de fato… esse lugar não é como todos os outros… há uma energia diferente em volta dele.

O homem estava parado de frente para uma arvore de natal. Ele ficou segurando o carrinho de bebê enquanto olhava a esposa mostrando para o menino ruivinho a neve e também as coisas que rodeavam o casal. O ruivo olhou mais uma vez para o carrinho de bebê vendo a menininha de cabelos azulados quietinha na dela. Mesmo parecendo com olhinhos curiosos pelo show de luzes que o lugar apresentava, o frio parecia incomodar ela ao ponto de não querer fazer nada. Apenas ficar no conforto dos cobertores e das roupas quentes que fora vestida.

O ruivo não protestou, ele também preferiria ficar quieto num lugar aquecido do que ficar circulando por aí. Mas a novidade do local acabou fazendo todos seguirem seus próprios rumos durante a noite de festividades.

——— Pode ser. A garotada não vai querer ir embora tão cedo mesmo…

Em resposta à sua esposa, o ruivo acabou guiando o carrinho assim que sua esposa colocou o menino de volta nele. Antes de irem para algum lugar em especial, o homem acabou se aproximando do sujeito estranho e magricelo que estava dando boas vindas para todos que chegavam e tchau para todos que saiam.

—— Ei você. Ô magrelo!

Assim que tivesse a atenção do homem, ele pararia o carrinho e ficaria olhando para o mesmo, com uma cara de poucos amigos.

—— Algo me diz que você sabe se guiar por esse lugar. Existe alguma atração interessante que possa agradar os olhos curiosos de crianças hiperativas? —— Ele referia-se aos filhos bebês, que não cansavam fácil e dificilmente dormiam. A ideia de explorar aquele lugar era válida se fosse ajudar a cansar os pequenos para que eles dormissem antes de irem para casa.

—— E também… esse lugar não me engana. Eu sinto uma energia poderosa irradiando por todo esse espaço… —— Iori também era um cara muito sensitivo, para ele era fácil perceber quando certas coisas não pertenciam à realidade que ele vivia.

O Melhor dia de todos os anos! Os olhos acinzentados, quase brancos olhavam para o alto fascinados. O céu estrelado bem que podia estar coberto de neve. Ele adorava neve. Por mais que fosse alto, magrelo, meio solto e largado, um adulto desleixado, no fundo Thomas era uma criança crescida. Todo ano era isso em Mystic Falls. Uma festa grande e de proporções que estendiam dali para todo o mais do local. O homem de cabelos brancos olhou para os lados admirando os enfeites, as mesas e as lojas que borbulhavam com suas caixas registradoras batendo com força, saindo do vermelho por alguns dias. Final de ano era assim, pessoas de lugares distintos apareciam e davam uma olhada nas lojas artesanais, iam a peixaria, visitavam a doca, brincavam na água do mar ou se aventuravam pela floresta.
Tinha tanta coisa para ver! Tanta coisa para dar uma olhada! Não sabia nem por onde começar!
Thomas arrumou a sua gravata em forma de morcego, um pequeno. Bastou bater nela para ela se ajeitar sozinha em seu lugar, movendo as asinhas para serem recolhidas e bem guardadas. O albino sentia o cheiro das tortas de deixar água na boca, docinhos! CHURRASCO! Sim, o velho Joharsen estava fazendo a sua famosa carne assada no molho e alho! Tudo parecia tão bem. Tudo tão lindo! E ele ainda não havia comido nada. Do que ele gostava estava caindo aos montes.
Ficou andando para lá e para cá, olhando cada canto da cidadezinha e dando umas bisbilhotadas nos caminhos das vizinhanças próximas, todos estavam buscando a sua noite especial. Por fim, aproximou da grande árvore de Natal. Ficou admirando-a enquanto se lembrava do panetone recheado de chocolate e sua boa se encheu de água. Thomas deu as costas a ela e foi em direção a uma mesa, próxima da padaria onde tinha alguns desses panetones e alguém o chamou.
—— Hu? —— Ele se virou assim que uma voz grossa chamou a sua atenção.
—— Olá! —— Ele respondeu sorrindo. Olhou a mulher e depois o homem e notou as duas criancinhas que olhavam para ele com seus olhões grandes. —— Oh. Como são fofos! E diferentes! —— Disse o albino, cheio de animação. —— Coisas para entreter bebês... Hmmmm... AH! Já sei! —— Ele bateu uma mão na outra e começou a dizer. —— Sabe, aqui a direita, você pode achar a biblioteca, tem uma área infantil e todo ano eles fazem show de marionetes! Se virar aqui a esquerda, bem ao fim, verá uma vizinhança, lá tem um parquinho, está todo enfeitado e divertido! Sei que a norte da cidade, no cais, tem música e dança! Mas se quer um lugar seguro, acho que encontrará.... Hmmm... —— Ele olhou para o alto pensando um pouco e sorriu satisfeito com o que veio a mente. —— Encontrará bem atrás de vocês a quermesse, tem de tudo lá. Hahahahahaha. Nunca falta uma atração, uma barraca de brincadeiras, quem sabe os pequenos não gostam de jogar joguinhos? Muitos são tão simples!
Assim que terminou de indicar lugares bons, Thomas encarou o ruivo e sorriu ainda mais para o seu comentário.
—— Imagine o que vai sentir, se for mais fundo?

A mudança foi um passo grande para nossas vidas. Minha família não só estava buscando um novo lar, com mais conforto e segurança, mas uma oportunidade de nos reerguermos e termos uma vida mais tranquila e digna. Embarcamos nessa aventuras juntas e agora, Filia, minha namorada fazia parte da nossa grande família. Eu estava contente por tê-la comigo. Será o primeiro passo para a nossa futura vida de casados. Eu sorrio durante a viagem toda, além de mostrar um entusiamos sem igual, conversando, rindo, divertindo todos os que estavam no carro. Mas uma coisa me incomodava nisso tudo… Quando olho para minha namorada, a vejo um pouco cabisbaixa, ainda incomodada com algo que aconteceu muito antes de partimos em viagem.

O pesadelo…

Nós duas somos de Maplecrest, um vale bem afastado da cidade grande chamada New Meridian. Coisas bizarras sempre aconteceram por lá e eu e Filia acabamos nos metendo numa das mais perigosas enrascadas que duas adolescentes poderiam se meter. Eu virei uma anti-skullgirl contra a minha vontade e minha namorada, nesse tempo, minha BFF, acabou desaparecendo misteriosamente.

Passaram-se anos até nos reencontrarmos, reavivarmos nossa amizade e descobrir o amor que temos uma pela outra. E hoje, a caminho para Orchid Bay, onde nos mudaríamos com toda a família e teríamos nossa primeira experiência como um casal que mora juntos, eu senti que era o meu dever tentar reconfortar minha amada e encontrar algo que a fizesse deixar de lado aquele sonho ruim.

Carol: Filia…

Nós fizemos uma parada, depois que uma nova passagem surgiu no nosso caminho. Papai, mamãe e meus outros irmãos se separaram para explorar o lugar descoberto. E ele era lindo! Fazia tempos que eu não via uma cidade tão colorida e decorada para o Natal. E a neve, geladinha, caindo sobre nós, aquilo dava um arrepio gostoso, algo que eu não tinha visto fazia um bom tempo.

Carol: Nossa… Podemos fazer um boneco de neve aqui! O que acha, love?

Quando olho para Filia, ela não parecia nenhum pouco empolgada com o lugar. Isso me deixa um pouco nervosa.

Nós estamos em Mystic Falls. Esse era o nome do lugar, segundo uma placa de madeira. Havia um homem ali que estava recebendo todos com bastante entusiasmo, como se ele convidasse todos a fazer parte daquele mundo mágico envolto pelo espírito de natal. As lojas estavam abertas e coloridas e haviam mesas com comida quentinha, praticamente a disposição de todos quem estivessem interessados a ficarem uma temporada por ali. Essa novidade me parecia algo bem interessante para tentar alegrar o coração aflito dela.

Carol: Vem comigo!

Segurei a mão dela e puxei-a para me seguir até uma das lojinhas de presentes.

Carol: O que acha de escolhermos juntas uma lembrancinha daqui? Acho que seria simbólico um presente que nos fizesse lembrar do começo de nossas vindas juntas, não concorda?

Eu dou um sorriso bem largo para ela. Queria que ela olhasse para minha cara, toda feliz e abobada, mesmo que as minhas cicatrizes continuassem a mostrar o quão judiado meu corpo ainda estava. Por mais que eu tente me parecer normal, eu nunca poderei de deixar de ser a Painwheel… e por sinal… eu estava carregando o meu novo Buer Driver dentro de uma case de violoncelo.

ANDROID 21
"Don't bother me and don't get in my way!"
"Festa!"

Muitas coisas estavam acontecendo na vida da garota ruiva nos últimos meses. Rose soube graças à suas irmãs de que sua mãe Coroline Yagami estava sendo perseguida e até mesmo sofreu um ataque dentro de casa, o que deixou a menina abalada. Além disso, constantemente ela vinha tendo pesadelos com seu lado maligno e de alguma forma ela parecia querer se livrar da ruiva de uma vez por todas.

Ao final do ano letivo Rose pôde focar mais nos seus negócios que estavam nas mãos de seus empregados mais competentes que mesmo assim não evitaram que as vendas caíssem um pouco mas ela tinha esperança de que nas festas de fim de ano ela pudesse reverter esse quadro e levantar novamente as vendas das roupinhas que ela tanto gostava de fazer e decidiu criar para ela um vestido e gorro de Mamãe Noelpara utilizar naquela noite de Natal em família que este ano seria numa cidade chamada Mistic Falls onde seus pais já estavam.

Ao cair da noite a ruiva chegou na cidade usando a sua habilidade de se teletransportar e ao tocar suas botas vermelhas no solo do centro daquela cidade, ela logo se encantou pelo show de luzes na cidade além de ter neve para todos os lados! Ela nunca havia tido contato com neve e ali tinha um monte e, sem pensar duas vezes e como uma criança, ela se jogou ao chão para fazer um anjo de neve e seu rosto estava radiante e repleto de felicidade.

—— Eu sou uma boa pessoa. —— Comentava uma mulher de estatura pequena para um homem alto que estava sentado e sorvendo um pouco de sopa com carne e legumes. —— Eu juro que não entendo como essas coisas funcionam, Andrew. Eu fiz tudo certinho. Eu não fiz nada de errado. Eu costurei muito bem e mesmo assim a cortina voltou com defeito, não entendo o que acontece.

A mulher de pele negra e cabelos branquinhos e cacheados, indo até o ombro se lamentava. Ela movia uma colher de pau na panela cheia de melado, enquanto continuava a falar irritada.

O homem apenas ouvia a pequena que fazia a sobremesa deles. Este era Andrew, um homem bem alto, de corpo bem moldado, com cada músculo bem formado. Ele tinha a pele clara, olhos de tonalidade roxa e cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo ao alto enquanto degustava de mais um almoço. A pequena que tagarelava era Sarah, sua esposa. Os dois viviam já a vinte anos juntos, e onde quer que ele vagasse, ela ia junto dele. Não importa o quão distante fosse o mundo, ou que realidade o caçador andava. Lá estava ela com toda a sua meiguice atrás do brutamontes que pouco falava.

—— Sarah. —— A voz dele era grossa e estava um pouco baixa para demonstrar a sua compreensão. —— Você foi enganada. Eu já resolvi esse assunto.

—— Mesmo assim...

—— Você terá clientes melhores. —— Ele então se levantou da mesa, pegando o prato, a colher e o copo onde bebera um pouco de água, colocou na pia e começou a lavar a louça.

—— Você não precisa fazer isso. Deixa que eu cuido da casa.

—— Eu estou fazendo nada. Minha próxima caça é só amanhã. Não ia a cidade?

—— Aaaah! Hoje é o dia da festa!

—— É. —— Ele apenas concordou com ela, e então olhou pela janela que dava ao quintal.

O casal morava em uma casa não muito longe de Mystic Falls. O homem havia debandado do último mundo em que pisara após sua grande última caçada. Agora vivia ali de alguns bicos e quando surgia um trabalho na Floresta das Memórias, ele o abraçava sem nenhum problema. Ia até longe se pagassem bem, mas ultimamente havia amarrado o seu burro mais próximo de casa, enquanto Sarah não arrumava algo bom para fazer. Havia umas pessoas que não mereciam confiança, e o homem não iria ficar acomodado por um tempo.

Duas horas se passaram para a tal ceia de Natal. Era uma festividade nova para eles, nunca ouviram falar do tal natal. O homem não era muito animado, ele tinha uma feição apática, um olhar caído, sempre dando a entender que estava preso em pensamentos. Do seu lado, a sua mulher olhava tudo animada, exasperada em ver tanta coisa boa.

—— Andrew! Será que podemos experimentar?!

—— Eu acho que sim.

O Caçador não andava tendo muitos frutos bons. Estavam passando um pouco de dificuldades que logo seriam providas assim que ele entrasse na floresta no dia seguinte para encontrar alimento. Seria a carne e muito mais a eles, mas no momento ele se esqueceria de tudo, e curtiria a noite com a sua esposa.

—— Andrew, Andrew! —— Ela sussurrou chamando a atenção dele. —— Podemos pegar?! —— Ela apontou para as mesas cheias de comida, praticamente babando de ver tantas coisas gostosas.

Eles iriam mudar.

Finalmente eles mudariam!

Parecia que alguém os olhou e tomou piedade deles. Tiraria todos de um lugar que não os recebia bem. Tinha-se até a impressão de que foi moldado para eles fugirem de todo um recinto onde o ar só faltava matar. Filia assim que juntou suas coisas para a mudança, sentiu-se leve e tranquila, e pela primeira vez desde seu retorno a sua namorada, ela não se preocuparia com ninguém mais, nem falas, palhaçadas, achismos, o ar de tudo era puro, é novo. Parecia mesmo que alguém tinha moldado algo a mais e estendido a mão a ela e dissesse: esse canto é seu, aproveite muito, mesmo que seja só para você.

Era uma bobice. Esse foi o sentimento que ela teve quando ouviu sobre o seu quarto em Orchid Bay, e era esse mesmo sentimento que ela sentiu dentro do carro enquanto viajavam.

Os dias foram bons, mas as coisas não foram ficando tão bem assim para Filia. Muitas noites ela acordava, e sempre era o mesmo motivo: uma pessoa muito similar a si, mas de pele negra, cabelos e olhos verde. Essa pessoa era o seu clone, Fukua. Filia não era uma pessoa comum, na verdade ela até é, mas a exceção era o seu cabelo, Samson, que era um Theon, um parasita. Este estava dormindo no momento, então parecia apenas um cabelo longo e preto. Samson também foi clonado, e era o cabelo verde Fukua.

As coisas começaram a ficar bem chatas quando os sonhos se tornaram frequentes.

— Hu? Hã? Oi, Cacá... — Filia estava aérea, pensava ainda em Fukua a batendo com os tendrills do clone de Samson, a Shamone. A Medici ficou horas tentando chamar a atenção de Samson, mas não adiantou. Em todos os seus sonhos, Fukua era mais forte e rápida que ela, e para piorar a situação dela, a mesma conseguia alcançar a sua meta de vida: tomar o lugar de Filia. Fukua arrancava a sua pele e a vestia. Sempre. Dia após dia, noite pós noite.

— Ah sim, bonequinhos de neve... Hmmm... — Ela imaginou por um momento isso, e então o desanimo a pegou de vez. — Ah bom... Podemos fazer outra coisa? — E isso foi o que a Medici conseguiu dizer no momento.

Filia estava tão mal que a mesma não pensou em ir comer um nada.

Sua mão esquerda foi pega com gosto e a Medici foi arrastada pela sua namorada, Carol em direção a uma lojinha de luzes brancas, amarelas e vermelhinhas que piscavam sem parar.

— Bom... Podemos sim. — Um pequeno sorriso surgiu em seu rosto assim que viu vários enfeitezinhos e até chaveirinhos. — Acho que podemos ver aquela prateleira ali. — Filia apontou para algumas prateleiras de madeira bem ao fundo, próximo a uma vitrine. — Aqui é uma loja de instrumentos né? Vamos ver umas miniaturas do Buer.

Um misterioso mundo... desconhecido para os deuses
ㅤㅤㅤDesde que maquinações da Ultratech apareceram em Tōsandō, o espírito de Chiharu não descansou mais. Atormentada pelo seu passado injusto, aquele espírito de vingança conhecida na cultura japonesa por Onryö, continua caminhando e protegendo o túmulo de muitos guerreiros caídos daqueles que tentam desvendar os mistérios daquele lugar.

ㅤㅤㅤSeu rancor parecia não ter fim. E mesmo atravessando os mundos pelo plano astral, ainda haviam coisas que o espírito desconhecia. E um dia, um misterioso portal abriu-se diante de si enquanto arrastava a haste quebrada da naginata de sua avó. Hisako não sabia para onde levaria aquele portal. Mas alguma coisa a atraía nele e isso acabou fazendo-a atravessar.

ㅤㅤㅤSem dizer uma palavra, a criatura pálida e que antes foi uma bela jovem japonesa com a vida toda pela frente, continuou sua caminhada em reconhecimento ao terreno novo. Esperando para encontrar com criaturas hostis e que merecessem a morte diante suas mãos, o que apareceu diante seus olhos foi uma floresta densa e aparentemente macabra. E ao longe, luzes brilhantes chamavam sua atenção, indicando uma possível civilização.

ㅤㅤㅤAos passos lentos e arrastados, praguejando de dor enquanto usava a arma para manter-se sempre em pé, Hisako olhou adiante e viu uma pequena cidade toda enfeitada. Subindo em uma daquelas arvores para melhor observar o lugar, tudo o que ela viu foram pessoas que estavam seguindo com suas vidas, aproveitando uma festividade qual a mesma não sabia como identificar.

ㅤㅤㅤPendendo a cabeça de um lado para o outro, a criatura assombrosa ponderava sobre o que via. Do tempo que era viva não tinha nada daquele tipo, luzes brilhantes ou coisas tão enfeitadas. A neve que caia não lhe incomodava, mas via as pessoas com roupas tão estranhas que a fazia se perguntar se elas eram o bastante para mantê-las aquecidas.

ㅤㅤㅤEmbora esteja impressionada pelos seus arredores belos, uma coisa acabou lhe chamando a atenção. Ela sentia o cheiro de morte. Não daquelas pessoas. Mas de um ser apenas. Seus olhos brancos e leitosos, sem vida alguma, procuravam por cada uma daquelas pessoas e fixavam num homem de terno alto e de pele alva.

ㅤㅤㅤ--- Um morto… perambula nessas… terras…

ㅤㅤㅤAs pessoas podiam não perceberem, mas nada escapava do olhar de Hisako. O fantasma da jovem que antes fora conhecido pelo nome Chiharu saltou por entre as árvores, sempre analisando, pesquisando, procurando aprender todos os costumes e trejeitos daquele estranho ser sem vida, mas que de alguma maneira, continua tão amigável com os que entram e saem daquele lugar.

ㅤㅤㅤO motivo dessa atração? Além de ser uma criatura vingativa, Hisako já fora nomeada por um moribundo Ichorien como a guardiã dos planos. Se ela vê algo fora de ordem, ela precisa entender se a situação merece sua interferência ou não.

ㅤㅤㅤ--- Esqueletos… eles deveriam descansar em túmulos…, não conviver com os vivos…

ㅤㅤㅤMantendo-se numa localização distante, Hisako observa. Ela espera por um momento oportuno. Uma chance de se aproximar sem chamar atenção dos vivos.

   — Pelo amor de Deus. — Uma voz forte falava enquanto olhava para a pequena cidade toda iluminada.
   Sol Badguy olhava tudo com descrença. Como podia um lugar pequeno criar uma iluminação tão grande e cheia de cores irritantes? Natal ali ainda era comemorado? Que engraçado. Em seu mundo, fazia-se muitos séculos que ninguém falava nada sobre Natal.
   Ah o seu mundo. O seu distante mundo. Ou seria universo? Não estava difícil de ser isso, afinal, não havia nenhum Gear por ali, nem magia ou qualquer outra coisa que lembrasse uma terra que estivesse entrando em 2200, por aí. Badguy continuou os seus passos enquanto adentrava naquela cidadezinha misteriosa. Onde ele estava? Como foi parar ali?
   Perguntas que tinham uma história. Primeiramente, essa não era a primeira vez que Sol era enviado para vários lugares. Ele já foi jogado em seu próprio passado com culpa da I-No, uma guitarrista rabuda e misteriosa. Parecia uma bruxa dos tempos modernos metida a rockeira com um chapéu vermelho e irritante que podia acabar dando uma mordida a um desavisado. Depois de dar um jeito para retornar ao seu presente, das inúmeras aventuras que teve, Sol acabou cruzando o seu caminho com a mulher irritante de novo, e dessa vez ela não o mandou para o passado. Ela o mandou para outra realidade. Criou uma brecha no espaço tempo e o rebateu por algum canto esquecido por Deus com sua maldita guitarra berrante.
   — Filha da puta. — Badguy praguejou baixo enquanto parava ao centro da cidadezinha, depois de ter andado com seu jeito imponente. Olhou para os lados. Que mundo seria esse? — Ei! Você aí! — Ele chamou a atenção de uma criança que andava próxima. — Que lugar é esse?
   — Mystic Falls senhor!
   — Onde?
   — Mystic Falls!
   — E em que canto do mundo estamos?
   — Em Pelpa!
   — Pelpa...? — Seu mundo tinha muitas cidades com nomes diferentes, mas Pelpa era novidade.
   — Isso!
   — Certo. — Ela começou a andar, deixando o menino para trás. — Que Diabos. Onde aquela infeliz me enviou agora?

Esfria. Os primeiros flocos de neve caem sobre as ruas da cidade, dentro desse bar os estalos dos copos batendo nas mesas e no balcão se misturam aos outros sons que formam o barulho habitual desse tipo de estabelecimento. As gargalhadas estridentes mesclam-se com as vozes da falação quase ensurdecedora do local. Meus olhos viajam, percorrem todo o ambiente em busca de algo que seja de fato interessante - mas infelizmente falham miseravelmente.

Que asco…

Pela janela consigo ver a correria das crianças. Homens e mulheres caminham pelos tapetes brancos e gelados, todos parecem bem animados e felizes, o calor humano e fraternal que se sente no ar poderia aquecer até o mais frio dos corações… Ainda bem que não tenho um coração.

- O senhor vai querer mais alguma coisa? - A voz grave, porém doce consegue me despertar do devaneio em que me encontrava. É linda.

- Hum… - Penso antes de responder, embora o que quero é simplesmente admirar esse rapaz de belos olhos verdes. - Não, obrigado. Suponho que o que eu queira já não pode ser encontrado por aqui.

A língua umedece os lábios, e o sinal não tão indireto é recebido pelo garoto a minha frente. Ele ruboriza, e eu apenas sorrio sobre aquela reação - garoto esperto. As duas notas de papel calculam um valor maior que o necessário para pagar minha conta, e ao entregá-las aproveito a oportunidade para tocar a mão do rapaz. É uma pele lisa e aquecida.

Interessante.

Puxo a minha vestimenta ao levantar. Nossos olhos se encontram novamente, mas dessa vez não ameaço avançar, muito pelo contrário, simplesmente aberto seu ombro direito com leveza e sigo em direção a saída.

… Até que ele é uma bela espécime.

O solo está fofo, e sinto a bota escura ‘’afundar’’ levemente dentro do capete de gelo. O frio assola meu corpo, e com rapidez decido vestir o longo sobretudo negro com cola de pelos brancos, por sorte as luvas pretas protegem minhas mãos de tocarem a umidade da neve. Um breve vento me atinge, e os fios brancos e ondulados balançam em direção oeste.

Início a caminhada, sempre em busca de algo que retire meu tédio ou apenas seja bom o suficiente para chamar minha atenção. Porém paro, uma energia ecoa desde a floresta… Uma energia ligada a morte e aos espíritos. E ela parece competir espaço com um outro alguém, já que entre essas ruas também existe um ser com uma vibração semelhante.

Que curioso, dois alvos do outro mundo? Isso está começando a ficar interessante. Vamos ver até onde vai tudo isso.
Continuo sem rumo. Os olhos cinzentos parecem captar todos os detalhes de forma acelerada, e uma surpresa enorme me acomete nessa cidade - eles realmente possuem aquela tal celebração romana, como é o nome? Natal?

Ah… Onde eu poderia imaginar que me envolver com uma pesquisa aleatória sobre portais me traria para um lugar novo, mas ao menos tempo com um estilo de vida tão… Similar. Mas como disse um velho demônio: ‘’toda oportunidade é uma oportunidade, seja boa ou ruim’’.

Sex 3 Jan 2020 - 20:13

— Ah...

Ele abria a boca bem devagar, cansado. Os olhos coloridos (um verde e o outro dourado) encarava sem muita vontade através da janela do carro o centro da cidade pequena. Seus pais haviam parado ali por pura curiosidade de sua mãe. Que lugar era esse? Por que estavam ali? Bom, acasos da vida, quem sabe. Para ser sincero consigo mesmo, Yue não se incomodava muito para onde eles fossem. O Moreno-acastanhado queria mesmo era ficar de molho e tranquilo, por isso resolveu fechar os olhos.

Yue vivia no mundo dos sonhos. Lá era reconfortante. Ele não sentia dores, não sentia fome. O Scion não precisava se preocupar se havia tomado remédio, nem nada. Ele só brincava. Tornava-se uma criança e saia correndo por todos os cantos sem se preocupar com nada. E era até bom ter algum conforto. Yue precisava muito dessa paz de vez em quando.

— Hmmm... — Dessa vez ele não conseguiu dormir. Abriu os olhos assim que sentiu presenças distintas nesse lugar. Duas dela eram desconhecidas, mas apenas uma era muito bem conhecida por ele. — Por que ela está aqui?

O Scion então saiu do carro tamanho família enorme e colocou as mãos no bolso da calça jeans e foi andar sendo guiado pela presença dessa figura. Nos passos que dava, ele se afastava, mas não seguiu direto completamente. Yue chegou a avistar um homem através de uma vitrine de loja falando com um atendente de olhos verdes. Aquele ali...Tinha algo de errado com ele. Deu de ombros, ainda tinha que caçar a presença.

O Cheiro da morte foi fácil de sentir. Mofinho. Enterradinho. Cheiro de terra molhada misturado a essência metálica do sangue. O rapaz heterocromático sorriu de canto. Seus olhos logo encontraram a quem ele buscava.

— O meu nariz me engana? — Disse o rapaz. — Estou mesmo sentindo o cheiro da temerosa Hisako? — Havia um tom de deboche misturado com diversão. — O que você faz aqui?

E ele começou a brincar com ela. Assim que ela ouvisse o tom de sua voz, a mesma viraria com aquela naginata apontado para ele, mas o garoto não ligava. Ele mergulhou nas sombras e depois voltou a emergia em outro ponto, afastado dela, observando-a, analisando-a, ele gostava dela. Considerava ela a sua namorada. Ele sentia algo, mas não sabia explicar o que era. Só que ele sempre a encontrava, de alguma forma, ele a achava.

— Oh.... Você está olhando quem Hisa?

Sex 3 Jan 2020 - 21:06

ㅤㅤA sensação que eu tinha era de redescoberta. Uma mudança de ares sempre foi bem-vinda na minha vida problemática, principalmente quando o clima festivo irradiava meus arredores com muitas luzes e enfeites natalinos. A neve branquinha era um convite divertido para fazer uma bola de neve pequena com as palmas da mão e procurar outra criança que queria compartilhar de uma guerra de bolinhas de neve. Mas naquele momento, eu preferi dar uma explorada primeiro para ver se encontrava mesmo outras crianças por perto.

ㅤㅤSocializar nunca foi o meu forte. Sou magra demais e, segundo algumas pessoas, olhuda. Olhos verdes bem vivos e chamativos. Também o meu modo de vestir faziam eles se estranharem, pois era um longo vestidinho azul com um avental branco e manchado com uma substância vermelha... que os mais inocentes pensam ser manchas de tinta vermelha... oh, se eles soubessem a verdade. Eu tenho longos cabelos negros e lisos, mas nesse lugar gelado, eu estou com um agasalho bem quentinho e protetores de ouvido para manter meus ouvidos livres do vento gelado.

ㅤㅤ── Quanta comida... quantos doces...

ㅤㅤNem mesmo nas minhas mais insanas aventuras, eu havia visto um lugar tão belo e cheio de gostosuras. Nem mesmo as andanças pela fábrica de chá do chapeleiro maluco, com chás e muitos biscoitos, se comparava com o que eu estava vendo naquele momento. Eu me aproximo de uma das mesas para alcançar um dos biscoitinhos de gengibre natalino. Ele estava quentinho. Pareciam que saíram do forno.

ㅤㅤ── Pode comer, menina. ── Uma voz feminina chama a minha atenção. Quando olho para a direção de onde veio, era uma senhora que trazia mais daqueles biscoitinhos, em forma de bonequinhos para colocar ali.

ㅤㅤ── Tem certeza, senhora? Eu não tenho que pagar por ele? ── Eu tinha que perguntar, afinal, fui ensinada a não roubar nada.

ㅤㅤ── Aqui tudo é para comer de graça. Ordens do senhor Thomas! O natal é para todos serem felizes! ── Ela dizia com um sorriso bem convincente e um olhar de alegria contagiante. Nunca vi uma coisa dessas assim antes na minha vida.

ㅤㅤConvencida pela senhora, eu acabei mordendo o biscoitinho e estava delicioso. Ela deu risada com a minha carinha de satisfação e me passou mais alguns para levar.

ㅤㅤ── Obrigada! ── Agradeci ainda com a boca cheia, agora eu tinha um punhado daqueles biscoitinhos quentinhos para carregar comigo enquanto exploro mais a cidade. Mas não antes de passar perto dos meus pais.

ㅤㅤO meu pai era um homem ruivo alto e mau encarado. Adoro essa característica nele e é a pessoa que confiei uma boa parte da minha vida problemática. A minha nova mamãe era a melhor mãe do mundo. Sempre esteve por perto de mim desde que o papai se casou com ela. E agora, eu tinha irmão mais novos. Eu queria deixar um dos biscoitinhos para eles oferecerem aos mais novos... mas...

ㅤㅤ── “Ei! Você aí!” ── Uma voz grossa soou bem perto de mim e por um momento, e pensei que essa voz estava se dirigindo a mim. Quando olho para trás, eu vejo que era um homem bem alto e musculoso com uma arma imensa que eu julgava ser uma espada, um cabelão solto e, acredito eu, uma bandana vermelha na cabeça. Ele estava falando com um garotinho que estava entre mim e ele. Observando a conversa dos dois, eu comia um biscoitinho inteiro e aprendia mais sobre o lugar que estava com a minha família.

ㅤㅤ── “Mystic Falls”. ── Falei de boca cheia ainda. Depois engoli a comida e dei umas batidinhas no peito para que não travasse na garganta. ── Ugh... será que eles não oferecem chocolate quente pra ajudar esses biscoitinhos a descerem?

ㅤㅤTentei desconversar, não querendo dar na telha que eu estava observando aquele homem grande e estranho. Eu diria que ele parecia mais alto que meu pai.

Sáb 4 Jan 2020 - 19:28

Um garoto intrometido
ㅤㅤㅤO espírito escutava bem naquela distância. Ela poderia ouvir a cidade inteira se bem quisesse, já que os anos como uma assombração lhe permitiram habilidades que iam além da compreensão humana, tornando-a uma criatura mais temível do que já era. Seus olhos sem vida fixaram na verdadeira face daquele que conversava com um casal de homem e mulher. A magia que irradiava aquele sujeito deveria ser o bastante para camuflar sua aparência verdadeira, mas seus propósitos ainda eram desconhecidos.

ㅤㅤㅤO que era aquele lugar? Hisako não confiava nesse clima festivo e nem na felicidade que irradiava por todos os cantos luminosos daquele lugar. Também, diferente das outras vezes que saiu do seu local de descanso eterno, o espírito não se sentia fraco em momento algum pela distância de seu túmulo, mais um mistério que ela precisava investigar.

ㅤㅤㅤSó que o silêncio fora rompido por uma voz conhecida, de um garoto intrometido que perseguia o espírito. O fascínio do jovem para com a guerreira fantasma era outro mistério. Enfurecida, o fantasma rosnava de raiva ao encarar o menino ali debaixo, mas logo, ele manifestou sua presença em outro ponto. Os poderes desse jovem eram desconhecidos para a fantasma, não era nenhum tipo de energia que ela conhecia, muito menos encantamentos.

ㅤㅤㅤ── Garoto intrometido...

ㅤㅤㅤHisako sabia que ele não sairia da cola dele tão cedo. Era mais grudento que outra humana que guiou quando as forças de Gargos atingiram o planeta Terra. Sendo assim, tudo o que ela tinha de fazer era tolerar a presença do jovem desde que ele não atrapalhasse o trabalho dela.

ㅤㅤㅤ── Há um morto entre nós... um que reina essa cidade... Como? Porque? São... as respostas que preciso...

ㅤㅤㅤEla olhou para o ponto onde o jovem estava manifestado. Ela mostrava os dentes pontudos, numa expressão raivosa.

ㅤㅤㅤ── Me atrapalhe... e eu DEVORO sua alma!

Sáb 4 Jan 2020 - 22:29

Os pesadelos de Filia a deixaram bem borocoxô. Ela não tinha ânimo nem para comer, parecia até que estava doente. Se não fosse pelo Samson, o demônio parasita que se instalou na cabeça dela, com certeza ela estaria um pouco mais magra do que eu. E eu, provavelmente, estaria empurrando comida para dentro da boca dela.

Lembro das noites que ela acordou chorando baixinho, com as mãos no rosto. Uma vez eu acordei com ela gritando no banheiro do meu quarto, de frente para o espelho e chorando muito, como se tivesse visto uma assombração. Foi quando eu notei que precisava tomar uma atitude. As conversas sobre esses pesadelos nunca eram bem claras. Filia não queria lembrar ou falar, e eu entendo bem o motivo dela. Eu também não gostava de falar sobre meus pesadelos, que na sua maioria, eram sempre lembranças ruins dos tempos que fiquei sob custódia do laboratório Zero. Mas aqui... eu sei algo que pode resolver os problemas dela... eu só precisava saber o que era exatamente esses sonhos ruins...

“Alguém... muito parecida comigo... me matando.”

Quando ouvi essas mesmas palavras de uma Filia cabisbaixa, dentro da minha mente, eu estava xingando de tudo quanto era jeito e coisa aquela maldita pessoa. Esse alguém muito parecido com Filia era nada mais e nada menos que o maldito clone dela... Fukua... que por minha culpa, acabou nascendo e se tornando mais um incômodo para as nossas vidas. E ela estava usando os sonhos da Filia para atormentá-la... ela estava fora do meu alcance... eu precisava cuidar da minha namorada...

Carol: Claro! Eu posso te ensinar a tocar um violino. É quase a mesma coisa que um violoncelo, só que bem menor. O que você acha?

Naquela hora, qualquer tipo de distração seria bem-vinda. Fomos de mãos dadas olhar os outros instrumentos musicais. Eu estava tendo aulas com uma professora particular e o papai também era músico. Pensei naquele momento que a música poderia ajudar a Filia esquecer um pouco dos fantasmas dos seus pesadelos e se divertir com alguma coisa gostosa. Fomos até os violinos e eu achei um que era todo roxo e num tom bem escuro. Combinava perfeitamente com os cabelos escuros dela agora, que são na verdade as fibras de Samson.

Com cuidado, eu o peguei e mostrei para ela.

Carol: Você ficaria muito fofa usando um desses. Eu vou comprar de presente de natal pra você, tudo bem?

Eu não esperei ela argumentar em nada. Fui até o caixa e comprei o instrumento para ela. O dinheirinho que eu tinha era o suficiente para podermos sair até com uma maletinha no formato do violino para ela poder carregar também. Tudo pago, saímos da loja.

Estava nevando.

Carol: Olha Filia... está.... ah... ah.... tchim!

E eu acabei espirrando. Fico com as bochechas toda ruborizadas e fecho meus olhinhos quando isso acontece. Uma vez me disseram que eu parecia um cachorrinho de porte pequeno espirrando. As pessoas achavam graça disso. Não sei o que Filia pensaria ao me ver assim, mas só por ter uma breve recordação disso, eu fiquei toda corada.

Carol: Ei... não me olha assim! >_<

Dom 5 Jan 2020 - 22:05

"Que saco!"

Era o que o garoto ruivo pensava ao andar pelas ruas cheias de neve do local. Mistic Falls era o tal nome do tal lugar onde a maioria dos Yagami estavam naquele dia fazendo o que quer que viesse nas suas cabeças. A vontade do menino era mesmo de ficar jogando videogame o dia inteiro até fazer calos nos dedos mas ele deveria interagir com o mundo se não quisesse que sua mãedrasta lhe desse uns cascudos.

Toda a família saiu e Setsuna foi um dos últimos pois foi difícil Já na rua, o pequeno Yagami usava uma calça jeans, botas e uma camisa de manga longa preta coberta por uma jaqueta bem grossa para lhe proteger do friozinho que fazia no local já que ainda não tinha total controle das suas chamas ao ponto de poder se esquentar com elas.

Setsuna buscava algum lugar que lhe desse um pouco de chocolate quente e alguns biscoitos gostosos além de tentar achar alguma de suas irmãs para tudo ficar "menos chato" na visão do rapaz.
A bonita decoração de enfeites e luzes no local brilhavam nos olhos esverdeados do garoto e aquilo proporcionava para a cidade um bom clima de festividade além da aparente animosidade das pessoas que circulavam nas ruas que Setsuna passava mas na sua cabeça tudo o que ele queria mesmo era estar jogando Gears 5 no seu quarto.

Ter 7 Jan 2020 - 15:30

✪ Bem-vindos a Oriontown! ✪ Festa de Natal! ✪ KR

"Hashire sori yo... kaze no yoo ni... tsukimihara o... padoru, padoru!"

Era impossível não recitar aquela musiquinha boba. O que começou com um mero meme de internet tomou proporções incríveis.
Mas era tempo de celebração em Mystic Falls. Encontrou a cidade por acaso, em meio a suas andanças, enquanto procurava por algum lugar interessante para ficar.

"Hm... parece um lugar legal. Pacato demais até. Comparado com os lugares que já estive..."

Ele deu um sorrisinho de leve. E a criaturinha branca de orelhas compridas que o acompanhava subiu em seu ombro, observando ao redor.

✪ Bem-vindos a Oriontown! ✪ Festa de Natal! ✪ User9604_pic11641_1232474862

Foi caminhando pelo lugar, dando uma boa observada nas barracas, e se segurando pra não cair de bunda no chão de tanto rir das pessoas que diziam que ele era "uma gatinha". Isso tudo era por não estar nem aí pra isso. Enquanto algumas pessoas o achavam bonito por pensarem que é uma mulher, havia sempre alguma transeunte mais antenada e que percebia que se tratava de androginia nível 8008. O que claro, não impedia os suspiros. Em especial quando se aproximou de uma barraca de doces e...

"Hmmm... ei moça, quanto custam esses biscoitinhos com geléia de morango?"

"..."

"..."

"Moça?"

Chris quase virou as costas e foi embora quando ela percebeu que aquele garoto de cabelos compridos e olhos azuis era um cliente. Visando compensar o constrangimento, e agradar o rapaz que por pouco não a fez ficar babando, ofereceu um de graça.

"Gostou? Eu que fiz. E... bem, me desculpe. Fiquei meio avoada por causa do serviço."

Ele sorriu depois de degustar. Fez que sim com a cabeça e pediu um pacote. Depois de pagar, a moça ainda o chamou para mais perto. Ele estava prestes a explodir de vergonha quando ela se aproximou do seu ouvido.

"Cuidado, dizem que nesta cidade acontecem coisas muito estranhas."

Surpreendentemente, ele sorriu.

Qua 8 Jan 2020 - 17:32

ANDREW! THE TYRANT
"Eu não mereço isso!"
Vê-la olhar daquele jeito a mesa cheia de comida incomodou muito o Tyrant, mesmo que ele não demonstrasse. O homem alto olhou para ela mais uma vez e desviou o olhar. As coisas ainda não estavam tão boas. Não tinham os mesmos recursos de antes. Ele ainda estava se ajustando a vida nessa realidade. Era quieta, boa até, mas precisa de mais trabalhos. Ele sabia o quanto a sua esposa de olhos grandes e de tom mel tinha vontade de voltar a fazer os seus doces, a sua comida gostosa e ter uma mesa empanturrada como sempre foi, quando ele chegava em casa.

—— Podemos ver. —— Ele disse, e ainda com ela envolvendo o seu braço, os dois foram para a mesa que ela tanto apontada com o seu indicador direito.

Havia mesmo coisas gostosas. Uma variedade. Andrew viu com certo gosto a forma que ela comia uma trufa com recheio de morango e caramelo. Sarah adorava doces, não mais do que amava salgados, mas mesmo assim era sempre um deleite a ver se acabando de comer algo gostoso. Mais um pouquinho e era capaz dela babar. Os dois não comiam nada de gosto soberbo por um tempo. Era bom ela se esbaldar.

—— Hmmm! Isso tudo tá uma delícia Andrew! Deveria experimentar! —— Falava a pequenina enquanto se alimentava das delícias que ali haviam.

Enquanto Sarah comia, o homem olhava para os seus arredores notando pessoas estranhas. Faces completamente novas. Um casal com bebês, crianças e adolescentes, inclusive um aborrecente ruivo que ele viu passando próximo de si. Pela face não era necessário dizer que ele não estava muito contente de estar ali, mas o que chamou atenção do homem alto foi o a figura que saiu de uma loja, um homem que parecia uma pessoa qualquer, mas que olhava com uma certa “curiosidade” aos seus arredores. Ele visou um alguém que também achou atenção do Caçados: Thomas. Tinha algo de estranho nele, mas por enquanto Andrew não se meteria, ou se envolveria nas coisas que não dizem respeito a ele.

Sarah partiu para cima de um panetone recheado, ele apenas pegou uma trufa. Não era chegado a doces, mas se habituou as diversas sobremesas que sua esposa tinha mania de fazer, era um ritual. Toda refeição tinha que ter algo, nem que seja um mingau.

—— Isso é uma delícia né?

—— Hu.... —— Ela concordou com ela, acenando baixo.

Enquanto desembrulhava o seu doce, Andrew notou mais alguém. A princípio ele pensou ser uma mulher bonita, mas dando uma olhada melhor no semblante, ele notou que não se tratava de uma mulher e sim um homem. Um homem estranhamento bonito. Se o Caçador não fosse bom com os seus olhos, iria cair facilmente nisso.

—— Você viu aquela mulher? —— Comentou Sarah baixinho, ela havia visto o homem e com toda a inocência do mundo, ela confundiu ele com uma mulher da mesma forma que o Andrew havia feito anteriormente. —— Bonitona né? Fiquei com vergonha agora...

—— Por que? Você é perfeita. —— Ele passou o polegar esquerdo na bochechas dela, sorrindo bem devagar. —— Onde você quer ir?

—— Vamos dar uma volta!

Qua 8 Jan 2020 - 19:55

Sol estava “cabreiro”, ele ainda não compreendia muito bem toda aquela situação, mas fazer o quê? De onde ele veio nada era normal, ele nunca mais teve um dia normal na sua vida, fazia o que? Uns cem anos ou mais? É difícil você contar uma coisa da qual você não se importava mais. Porém, o maior olhou bem a menina de vestido. Ela repetiu a sua fala anterior. O mesmo pegou a sua Junkyard Dog M3 e jogou-a por cima de seu ombro, se aproximando daquela baixinha.

Perto dela, Sol era um brutamontes valentão que parecia que ia esmagar a menina com aquele troço gigante que ele chamava de espada. E era uma espada. Um isqueiro (é piada, mas parece mesmo), faiscador, lançador de chamas, servia até como canhão e arma. Complicada a visão? Não para ele. Era assim mesmo para ajudar a caçar os Gears, e por algum acaso, nesse mundo há Gears? Isso ficaria para ser visto depois. .

— Hu.... Você sabe que lugar é esse garotinha? — Ele diria, pegando um pão recheado de calabresa com catupiry bem quente a ponto de derreter na boca, e com uma mordida só enfiou tudo na boca, mastigando enquanto olhava a menina com os olhos castanhos avermelhados e íris finas como a de um lagarto.

Qua 8 Jan 2020 - 20:35

— Hmmm... — Filia ficou pensativa. Se imaginou por um momento tocando violino... A imagem foi bonita. Imaginou-se numa plateia e sendo bem aplaudida. Samson por outro lado não gostou muito da ideia, mas continuou quieto quando notou os ânimos de Filia sendo recuperados. — Por mim tudo bem!

Filia olhou o instrumento que Carol pegou e foi encanto na hora! Roxinho, todo desenhadinho, perfeito para ela. Parecia até pequeno, o que podia ser em muito impressão dela. A Medici passou a palma da mão sobre ela e então sorriu tranquila.

— Tá bom! Eu vou dar uma olhada por aqui.

E Filia ficou futricando na loja, procurando alguma coisa que pudesse dar a Carol. Tinha uma graninha salva, algo daria para comprar, mas ali na loja não tinha nada que agradasse ela a dar para Carol, logo, Samson usando um dos seus tendrills, apontou para a loja do outro lado que tinha gorros de animais.

— Hmmmm..... Hmmm.....

Carol terminou de comprar o presente e Filia não tardou de sair com ela.

— Alguém vai ficar doente. — A voz grossa de Samson foi ouvida, e Filia riu olhando Carol. O som que ela fez lembrou-a de um doguinho. Parecia aqueles bichinhos que você apertava e soava um apito. Filia riu alto, então beijou a namorada e a puxou consigo para a loja.

Lá dentro, Filia procurava por gorros fofos para elas. Para Samson e ela, seria um Panda, por que o Theon já era pretinho mesmo. Para Carol, Filia escolheu um doguinho, daqueles de orelhas bem grandes! Um salsicha! As orelhas dele seriam os abafadores de ouvido.

— Vamos usar sempre ok?! — Ela deu um beijinho no rosto da namorada e foi até o caixa, comprando os dois e colocando o dela, e depois colocou o da Carol na cabeça dela, as duas parecendo uma dupla de fofices.

Qui 9 Jan 2020 - 20:05

Olhos que brilham como faróis em busca de prisioneiros. Os corpos se movimentam em velocidades distintas, bocas que entoam palavras hora de amor, hora de felicidade, sentimentos crus, mas ainda assim tão fortes. Toda a cena como um frenesi culto de adoração… A diferença entre um ritual macabro e uma comemoração arcaica não é muita.

- Um chocolate, senhor? - Perguntou-me em tom caloroso.

- Ah, não. Obrigado. - Agradeço com uma cínica gentileza. - Não faz muito meu estilo. Me responda uma coisa… Essas festividades duram muito por aqui? Existe um lugar mais calmo ou algo assim nessa época do ano?

- Bem, existe a floresta… Mas não é muito aconselhável ir lá, pode ser perigoso.

- Obrigado, é exatamente esse tipo de ‘’diversão’’ que preciso.

Entre risadas e brincadeiras infantis, algo me atinge. O olho se afia, e por cima do ombro acerto a criança que jogou o que parece ser uma bola de neve, um garoto com jaqueta azul e calça jeans. Ele se amedronta, suas pernas tremem, sua respiração acelera e o peito sobe e desce com certa velocidade… Medo.

Um sorriso nasce, o sangue ferve. Meus dedos se entortam e abraçam a vontade de apertar esse pequeno pescocinho. Com leveza me viro, agachando-me e agarrando uma boa quantidade de neve. Nossos olhos ainda se cruzam, sua imagem me delicia a cada segundo.

- P-Perdão senhor…

Levanto.

- … Foi sem querer…

Sigo.

- Por favor, desculpe.

Aproximo.

- … - Mordo sutilmente o lábio inferior, agora estamos extremamente próximo. - Não se preocupe.

A tensão que seu pequeno corpo exala me serve quase como um aroma.

- … Não foi… - Seguro sua mãozinha, tão minúscula e quente. Adorável. - Nada.

E um arrepio corre por sua coluna, e se encontra com um arrepio que percorre pela minha - o dele vem do medo, o meu vem do prazer. Entrego a bola de neve para o garotinho, o que antes era apenas uma amontoado branco de gelo, agora já tinha uma forma arredondada e bem marcada com os cinco dedos da mão. Outras vozes se aproximavam, são de adultos, possivelmente seus pais.

- Perdão senhor! Ele acabou correndo na frente e jogando essas bolas de neve para se divertir. - Explicou a mulher.

- Não se preocupe. - Sorri em sua direção, e por fim voltei o olhar para o menino. - Da próxima vez, tenha mais cuidado.

E como uma serpente que tem sua presa afastada, me vi obrigado a me afastar da criança e do meu divertimento quase certeiro. Com um longo suspiro, me despeço dos pais e claramente da criancinha adorável que encontrei.

- Até que a cidade não é tão entediante como parecia… - Proferi para mim mesmo.

De volta a caminhada, regressei aos meus olhares curiosos. Primeiro um casal com duas pequenas crianças, depois um rapaz ruivo claramente entediado, um rapaz branco com uma moça negra que olhavam para um andrógino espetacularmente bonito. Mais a frente uma dupla de garotas - um casal? Interessante.

Mas ao fim não é bem isso que ocupa minha mente, não… Estou curioso sobre essa tal floresta… Espere, não é por lá que anda a outra ‘’energia’’ que me chamou a atenção?

Dom 12 Jan 2020 - 18:53

Suspeitas e Mistérios. O estranho num mundo divertido.
A conversa com aquele sujeito fez Iori ficar com uma das sobrancelhas arqueadas. Ele tinha um jeito muito diferente em comparação com as outras pessoas que circulavam pela praça. O ruivo esperava por alguma coisa que pudesse revelar as verdadeiras intenções daquele sujeito branquelo, mas ele pareceu bem convincente, pelo menos por enquanto, ao indicar os possíveis locais onde o casal poderia aproveitar com os filhos pequenos.

—— Suas indicações me parecem bem úteis. —— Ele ainda estava desconfiado, mas de todas as opções, o show de marionetes parecia ser o evento que mais prenderia a atenção dos pequenos. O ruivo voltou-se para a esposa depois do diálogo com aquele estranho. —— O que você acha das marionetes? As cores e movimentação podem fazer essas pestinhas ficarem entretidas por um bom tempo.

Enquanto ele esperava pela esposa tomar sua decisão, sabendo que ela ia ponderar sobre os outros eventos também, o ruivo voltou o olhar sério e maldoso para aquele cara.

—— Ir mais fundo? Hmph... que seja... farei minhas investigações mais tarde. Mas se eu notar alguma coisa que possa botar os meus em perigo... nós vamos nos ver.

Ele não tinha mais porque continuar conversando com o homem. Já havia tirado toda a informação que precisava no momento. Mas sua curiosidade sobre ir “mais fundo” naquele lugar acabou levantando uma vontade de perguntar para outras pessoas envolvidas se sabiam mais coisas daquele lugar. Acompanhado da esposa, Iori empurrou o carrinho com os gêmeos até a biblioteca, onde estaria acontecendo o show de marionetes.

—— Se possível, comunique os demais sobre nossa posição. —— Ordenava ele para Dean. Como todos os Yagami estavam dispersos por Mystic Falls, seria bom que todos soubessem onde encontrar o ruivo e Dean, caso precisassem de alguma coisa.

Dom 12 Jan 2020 - 19:25

ㅤㅤAinda estou fascinada com o ambiente em minha volta. Tudo parece tão mágico, tão feliz e ao mesmo tempo, tão surreal. Fica difícil saber se não é a minha mente me pregando novamente uma peça ou se estou realmente vivenciando aquele momento. Quando me dou por conta, o homem alto e forte que eu havia observado falando com uma criança passou por ela e veio na minha direção.

ㅤㅤNão tirei os olhos dele por um momento, mas ainda estou com os biscoitos de gengibre natalinos em mãos, comendo um deles aos poucos. Como dito anteriormente, eu esperava encontrar alguma bebida quente que pudesse ajudar o biscoito a descer mais fácil e sem judiar da minha garganta.

ㅤㅤO homem pegou um pão recheado e calabresa com catupiri e o devorou inteiro numa única mordida só. O comportamento dele era bastante semelhante com a do meu pai, embora ele parecesse ser um pouco mais bruto e desleixado. Acho isso fascinante e ao mesmo tempo, fico tentada a perguntar o que era de fato aquele armamento pesado que ele carregava. Parecia uma espada e ao mesmo tempo não. Havia algo mais naquela geringonça estranha e muito chamativa.

ㅤㅤ── Eu diria que estamos no mundo de outra pessoa. ── Respondi dessa maneira, enigmática como sempre. Não era a minha intenção complicar as coisas, mas era a sensação que eu tinha naquele momento. ── Caminhei por diversos mundos paralelos... às vezes eu estava na mente de pessoas fascinantes e outras mentalmente perturbadas... e às vezes era dentro do meu próprio subconsciente. Mas aqui... eu sinto que nós estamos pisando em terras nunca antes exploradas... e principalmente... comandadas por alguém de grande poder.

ㅤㅤAquela informação certamente faria o homem se interessar mais pelo o que eu tinha a dizer. Mas antes, eu precisava confirmar uma coisa. Olhei para os lados, principalmente para os postes luminosos e enfeitados e depois para os telhados das casas e lojinhas abertas. Não havia sinal algum de um felino risonho. Ele, por um lado, saberia explicar as coisas de uma forma carismáticas... com charadas bem irritantes também.

ㅤㅤ── Eu não vejo o Gato Risonho em canto algum... então, um delírio meu não é.

ㅤㅤDepois dessa afirmativa, voltei-me para o homem grande e apontei para aquele objeto que ele tinha.

ㅤㅤ── Isso é uma arma? Me parece algo bem perigoso para se carregar num lugar festivo como esse, não acha?

Qua 15 Jan 2020 - 19:21

— Eu não sei o que eu vou fazer.

— Nem ligo, só faça o que deve fazer.

Foi as palavras que Lilith ouviu de um homem alto e negro, de olhos vermelhos em uma mistura de amarelo e rosa, quase como uma pintura de uma alvorada, todos criando uma coloração quase avermelhada, mas de entonação diferenciada. Ele era o seu professor, era quem ajudava com as suas misteriosas habilidades de Siren. Lilith não se incomodou com o jeito dele, estava acostuma as poucas palavras de Gabriel, o seu tio Avi. Quando disse para ele que queria ir embora mais cedo do lugar de onde veio, o mesmo pendeu as sobrancelhas e mandou está para ela. Foi ouvir quase que um “Tá querendo um convite para se mandar da li menina?”. Como já dizia o bom e velho ditado: para um bom entendedor, poucas palavras bastavam.

— Hu.... — Lilith ainda continuava no carro. Ela olhava para os lados e até viu seu irmão mais novo, porém mais alto, Yue, sair do veículo e ir atrás de alguma coisa. A Siren não comentou nada, deixou ele pensar que ela ainda estava dormindo e ficou quieta dentro do veículo, esticando suas pernas para cima do bando do motorista, enquanto ela ficava sentada ao lado deste.

— Todo mundo saiu... Espero que alguém lembre de me trazer algo. Quem sabe o Setsuna me trás algo para comer. — Nisso ela cruzou as pernas após pegar uma revista que sua mãe deixava ali por perto e começou a folhear. — NHac, nada de interessante.

Já não querendo mais ver sobre moda e nem vestidos, Lilith sacou seu celular de capinha rosa e mandou uma mensagem para o seu irmão mais velho, Setsuna Yagami com os seguintes dizeres: me traz um pão, nem que seja com ovo! E cruzou os braços aguardando o mesmo, já fechando os olhos para curtir de uma soneca.

Qui 16 Jan 2020 - 21:54

Depois de rirem do meu espirro, fui surpreendida com um beijo. Um colante de lábios que não durou dois segundos direito, mas que foi apaixonado e cheio de vontade. Minhas bochechas coraram intensamente, ao ponto de eu ficar parecendo um pimentão. Levei minhas mãos na altura das minhas bochechas, acanhada com o carinho da minha namorada. Olhei para os lados, com medo de ter pessoas nos encarando e nos julgando, esse tipo de coisa ainda acontecia nos dias de hoje... mas parece que ninguém se importou. Todos continuaram fazendo suas coisas, todos felizes e bem entusiasmados com o natal.

Eu não tive muito tempo para me recompor daquele ato amoroso da Filia e logo ela me indicou uma outra lojinha atravessando a rua. Antes de ser puxada por ela, olhei na direção indicada e arrumei o melhor possível o cachecol em volta do meu pescoço. Nós passaríamos ao lado dos meus pais e depois ficaríamos de frente para uma vitrine com várias coisas legais.

Carol: Olha só que gracinha!

Filia me mostrou os gorros de frio personalizados com bichinhos. Haviam uma variedade, desde Bichos Preguiças, Pandas, Cachorrinhos, Gatinhos. Eu fiquei olhando para ela e notei que a preocupação de antes havia sumido, mesmo que temporariamente. E quando se tratava de chapéus, Filia havia se tornado uma mestra nisso. Desde que ela se fundiu com Samson, era natural que ela usasse chapéus para esconder o demônio raivoso que se tornou seus cabelos, mesmo sabendo que uma hora ele ia comer aquele chapéu. Filia escolheu um para ela, de panda. E para mim, um de cachorrinho. Aquele salsichinha, bem fofinho. As orelhas grandonas dele serviam como protetores de ouvidos improvisados. Era bem confortável.

Carol: Sim. Eu vou usar sempre!

Se antes não estávamos chamando atenção, agora iríamos com toda certeza. Mas eu não me incomodaria com isso, não mais.

Carol: Obrigada pelo presente amor.

Havia muitas pessoas diferentes ali e também muita comida. Eu fiquei com água na boca ao ver uma variedade extensa de comida natalina e como sou uma menina magrinha que precisava comer bastante, mais por conta do parasita que vive dentro de mim, acabei puxando minha parceira pelo braço para irmos causar um pouco de prejuízo naquela cidade.

Carol: Antes de voltarmos... que tal fazermos uma boquinha? Razz

Sáb 18 Jan 2020 - 11:21

Andar pela cidade de Mistic Falls sem rumo era uma coisa não muito agradável para o pequeno Yagami fazer sozinho e apesar de saber que a família estava espalhada por toda cidade muitos desses tinham seus próprios destinos enquanto o ruivo era bem mais "caseiro."

Setsuna: Ah... *Suspiro de decepção.*

Ele sentou em um dos banquinhos das mesinhas de xadrez/damas de uma pequena pracinha pensando onde poderia ir para achar alguma coisa divertida, talvez algum brinquedo ou local onde houvesse mais crianças da sua idade mas uma notificação no celular do garoto fez com que ele perdesse o raciocínio que ele tinha acabado de começar a ter.
Lilith: "Me traz um pão, nem que seja com ovo!"

Era a mensagem que sua irmã mais nova Lilith havia deixado para o menino. Ele podia até mesmo ouvir a voz da irmã enquanto lia a mensagem, como se ela estivesse ali do lado dele.

Setsuna: - Que abuso... *Outro suspiro de decepção.*

Sendo mais velho que alguns de seus irmãos - mesmo não parecendo - ele tinha o dever moral de ajudá-los ou ele teria a orelha puxada pela mãe de todos, algo que ninguém em sã consciência gostaria que acontecesse e assim ele foi lá buscar o tal pão com ovo pra sereia.
Depois de andar alguns quarteirões ele finalmente achou um local que vendesse o bendito pão com ovo e comprou 4 destes para que os dois dividissem e voltou para o carro onde estava a irmã na maior cara de tédio e toda jogada no banco de trás parecendo que estava dormindo.

Setsuna: Ei, eu trouxe o pão que você queria. *batendo de leve no vidro do carro.*

Ter 21 Jan 2020 - 22:33

ANDREW! THE TYRANT
"Eu não mereço isso!"
Ele prosseguiu com a fala dela. Andrew tomou as mãos de Sarah e caminhou com ela para onde ela quisesse ir. A morena era um poço de felicidade nesses momentos. Coisas coloridas a deixavam muito animada e vê-la feliz de certa forma o reconfortava, mesmo que o desejo fosse dele o de ser responsável por isso. O homem então deixou que ela guiasse o seu caminho. Não importava aonde ela fosse, Andrew a seguiria em silêncio até que ela falasse consigo.

—— Onde vamos agora?!

—— Para onde você quiser.

Essas palavras marcaram a noite. Sarah abusou e com gosto disso. Levou ele para ver outras barracas, fez o mesmo experimentar comidas diferentes e até doces que ele não gostava. Praticamente por toda aquela rua dava para se ver o casal andando em zigue e zague, pegando coisinhas dali outras aqui, e a morena deu um jeitinho de arrumar uma sacola e pegar umas coisinhas para eles mais tarde. Isso Andrew não era muito chegado de fazer, mas ele compreendia a esposa e o estranho lema da cidade sobre o “Natal ser para todos”. Era aconchegador ao mesmo tempo que era aterrorizador. Lugares assim normalmente não existiam, e quando existiam... Eram complicados de lidar.

O casal ficou dando as suas voltinhas, até que no meio da neve durante as suas brincadeiras de tentar andar mais rápido que Andrew, que tinha pernas maiores, a mesma acabou tropeçando em algo, caindo além de onde havia dado o trupicão, afundando a face na neve e no chão, enquanto a sua sacola saiu andando, derramando os seus docinhos e salgados que havia conseguido.

—— .... —— Andrew ficou quieto por um minuto, a mão ainda do mesmo jeito de quando ele estava a segurando, mas vazia. —— ... —— Ele olhou para baixo, vendo a sua frente uma menina que brincava na neve. Passou por cima desta sem dificuldades e foi socorrer a morena.

—— Sarah, você está bem?

—— Ooooh... Wooooa... Ai...

Sex 24 Jan 2020 - 17:18

Aquele festival era um charme que só. A vendedora o observava com aqueles corações flutuando de maneira cômica, mas Chris não deu muita atenção. Festas de Natal o animavam bastante, ele gostava de ver os enfeites e os adereços. Uma garotinha jovial arremessou uma bola de neve em sua direção e deu um grito quando viu o projétil prestes a atingir seu rosto. Porém, ele interceptou a bolinha com a destra, o que fez com que a menina e suas amigas o observassem admiradas.

Ele manteve o sorriso no rosto enquanto o pequeno Mokona (Aquela criaturinha orelhuda que estava em seu ombro) divertia-se saltitando por aí irritando gatos e forçando-os a correr em sua direção. Ao passo em que Chris sorria, fazendo uma shuriken com aquela bola de neve que havia sido arremessada contra ele. Entregou a shuriken de neve ao grupo de garotinhas e logo se pôs a andar de novo.

Antes de virar o quarteirão, a vendedora veio correndo e por pouco não o perdeu de vista.

"Ei. Ei!"

Se virou na direção dela, com os olhos meio arregalados.

"Deixou cair isso!"

Ela carregava sua carteira, haviam alguns pertences ali e ela veio entregar pessoalmente. Ao pegar a carteira em mãos, ele sorriu, o que fez com que a vendedora ficasse completamente paralisada a admirar o rapaz.

"Não queria dizer isso na frente dos clientes mas... é a primeira vez que eu vejo alguém tão encantador aqui nessa cidade."

Ele pegou a carteira em mãos e olhou diretamente nos olhos da vendedora.

"Obrigado. Mas eu te devo uma coisa."

Pegou umas duas notas e deu para ela.

"Não quero que me ofereça os biscoitos de graça."

Isso fez a moça sorrir e logo depois, ambos ficaram ali por um tempo conversando casualmente. Ela contou que havia vendido todos os doces de sua tenda depois que as pessoas se aproximaram do local e começaram a perguntar por ele. E o rapaz quase teve um ataque de riso quando ela disse que venderia os doces pela metade do preço quando alguém conseguisse adivinhar que ele era um homem.

"Você... você tem algum lugar pra se hospedar?"

"Não. Cheguei aqui faz pouco tempo."

"Se quiser... pode ficar na minha casa. Eu moro sozinha e... ah, me desculpa se eu pareço um pouco atirada. Nunca pensei que eu encontraria um rapaz tão educado e tão gentil em toda minha vida."

"Acho que isso não é nada pra se preocupar. Além disso, eu aprecio a cortesia do seu convite. Como eu devo lhe chamar, moça?"

"Luna... Luna Cielo."

Ele sorriu.

"Christopher Falcon, trigésimo quinto sucessor da escola Kurenai Ryu de artes marciais. Encantado em conhecê-la, Luna."

Luna deu um risinho bobo.

"Um ninja, é? Ai que chique. Eu ouvi falar desse estilo de luta."

Sex 24 Jan 2020 - 19:59

— Hissaaaa... — O rapaz cantarolou baixinho, já sabendo que ela ia ficar irritada. — Não fala assim, eu não sou intrometido. Sou só... Curioso.

Ele era um intrometido, estava ali de supetão e também por que gostava de ficar perto do cadáver ambulante. O espírito caiu nos interesses de Yue. Os motivos disso ter acontecido não eram lá tão claros. Existia algo nela que o deixava com vontade de se aproximar. O permitia se empolgar ao ponto de não ligar se estava extrapolando limites. O garoto Yagami só queria ficar perto da menina morta, mesmo que ele não entendesse os motivos.

— Você podia ser menos malvada comigo não? Eu fiz nada para você. — Ele disse em resposta a feição nada amigável dela e se aproximou, apoiando o braço esquerdo acima da cabeça dela onde Hisako estava escorada e deu uma olhada na direção que ela via. — Ah... Hmmm... Um morto entre nós é? — Com a mão livre, Yue coçou a própria cabeça enquanto apertava os olhos para ver melhor. — Voltando ao que estávamos falando. — Ele olhou para baixo. — Se quiser a minha alma vai ter que brigar com outra pessoa para isso viu? E ele me pediu para avisar que eu não estou a venda.

Ter 28 Jan 2020 - 14:34

ANDROID 21
"Don't bother me and don't get in my way!"
"Festinha!"

Nunca ter tido contato com a neve fez com que a ruiva quisesse brincar de Anjo de Neve e já pensava em fazer um boneco de neve com a camada branca que se espalhava pela calçada ao seu redor. Ela ficou uns bons minutos ali, muito maravilhada com tudo aquilo, com todas as luzes coloridas que só apareciam na época de natal, as músicas e o clima festivo porém ela sentiu algo bater contra seu tórax com certa força e em seguida um barulho.

Ela pensou em se erguer para ver o que era mas outra pessoa passou por cima dela e a ruiva não entendeu nada, ouvindo a voz de um homem à sua direita e alguns gemidos de dor de uma mulher que também estava no lado direito e rapidamente Rose ergueu seu tronco permanecendo sentada no mesmo local que estava e então viu uma moça morena caída no chão e um rapaz indo acudi-la.
Rose, por sua vez, levantou-se correndo para ir ajudar a menina que tropeçou em si, sua face demonstrava total aflição por pensar que sua brincadeira inocente poderia ter machucado alguém.

ROSE: Mil perdões! E-eu não vi vocês! Estão todos bem?

Dean continuava a aproveitar aquele momento. De minutos em minutos ela olhava os bebês para saber se estava tudo bem. Era muita neve! Estava bem frio, e a aquietação da bebê de cabelinhos azuis podia ser muito bem um sinal de resfriado. Os dois bebês ainda não haviam apresentado ter nenhuma doença. Logo a mamãe tinha que ficar de olho em suas crias.

Iori parecia estranhamente curioso em relação ao homem alto e magricela que eles encontraram. A morena acastanhada olhava-o e achava aquele albino muito estranho, mas não comentou nada, decidiu esperar os dois conversar. Enquanto o ruivo cuidava do futuro caminho de seus bebês, Dean decidiu dar uma olhada nos seus arredores mais uma vez.

Uma penca de gente havia aparecido!

Um homem todo coberto por roupas grossas, um casal estranho. Dean viu a sua filha e a namorada vagueando, um rapaz muito bonito que parecia uma garota, e várias outras pessoas que ela nunca havia visto antes na vida. Coroline olhou de certa forma surpresa, de repente um lugar tranquilo, estava cheio!

—— Hmmm... Poxa, isso aqui encheu rapidinho...! —— Ela sussurrou.

Dean então voltou-se para responder o homem ruivo, olhando o rapaz albino um pouco ainda desconcertada. A Baixinha sorriu para o seu marido, mas torceu o nariz para a ideia das Marionetes.

—— Eles não vão se distrair. Vão ficar ainda mais acordados!

Quando o ruivo começou a andar, ela puxou o seu braço.

—— Vamos para o parquinho. Lá eles podem brincar e queimar energias. Depois vamos ao show de Marionetes. Vamos primeiro cansar as crianças.

ANDREW! THE TYRANT
"Eu não mereço isso!"
Aconteceu de um modo que ele não pode explicar. Primeiro ele ficou olhando bem para ela enquanto a mesma se sentava, utilizando a sua estrutura rígida para ganhar apoio. O homem acastanhado olhou bem para a face dela, não tinha arranhões, mas ele estava se perguntando mesmo é como Sarah havia parado ali tão longe. Uma voz veio por trás dele, fazendo a sua orelha pontuda se curvar levemente, ele olhou por debaixo de uma mecha longa e ondulado para menina que direcionava a fala a eles dois. Andrew moveu a mão esquerda levemente, indicando que estava bem.

— Ohh... Owwwn.... — Sarah batia nos joelhinhos e olhou desanimada para tudo o que perdeu. Foi desolada para a sacola, vendo que boa parte havia se perdido e seus olhos se encheram de lágrimas, enquanto ia ver se dava para salvar alguma coisa.

— ... — Andrew suspirou, olhou a menina que estava brincando no chão e disse tranquilamente. — Não se preocupe, ela é sempre assim.. Sarah... — Ele foi se aproximando dela. — Deixa isso aí, vamos ver outro lugar.

— Mas... Os meus docinhos...

— Deixa, vamos.

Estava tudo uma maravilha. Filia olhava para os lados depois que sua namorada aceitou o seu presente. Como prometido, a Medici trocou rapidamente seu chapéu branquinho pelo seu novo de bichinho e sorriu. Iria usar aquilo todos os dias quando estivesse fora de seu trabalho, até dormiria com ele se precisasse! Filia renovou-se. Ficou mais animada com tudo o que aconteceu e abraçou Carol animadamente, aceitando o braço da namorada e caminhando ao lado dela.

Filia: Uma boquinha! — Com isso o chapéu de Filia se moveu e uma voz grossa pode ser ouvida pelas duas.

Samson: Sinto cheiro de churrasco... Filia, me dê alguns espetos.

A voz vinha da nuca da Medici, o chapeuzinho novo escondia a criatura que era os cabelos de Filia. Samson, um Theon. Uma criatura muito antiga que havia se entrelaçado a uma Medici Moribunda.

Filia: Pode deixar. Eu vou pegar coisas boas para nós dois!

E a menina foi em direção as mesinhas fora das lojas procurando pelo cheiro que Samson havia sentido. Filia é claro não negou nenhum docinho que havia ali, nem mesmo os salgados, adquirindo um croissant de calabresa com queijo e dividindo ele com Carol, enquanto iam para uma barraquinha que tinha iguarias bem diferenciadas, pratos exóticos de peixes que eles nunca viram.

Filia: Será que é boa, Cacá? Vamos experimentar!

Com a Medici era assim, comida alegrava o seu dia.

Sol aguardou pela resposta enquanto mastigava. A comida ia para um lado ao outro de suas bochechas e boca fechada. Ele encarava a menininha enquanto pegava mais pãozinho salgado e bem recheado. Ele franziu o cenho com a resposta dela “O Mundo de outra pessoa”. Badguy ficou curioso. O Gear ficou pensando alguns minutos nisso enquanto a menina continuava a falar consigo. “O Mundo de outra pessoa”, ele repetiu mentalmente, comeu seu quarto pãozinho e acenou com a cabeça, engolindo a comida.

— Então você é uma viajante dimensional? Isso é interessante.

A garota havia conseguido ter a atenção de Badguy que se encostou na mesa, jogando a lâmina da Junkyard a sua espada bisonha contra o chão, deixando-a em pé a sua frente, Sol tinha um olhar baixo, quase que sonolento enquanto observava aquela menininha. Tinha alguma coisa de errada com ela, como falava, mas crianças gostavam de atenção, e o Gear tinha preferências por informações. Talvez um pudesse ajudar o outro nesse quesito.

— .... — Ele olhou para a sua espada que ela apontava, então focou-se nela novamente. — É inofensiva em mãos que não sabem para o quê ela serve. Não se preocupe, não costumo balançar ela por aí.

Progressão
Iori não gostou nada daquele sujeito albino e magrelo. Quando ele insistia que algo estava errado, é por que alguma coisa ali não fazia sentido. Ele deixou o cara de lado por enquanto, não queria ter de atrapalhar o passeio de sua esposa e dos filhos pequenos, nem mesmo causar alguma coisa que destruísse os olhares curiosos e encantados de cada integrante do clã Yagami ali fora. Por hora, a melhor opção dele era relevar.

—— Humph... certo. Parquinho então? Eu não sei se esses moleques vão querer se arriscar nesse frio, mas se faz tanta questão...

Os rumos foram mudados. Iori continuou empurrando o carrinho enquanto a mulher grudava no seu braço. Ele observou por mais alguns segundos aquele cara até virar-se para frente e passar o olho nos outros habitantes dali. O povo que cuidava das barraquinhas de comida e das lojas todas enfeitadas pareciam serem pessoas comuns, nada de extraordinário nelas para chamar a atenção do ruivo. Já os que estava circulando pelo lugar, esses sim eram um amontoado de seres poderosos reunidos todos num único lugar.

A primeira coisa que passou pela cabeça de Iori era que esse lugar poderia estar reunido todas essas pessoas estranhas num único lugar para algum propósito maior. E com o magrelo indicando para ele ir mais afundo nas suas buscas e suspeitas, a situação passou a ficar um pouco mais desconfortante para o ruivo, que rosnou um pouco de raiva ao lado da sua esposa. Sinal de que ele estava bem incomodado com isso tudo.

—— Você não suspeita de nada daqui? Não consegue sentir... nada anormal em volta dessa cidade?

Era natural de um Yagami ser desconfiado de tudo e a todos. Por mais que eles passassem a imagem de não se importar com os outros e principalmente com os problemas do mundo, bastava uma situação infeliz afetar um dos seus que todos se reuniriam para resolver a situação. E naquele caso, Iori estava tentando prever se alguma merda poderia acontecer. Poderia ser pessimismo demais da parte dele, mas por tudo o que ele passou, era até normal agir e se sentir assim.

Eu sabia que quando o assunto era comida, qualquer problema era esquecido num piscar de olhos. É assim que eu gostava de ver a Filia e o Samson. Não só eles, mas todos com quem amo e me preocupo. As lembranças ruins deveriam ser esquecidas, eu preciso lutar para que elas não sejam mais um empecilho em nossas vidas. E essa nova vida é onde irei apostar todas as minhas forças para que esse sonho se realize. Liberdade é algo que eu sempre almejei depois de todo o sofrimento passado. E agora, somos finalmente um espírito livre.

Passamos por várias pessoas no caminho. Minha irmã Alice continuava conversando com um homem misterioso e com uma coisa que eu julgava ser uma espada. Era estranho olhar para aquele sujeito, pois eu me sentia como se ele fosse algo parecido comigo. Bem, ignorei esse sentimento por um momento quando paramos em frente a todas aquelas gostosuras. Rapidamente fiquei com água na boca, ver tantas comidas gostosas de final de ano ali, preparadas para quem quisesse servir à vontade. Parecia que não tinha fim. Quanto mais as pessoas em volta se serviam, mais saia de onde estavam sendo preparados e postos na mesa. Era como se aqueles senhores e senhoras estivessem cozinhando para alimentar o mundo inteiro. Bom, eu não tinha por que me preocupar com quantidade. E como era dona de duas parasitas sintéticas, uma boa alimentação era tudo o que eu precisava.

Quando comecei a me servir, eu pude notar os olhos surpresos de alguns cidadãos ao meu lado. Posso entender aquele espanto, sendo eu uma garota magrela e pequena. Mas o pior era a pessoa ao meu lado, minha namorada, mais alta e rechonchuda, parecia ter o dobro de fome do que eu.

Carol: Eu aposto que é delicioso, Filia!

Nós repartimos um croissant de calabresa e queijo. O queijo estava tão derretido que demorou para nós duas repartimos ele, pois não parava de esticar. Eu fui pegando os docinhos, salgadinhos, os biscoitos de gengibre, tudo o que ia passando na frente e colocando tudo amontoado sobre o pratinho em mãos. Eu fiz uma montanha bem bizarra de gordelicias para devorar. Filia me arrastou para onde tinham peixes. Bem, acabou que pegamos um pouco daquilo também... pois mãos e tendrils era uma coisa que não faltava. Pelo menos para a Filia.

Carol: É melhor a gente se sentar. Ou vão pensar que estamos assaltando eles.

Achamos uma mesa vazia e próxima de um lugar onde tocavam músicas de natal. Não estava muito alto, mas era agradável poder reviver esse clima também. Mais ao longe tinha o parquinho e ali tinham crianças que além de montar seus bonequinhos de neve e participando também de uma brincadeira de guerra de bolas de neve. Olhei para aquilo por um momento e tive uma leve recordação do meu primeiro inverno com Filia.

Carol: É engraçado... eu olho para algumas coisas e penso... se você se lembra também?

Eu falei meio alto naquele momento. Nem reparei se minha namorada estava atenta a mim ou se estava devorando tudo o que tínhamos pego.

Carol: Oh, me desculpe. Eu estava viajando aqui...

Fúria. Audácia.
ㅤㅤㅤO espírito de Chiharu, amaldiçoado por séculos, não podia deixar ou permitir que aquela perturbação interrompesse sua investigação. Mas mesmo ameaçando e pedindo para que o jovem ousado se afastasse e deixasse ela investigar melhor aquela presença, acabou tendo sua localização revelada.

ㅤㅤㅤAquele esqueleto virou o olhar para onde os dois estavam e num piscar de olhos, o espirito arrastou o corpo do garoto para trás das árvores, derrubando-o e rolando com o mesmo ao chão. Acabou que ela esteve por cima do jovem mais alto, mas com suas Naginata posicionada com a lâmina rente ao pescoço dele. Sua expressão era furiosa. Não tinham mais os traços de uma bela jovem no auge dos seus dezenove anos. E sim, a de uma criatura enfezada, mostrando uma arcada dentária pontuda e com bila negra escorrendo por entre eles.

ㅤㅤㅤ── IDIOTA!

ㅤㅤㅤSeu berro enfezado fora direcionado para ele. Mas só então, depois de um tempo em silêncio, que o espírito raivoso e rancoroso notou a posição que se encontrava.

ㅤㅤㅤ── Você... humano... tomado pelos seus desejos mais... insanos e devassos... não pode e nem deve... revelar nada sobre nós... aos deuses, aos mortos e principalmente... AOS VIVOS!

ㅤㅤㅤEla afastou a lâmina do pescoço dele e pouco a pouco, sua feição raivosa foi desfeita. Saiu de cima dele, ficando em pé, emburrada, usando a haste quebrada da Naginata para se apoiar enquanto caminhava.

ㅤㅤㅤ── Você... comporte-se...

Dom 8 Mar 2020 - 21:33

ㅤㅤEu estava certa sobre o que havia dito para ele, que esse aqui é o mundo de outra pessoa e que estávamos caminhando nele por livre e espontânea vontade, não porque queremos, mas porque ele permitiu. Já me senti assim uma vez, quando meu País das Maravilhas era lindo e belo, não o show de horrores que hoje se tornara.

ㅤㅤO homem ficou claramente interessado nas minhas palavras e até me chamou de viajante de dimensões. Não é bem esse tipo de reconhecimento que quero no momento, mas fico lisonjeada por ser chamada de uma coisa tão legal. Só que, minha loucura não permitia deixar as coisas ficarem tão felizes por muito tempo. Uma pessoa tão cautelosa como o meu pai, por exemplo, não ficaria confortável com a ideia de estar preso num lugar desconhecido por muito tempo. Ele certamente tentaria encontrar uma resposta para tudo, possíveis saídas e meios de evitar que algo de ruim acontecesse.

ㅤㅤEu faria o mesmo, e suponho que esse homem aqui, ele também esteja pensando na mesma coisa. A ideia de estar dentro da cabeça de alguém, no mundo imaginário de outra pessoa, isso era fascinante e ao mesmo tempo, horripilante.

ㅤㅤ── Eu fico curiosa para saber... o quão extenso pode ser esse lugar. Você não?

ㅤㅤOlhei para ele e depois para aquela arma imensa dele, que o mesmo dissera não ser perigo nenhum nas mãos de outras pessoas. Contudo, minha curiosidade persistia. Aquilo era sem dúvidas uma arma de destruição em massa, algo que eu estava curiosa para ver sendo usada em combate. Um sorriso lindo, mas assustador, brotou nos meus pequenos lábios rosados. E como num passe de mágica, eu mostrei a ele que também sou dona de um brinquedinho bem afiado e letal. A Vorpal Blade brilhava como se estivesse encantada por alguma magia especial e a lâmina irradiava uma luz esverdeada bem bonita, contornando o desenho de uma rosa envolvida por vários espinhos.

ㅤㅤ── Eu espero que esse mundo não me obrigue a usar isso aqui... eu não costumo mais ter pena de nada... nem mesmo de esfolar um gato.

ㅤㅤÉ difícil não me lembrar do Cheshire quando me expressei daquela forma. E logo, escondi a arma que tinha atrás do meu corpo, evitando que uma pessoa que passasse por entre nós notasse uma faca de cozinha bem afiada segurada por mim.

Seg 9 Mar 2020 - 12:34

— Será melhor se fizermos assim Iorin, se conseguirmos fazer o pequenino brincar e queimar as energias dele, estaremos ganhando mais do que imagina. A encenação dos fantoches pode ser um combinho, huhuhuhu. — A mãe já imaginava os ronquinhos.

Dean aproveitava que o homem começou a andar e passou os braços pelo dele, o ruivo era sempre quente, o oposto dela que sentia bastante frio e estava bem vestida para essa noite. A Hawkins beijava o braço do homem e dava passos largos para acompanhar ele. Os bebês olhavam animados para os lados, os pais estavam passando por uma área muito colorida que chamou atenção até mesmo da bebê quietinha.

Coroline não pode deixar de notar que havia muitas pessoas diferentes naquele lugar. Tinha algumas que possuíam um ar muito forte, mesmo que tentassem se ocultar em presença, era fácil distinguir quando alguém não fazia parte de um ciclo natural. Comportamento e postura eram os mais indicados para a identificação. Dean sabia que todos podiam fingir ser o mais natural possível, mas havia um pequeno contraste a isso: o menor gesto dizia mais do mundo, do que um relatório inteiro.

A Éther sorriu para si mesma enquanto observava atentamente e seguia com Iori a indicação de Thomas, vendo o parquinho cheio de luzes e crianças.

— Se há algo anormal nessa cidade? Não tem nada de normal nessa cidadezinha. — Dean adentrava no parquinho e acenava para as famílias presentes, procurando aquele brinquedinho onde ela podia sentar os bebês e girar eles devagar para se divertirem. — Nada aqui é comum. — Ela sussurrou ao ruivo, e foi pegando Maya que se interessou pelo brinquedo rosa, amarelinho e com detalhes em vermelho. — Acontece que com a minha experiência de lugar incomum, é muito mais sábio deixar que as pessoas acreditem que você sabe de nada, do que simplesmente deixar evidente que está desconfiado de algo. Um passo a frente não é saber tudo, e sim ficar invisível. Às vezes bancar o sem noção é uma estratégia melhor do que ser o sábio.

Falando assim, Coroline sentou Maya do brinquedinho. A bebê segurou firme na barrinha de ferro com as suas luvinhas cinzas e cheias de floquinhos costurados. Ela balançava as perninhas e aguardava impaciente pelo irmão, que queria ficar sentado e já rodopiando.

— Eu disse que vir aqui é bom. A bebê adora brinquedos grandes.

Seg 9 Mar 2020 - 22:15

Comida era a senha de felicidade de Filia, era a palavra cheio de sabores que ela mais adorava. A Medici sorriu animadamente, sua noite parecia que iria finalmente começar. A menina com o Theon em sua cabeça seguia a namorada fielmente, olhando as coisas em volta, sentindo cheiros, perfumes e praticamente salivando, mais do que o Samson, que tinha sua boca aberta para adquirir as essências culinárias espalhadas pelos cantos. Filia apenas acompanhava o olhar de sua amada, e com isso acabou se assustando junto com o Samson com um homem alto e uma espada enorme.

Filia: Meu Deus do céu, olha aquilo Carol. — Comentou a gorduchinho enquanto puxava o braço magricela de sua companheira à medida que sussurrava apressada. — Será que é uma espada?! Cruzes!

Era novidade para a garota de olhos vermelhos. Uma baita novidade. Filia pensou no que aconteceria com alguém se ele resolvesse usar isso contra eles. Um forte errepio passou pela sua espinha, e então a Medici voltou a sua atenção para toda a comida e seus olhos brilharam.

Filia: Vamos comer! Eu sinto cheiro de bolo de fubá aqui! VAMOS COMER!

E não deu outra. Filia saiu na frente da sua namorada, indo procurar o cheiro delicioso que sentia. O casal enchia os pratos com tudo o que conseguiam, dividiam croissants, risolis, coxinhas, e a medida que experimentavam, mais coisas paravam em seus pratos cheios de comidas gordurosas e saborosas! Samson ajudava a preencher o prato de Filia enquanto ele preenchia 3 pratos próprios para depois dividir com a sua hospedeira!

Samson: Isso, isso, vão se sentar, para depois comermos mais!

O Theon não escondia a sua vontade de comer. Samson adorava uma boa culinária e ali parecia que havia de tudo! Só que tudo mesmo! A garota se sentou com sua namorada em uma mesa, ficou de frente a ela enquanto posicionava o seu prato e uma jarra de batida de morango que havia dado a Samson. Copinhos plásticos foram postos ali, e Filia começou a aproveitar sua refeição, deliciando-se entre doce e salgado e bebidinha básica, sem exagerar no álcool por causa do Theon. A comida estava uma delícia, mas a Medici parou de comer assim que uma pergunta inusitada foi feita.

Samson: Você tá brincando né? Por que você sempre tem que fazer esse tipo de pergunta para ela? Qual é o seu problema? Não sabe viver sem olhar o passado?

Filia olhou a criançada que ria, mastigou sem animo, engoliu forçada e seu rosto perdeu a felicidade novamente. O Theon olhou zangado para Carol. Será que ela ainda não entendeu que não tinha nada na mente de Filia sobre o seu passado?

Qua 11 Mar 2020 - 19:35

Desde o dia de sua criação pelo LabZero Fukua só teve um objetivo em mente: matar Filia, arrancar o seu rosto e se passar por ela pelo resto de sua vida. Muitas pessoas a questionavam sobre essa motivação estranha de querer matar aquela garota e tomar seu lugar mas ela foi criada com esse propósito e mesmo que ela própria questionasse sua sanidade em alguns momentos de reflexão ela só descansaria quando seu objetivo estivesse completamente concluído.
Fukua, apesar de ter rosto, altura, voz e roupas tudo exatamente igual à Filia se comporta de forma bem diferente. Ela usa uma maquiagem mais "pesada" como as sombras de olho rosa e o batom em verde limão, sua pele é morena e o que mais se destaca é a cor de seu cabelo: verde.

Sua única companhia era o simbionte em sua cabeça assim como sua rival possui. Este, chamado de Shamone, era um parasita conhecido como Theon exatamente igual ao de Filia com a diferença é que este é da cor verde. Shamone é a principal arma de Fukua nos combates porém é o primeiro à se posicionar contra as atitudes psicopatas da garota e sofre retaliações com ela tentando o arrancar da cabeça, causando dores no pobre coitado.

Nos últimos anos Fukua saiu pelo mundo à procura de sua arqui-rival e quando finalmente à encontrou preferiu fazer joguinhos mentais com ela principalmente à noite quando ela estava dormindo e durante o dia ela se vale de sua semelhança física e voz idêntica para se passar por Filia para ir aos lugares onde a mesma potencialmente frequenta para ficar espionando. Levou bastante tempo até que a garota morena conseguisse toda a informação possível sobre sua inimiga e começou a espionar ela diariamente e descobriu que Painwheel, sua "irmã do LabZero", era bem próxima de Filia e ficou a observando com cautela já que ela é mais atenta e Fukua queria evitar um combate direto por gostar dela.

Sempre nas sombras, espionando e infernizando a vida de Filia além de fazer tudo da forma que mais gosta é a diversão dela e foi nessa de ficar espionando os outros que ela seguiu Painwheel e Filia, agora um casal de fato, até uma cidadezinha nevada chamada Mistic Falls e ela seguia ambas de cima, abusando do Theon para criar pequenas asas de morcego para que ela voasse de teto em teto dos imóveis por onde o casal ia passando.

Shamone: Ô garota, eu tô com fome e cansado! Vamos fazer uma pausa!

Fukua: Calado! Comeremos depois! Agora vamos continuar seguindo essas duas para ver onde elas irão. HUHUHUHU

Sáb 21 Mar 2020 - 3:57

Eu sou uma pessoa que vive muito de nostalgias. Eu gosto de lembrar dos momentos mais felizes da minha vida e compartilhar ele com as pessoas. Achei que Filia e Samson entendessem esse meu lado. Mas acabou que aquele “tapa” na cara me fez acordar para uma coisa: Não adiantava eu falar nada sobre nosso passado. Eu precisava aceitar que Filia nunca mais se lembraria das coisas que passamos juntas.

Precisava eu enterrar de vez a Filia loira e todos os momentos que nós vivemos juntas. Ok, talvez nem tudo. Eu tenho certeza que em um determinado momento, ela vai me perguntar alguma coisa ou outra, mas... eu tinha que parar de insistir em fazer ela tentar se recordar de algo que para ela... é como se fosse um conto de fadas. Ou uma vida que ela nunca teve.

Respirei fundo. A primeira coisa que eu fiz foi pedir desculpa para eles dois.

CAROL: Me perdoe, Filia. Eu não fiz por mal. Samson... você está certo... foi muito indelicado da minha parte... eu prometo que nunca mais vai se repetir.

O silêncio persistiu depois disso. Ficamos apenas comendo. Uma olhando para a outra. Saboreando todas as coisas deliciosas que tínhamos em nossos pratinhos e ali na nossa mesa. Eu fiquei matutando minha cabecinha com aquela ideia de nunca mais se lembrar do passado. E foi aí que eu senti uma lâmpada se acendendo bem no topo da minha cabeça.

Ela não se lembra que montamos um boneco de neve no fundo do quintal da casa dela. Porque não criarmos uma nova lembrança, uma que ela participe ativamente e possa relembrar comigo depois? Eu sorri com essa ideia. É claro que não seria muito saudável tentar repetir todas as coisas que já fizemos, mas pelo menos uma brincadeira de natal pudesse tornar a nossa noite ainda melhor.

Ao terminar de comer, eu limpei meus lábios com um guardanapo e olhei para a Filia. Precisava saber o que ela achava da ideia primeiro.

CAROL: Então, porque a gente não monta um boneco de neve? Acho que meus pais ainda vão demorar um pouco aqui. Podemos passar o tempo fazendo um bem legal!

Sáb 21 Mar 2020 - 15:18

ANDREW! THE TYRANT
"Eu não mereço isso!"
Andrew ajudou a sua pequena esposa a se levantar. O homem bateu levemente em sua roupa para tirar a neve que a cobria, pegou a sacola que saiu voando e inspirou profundamente, e afagou a cabeça de sua esposa, dizendo gentilmente para ela esquecer daqueles doces. Ele prometeu que a levaria para pegar mais e até poderiam passar em outros lugares se ela quisesse, para assim compensar o que havia perdido. Andrew deu uma última olhada para a ruiva que ficou em silêncio, ele levou a mão livre as costas de sua mulher e foi com ela para onde a maioria do povo da cidade se encontrava. Ali ele acabou saindo com muito mais sacolas do que o planejado e aproveitou e gastou um pouco de seu dinheiro guardado para fazer um agrado a morena.

— Está melhor agora?

— Sim! Estou sim!

— Então vamos para a casa.

O chão estava muito frio. Ele sabia disso. Via como as pessoas andavam apressadas, corriam para lugares mais quentinhos e o homem de cabelos castanhos e escuros ainda tinha muito o que andar, e ficaria ainda mais frio enquanto ia para lá. O mesmo colocou as compras para serem seguradas tudo numa mão só, e então com o braço livre ele segurou sua esposa e a tirou do chão, carregando-a e indo embora do local.

Sáb 21 Mar 2020 - 15:44

Esperar não era uma qualidade muito boa da Siren. Mentira. Era sim. Lilith possuía um pouco de paciência que muito dos seus carecia em momentos diários ou importantes. O mundo poderia explodir e a ruiva cheia de marcas do lado esquerdo de seu corpo continuaria olhando pela janela, pensativa, aguardando o momento certo em que todo o seu conhecimento e repertório poderiam ser utilizados. Como esperado, Setsuna demorou para trazer o seu pão, e a Siren de pernas e braços cruzados, olhava sem nenhuma feição boa para o lado de fora do carro. Era tão simples. Um mísero pão com ovo.

Lilith fechou os olhos e adormeceu por apenas cinco minutos.... “Toc, toc”, o olho direito dela se abriu. “Toc, toc”, o olho esquerdo finalmente cedeu a vontade de olhar tudo de uma vez, e Setsuna estava ali com dois sacos gordurosos com deliciosos pães com ovo. A Siren abriu o carro para ele entrar, pegou o seu saquinho com dois pães e alguns guarda-napos e mordeu com muita vontade, sentindo a geme mole estourar e saboreando o alimento da morte.

— Por que demorou tanto?! — A Siren parecia zangada. Só que ela não estava.

REUNIÃO ENCERRADA!

A moderação de Oriontown agradece a participação de todos os players que postaram!

Esperamos que essa pequena apresentação os tenha inserido bem em como utilizar o fórum!

Nós aguardamos animadamente em vê-los criando e vivendo suas próprias histórias!